Embora já se passasse das oito e ele tivesse me assegurado que viria para Balneário num voo bem cedo, me preocupava o fato dele não ter mandado nada além daquela mensagem estranha no dia anterior. Larguei meu celular sobre a bancada da pia do banheiro, afim de agilizar minhas higienes pessoais, e saí logo em seguida pelo apartamento a fora, vendo e ouvindo a minha mãe e a minha irmã tagarelando a beça, enquanto colocavam a mesa.
Nina: Bom dia! - falei animada, com um sorriso de ponta a ponta e elas me retribuíram da mesma maneira - Bom dia, noivinha mais linda desse mundo! - falei puxando minha irmã pelos ombros e dando um beijo estalado em sua bochecha.
Babi: Nina, eu vou morrer - ela disse causando gargalhada em mim, assim que se soltou - Vocês fiquem sem me levar a sério mesmo, eu não tô brincando.
Daniela: Tás vendo com o quê vamos ter que lidar durante o dia, né?
Nina: Acho que tínhamos que ter preparado o nosso psicológico, mãe - falei, enquanto nos sentávamos lá na mesa.
Babi: Vão brincando vocês duas, vão! - rimos, começando a nos servir o café.
Se durante todos esses meses nós não tivemos muitos outros assuntos além do casamento, digamos que hoje era impossível que se tivesse. Fizemos nossa refeição inteira tratando dos últimos detalhes, dividindo as expectativas e rindo sobre como a Babi estava visivelmente nervosa - de um jeito que eu posso afirmar nunca ter visto a minha irmã antes. Por toda correria que o próprio dia já iria exigir também, nós tomamos café rápido e logo estávamos tirando a mesa na tentativa de não atrasar tudo o que tínhamos a fazer.
Babi: Ôh Nina! - ela me chamou, encostada no batente da passagem pra cozinha, enquanto eu havia decidido lavar a louça logo pra minha mãe - Lucas já está aqui?
Nina: Para ser sincera, eu não sei, mana. Mandei mensagem para ele ontem, mas a gente nem se falou direito. Hoje, ele não me mandou nada... tô meio perdida quanto ao que ele está fazendo.
Daniela: Ás vezes se atrasou ou perdeu o voo. Ele não disse que viria aqui pra casa? Se não fez contato ainda... - minha mãe entrou na conversa, guardando os frios do café da manhã na geladeira.
Babi: Gente, eu acho que ele já está aqui sim - me virei para olhá-la e percebi que ela encarava o celular em suas mãos, concluindo aquilo por algo que ali viu - Ele postou snap quase agora e o efeito era aqui de Balneário.
Nina: Tás falando sério? Vem cá, deixa eu ver isso - disse pedindo a Babi que se aproximasse e assim ela fez, clicando na imagem logo em seguida e me deixando ver. Embora a foto fosse uma dele, era visível que ele estava em um hotel e o filtro deixava bem claro o nome da cidade.
Babi: Tás vendo? - ela perguntou, percebendo meu silêncio mesmo quando o tempo de visualização da foto já tinha acabado.
Nina: Vi - foi a única coisa que consegui responder depois da confusão mental que aquilo me causou. Lucas já estava em Balneário e além de fazer tudo diferente do que havíamos combinado, sequer me avisou daquilo.
Daniela: Nina... Vocês brigaram? - minha mãe foi direta no seu questionamento e tenho certeza que aquela era a pergunta que a minha irmã mais queria fazer também.
Nina: Nem eu sei direito, mãe - falei tirando a espuma do último copo que tinha pra ser lavado - Mas eu vou saber, viu? Agora! - disse com o tom mais convicto que a minha voz poderia expressar.
Babi: Calma, porque ele também pode ter optado ir pro hotel achando que ia atrapalhar algo ou então pode ter ficado sem graça de ficar aqui, já que ele ia ficar sozinho, né? A gente vai passar a tarde fora... - ela falava tentando achar justificativas logo que percebeu o meu nervoso.
Nina: Sem me avisar, Babi? - questionei a ela, secando as minhas mãos em um pano de prato.
Babi: É... - a vi ponderando com a cabeça, percebendo que qualquer justificativa para aquilo era falha.
Daniela: Tu sabes onde ele tá? Quer o meu carro para ir? - minha mãe perguntou, convencida de que eu realmente iria atrás dele.
Nina: Não precisa, vocês podem precisar dele aí e hoje tem muita coisa pra fazer. Vou chamar um uber enquanto eu me arrumo - respondi, saindo da cozinha e nem me dando conta que só havia respondido uma das perguntas da minha mãe.
Ouvi-as continuar conversando no cômodo - provavelmente sobre isso que estava acontecendo -, mas nem fiz esforço para entender o que falavam. Entrei no meu quarto pegando logo o meu celular e abri o aplicativo afim de pedir algum transporte, algo que foi feito rapidamente. Escolhi o primeiro par de roupa que eu encontrei na minha frente - sendo ele um saia jeans e uma blusa de manga três quartos numa tonalidade azul rei - e fui ao banheiro, onde provavelmente tomei um dos banhos mais rápidos da minha vida. Me arrumei sem qualquer demora também, optando por colocar uma alpargata nude, pus alguns acessórios, prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo e decidi sair assim mesmo, colocando meu celular e minha chave no bolso.
Nina: Eu estou indo - passei pela sala avisando minha mãe e minha irmã, sem nem me dar conta muito bem do que elas estavam fazendo.
Daniela: Vai com Deus, filha!
Babi: Não esquece da nossa ioga na praia, sis, é antes do almoço! - ela falou mais alto, de modo que eu pudesse escutar.
Nina: Pode ter certeza que não, acho que inclusive eu vou precisar - respondi já na saída do apartamento, fechando a porta logo em seguida e andando apressada em direção ao elevador.
A minha cabeça não conseguia ficar quieta, silenciá-la por total era uma capacidade para pessoas extremamente evoluídas - e cada dia mais eu me convencia que não era mesmo uma delas. Eu trabalhava com mil possibilidades que poderiam ter levado o Lucas á fazer isso, mas em meus pensamentos elas acabavam vazias demais.
Com sorte, depois que cumprimentei o porteiro, não esperei mais do que cinco minutos no portão do prédio da minha mãe para avistar o motorista do aplicativo estacionar em minha frente. Ele foi agradável, indiquei o endereço da provável locação do Lucas e fui no caminho com aquele meu celular na mão, sem conseguir ser simpática como de costume com o moço. Revirei um pouco do meu whatsapp, afim de me certificar que o Lucas não havia me mandado sequer alguma mensagem com explicação prévia, e como não encontrei nada, acabei parando na minha galeria de fotos. Aliás, isso foi uma ótima válvula de escape, pois me lembrei que tinha guardado algumas fotos que o Jayme havia me enviado, de nós três bem adolescentes, para postar hoje no dia do casamento. Escrever sempre esparecia um pouco a minha mente e embora não tenha saído o texto que eu havia planejado - visto que a minha cabeça não conseguia funcionar cem porcento com toda aquela confusão -, enviei para o meu instagram pra começar aquele dia de uma maneira um pouco mais leve.
@ninabarsanti Não sei se escrevo "finalmente" por ter chegado o dia de hoje ou se me pergunto "já?" por ser a data do casamento de vocês. Olhando para essas fotos - que eu coloquei propositalmente para queimar o nosso filme -, eu vejo o quanto de estrada foi percorrido para chegar aqui... Mas não parece que usamos um jato pela velocidade absurda que foi?
Feliz por termos caminhado juntos! Feliz dia! Feliz vida! @babibarsanti @jaymesilveira
oliviabuarque rolou nostalgia aí, hein? hahaha
surfilipe Ahhhhh!! É hoje que a Babi e o Jayme vão casar, socorro.
jaymesilveira Por que ninguém nunca me avisou que esse cabelo não ficava legal? Kkkkkkk
jaymesilveira Acima de tudo, deixo registrado aqui o quanto eu te amo. Sou feliz de ter ganhado você de presente nessa caminhada!
anandamrp Felicidades, @babibarsanti e @jaymesilveira! Queria muito poder tá aí!!
rodriguestaina Quero muiiiiitas fotos desse casório <3
luccorei melhor trio, sem mais!
rosangeladaher Quanta saudade dessa época...
ohana_pupo QUE LINDOS!!
fclucco_pa Nina novinha, socorro que tem a mesma cara até hoje
danibarsanti Para sempre, meus três bebês!
babibarsanti Te amo muito, mana! Pra sempre! Muito bom ter você como nosso anjinho, nossa madrinha e nossa amiga durante todo esse tempo.
Li alguns comentários e confesso que consegui distrair a minha mente por ali, porque quando me dei conta, o motorista já estava para me deixar em frente ao hotel que possivelmente o Lucas estava. Agradeci e paguei a corrida, saindo do carro enquanto ajeitava a bolsa em meus ombros e fiquei mentalmente feliz por entrar no hotel e ver aquela recepção vazia, apenas com os funcionários dali. Me aproximei e mesmo com milhares de ideias para tentar convencer a moça de me dizer qual quarto do Lucas, sem que precisasse avisá-lo que eu estava ali, eu sabia que por sua fama e por ética trabalhista, ela jamais faria isso. Então, fui sincera: Avisei-a que sequer tinha certeza se ele realmente estava ali, mas que eu precisava muito falar com ele e se ela poderia ligar para o quarto dele e avisar a minha presença. Dei duas sortes: a funcionária era extremamente gente boa e logo me garantiu que ele estava hospedado lá, pedindo apenas que eu esperasse alguns minutos para ela poder ligar pro quarto dele. Não demorou muito para voltar sua atenção a mim, depois que desligou o telefone, e me informar o número do quarto. Agradeci com um sorriso sincero e subi os andares pelo elevador com o coração na mão. Sentia-o bater contra a minha pele e cada vez mais ficava nervosa, tentando entender o que raios estava acontecendo. Definitivamente, dentre todas as coisas que eu esperava para o dia do casamento da minha irmã, essa situação nunca esteve inclusa.
Logo que saí do elevador, achei que poderia me perder naquele corredor largo e comprido do hotel, mas não demorei tanto para encontrar o número do quarto do Lucas, pois ele me ajudou ao me esperar na porta. Com roupas bem folgadas - num short de malha e uma camisa amassada, como quem tivesse acabado de colocar -, ele estava com uma das mãos apoiadas na maçaneta e sua expressão parecia indecifrável.Lucas: Não esperava que cê viesse até aqui - ele falou, percebendo que eu não iria ser a primeira a falar, assim que parei em sua frente.
Nina: Eu não esperava tanta coisa do que tá acontecendo, Lucas... - falei, caindo em si que poderia ter esperado um pouco mais para falar isso - Nós vamos conversar na porta?
Lucas: O assunto não é breve? - ele questionou e eu franzi meu cenho, quase bestializada com a sua atitude grosseira - Entra, Nina! - ele falou após um longo suspiro, me dando passagem pro seu quarto e assim eu adentrei ali.
Nina: Posso ser sincera? - falei assim que o vi fechar a porta e caminhar em direção a cama, para sentar na beirada dela - Eu não faço ideia se eu te fiz alguma coisa, mas em minha defesa, eu já posso te falar que não foi proposital.
Lucas: Dá nem pra acreditar que cê tá falando isso - ele disse me encarando e não conseguindo esconder certa frustração em seus olhos - Se cê não sabe, por que tá aqui?
Nina: Para saber?! - falei de forma óbvia - Lucas, eu te conheço e sei que tem alguma coisa acontecendo. Só que eu também não sou adivinha, tu podia colaborar e deixar a gente conversar direito pra tentar resolver o que quer que tenha acontecido.
Lucas: Esquece isso, Nina, tá tudo normal - ele falou me encarando e se revelando um péssimo mentiroso, como em outras vezes. Só que diferentemente, dessa havia me irritado.
Nina: Achas mesmo normal me esconder que tu vinha para um hotel e não pra casa da minha mãe? - soltei com um estresse explícito na voz, dessa vez não mais preocupada com qualquer falta de filtro.
Lucas: Já que estamos falando sobre isso, vamos lá... - ele falou se levantando da cama, em tom extremamente sarcástico - E cê acha normal que eu nem saiba sobre o aniversário do seu pai?
Merda! Seria o único palavrão que meus lábios conseguiriam sibilar agora. Agora, em minha cabeça, todas as coisas pareciam clarear de uma maneira tão óbvia que eu quase me considerava burra por não ter percebido. Lucas esperou que eu reorganizasse a quantidade de pensamentos que ele tinha certeza que se passava pela minha cabeça, mas no final das contas, eu nem sabia quando eu iria conseguir dizer algo - eu não fazia ideia de como agir frente aquela reação dele.
Nina: Lucas... - falei com tom de prosseguimento, mas na verdade, as palavras me faltavam em seguida.
Lucas: Não! Cê não precisa dizer nada. Eu acho que a nossa conversa acabou - ele me interrompeu.
Nina: Não! - repeti firme, da mesma maneira que ele e aproveitei que ele ainda estava de pé para se aproximar - Tu sabes bem quais são os pensamentos do meu pai sobre ti e...
Lucas: Eu vou falar uma coisa pro cê - ele me interrompeu novamente e deu um passo para trás quando notou que eu havia nos deixado quase frente a frente - Eu não tô pedindo pro cê me levar em lugar nenhum, muito menos me apresentar pro seu pai. O estranho pra mim é só cê esconder um negócio tão pequeno assim. A gente conversou esses dias todos e cê nem falou sobre isso, inclusive, foi até no domingo que cê me disse que vinha passar a semana aqui por causa dos últimos detalhes do casamento da Babi. E só!
Nina: Mas foi por isso mesmo que eu vim! A principal razão de eu estar aqui é o casamento, não foi o aniversário do meu pai. Agora eu não podia imaginar que não te falar isso fosse te deixar assim... Eu peço até desculpas...
Lucas: Cê sabe que não se trata disso!
Nina: Se trata de quê então, Lucas? Eu não consigo entender - falei me aproximando dele de novo e deixei que minhas mãos segurassem o seu braço - Lucas, o meu pai é o ser humano mais complexo do mundo inteiro...
Lucas: ... Mas eu não sou - ele me interrompeu, de novo.
Nina: Espera, deixa eu falar! - disse o olhando, tentando ser firme mesmo que aquela proximidade já fosse capaz de fazer meus pensamentos voarem para longe da seriedade - Ele é cego por certezas que ele acha que tem, sabes? E o pior é que ele acha que pode mudar a vida dos outros por isso, que ele tem esse direito. Eu não te falei sobre o aniversário dele primeiro porque eu não pensava que tu fosse querer vir e outra porque eu acho que já hoje tu provavelmente vai ouvir coisas desnecessárias dele, imaginei que dois dias seguidos fosse uma certa saturação.
Lucas: Não é por querer ir, é certo que eu nem iria vir mesmo! Só que sei que seu pai não vai com a minha cara e só o que me preocupa é que a gente fica cada vez mais juntos e eu não tenho a oportunidade de, pelo menos, mostrar pra ele o contrário.
Nina: Como eu disse, ele é cego pelas próprias certezas - eu afirmei, mas sentindo certa culpa por aquilo que ele me dizia. De certa maneira, era um fato que eu tentava evitar todo e qualquer encontro do Lucas com o meu pai - Mas hoje vocês vão se ver. Aliás, hoje tu vai ver muita gente que talvez nem queira.
Lucas: Se cê tá falando da família da Lorena, eu não tenho nada contra eles. Eles que insistem em achar que eu sou algo que eu não sou e ainda querem me arrumar problema até quando eu já tô longe.
Nina: Isso eu sou obrigada a concordar - falei jogando um pouco da minha cabeça pra trás, já mais calma e percebendo isso nele também.
Lucas: De tudo o que a gente tá conversando agora, eu ainda não te falei o que me deixou mais puto... Cê ignorar todas as vezes que eu tentei te ligar.
Nina: Na verdade, eu só vi uma. E tu queria mesmo que eu te atendesse enquanto eu discutia com o meu pai por sua causa?
Lucas: O quê? Cês brigaram? - ele mudou o tom, agora deixando uma preocupação visível em suas expressões e olhos que me encaravam.
Nina: Digamos que ontem não foi um dos melhores dias, mas já tivemos discussões piores.
Lucas: Nina, eu tô falando sério! - ele disse se soltando das minhas mãos que, até então, ainda estavam em seu braço.
Nina: Eu também! Acho que tá tudo bem... Ou pelo menos, vai estar até hoje a noite - afirmei, soltando a última frase um pouco mais baixo e ouvi o Lucas soltar uma respiração pesada dos pulmões, se afastando de mim mais uma vez e indo se sentar na cama.
Lucas: A Lorena vai estar lá hoje? - ele perguntou, quebrando o silêncio de alguns minutos.
Nina: Não sei! Minha irmã chamou, né? Mas por exemplo, ontem ela não foi no aniversário do meu pai. Então, não tenho muita ideia - respondi, mas logo prossegui com a dúvida que aquilo me deu - Por quê?
Lucas: Eu quero conversar com ela - ele afirmou encarando o chão - Já chega disso né, Nina? Ela tá causando problema pra você, pra mim, pra sua família... pra tudo!
Nina: Lucas, não! - eu fui categórica e ele me encarou, talvez surpreso.
Lucas: Eu a conheço, Nina. E essa conversa, na verdade, já passou da hora de acontecer, cê nem faz ideia!
Nina: Por favor - falei me aproximando e parei em sua frente, o vendo levantar o rosto para me encarar - Deixa ela pra lá! Deixa toda essa história pra lá!
Lucas: Como? Cê sabe que eu nunca vou me sentir confortável na sua família, enquanto seu pai não consegue nem me tolerar, né?
Nina: De certa forma, as opiniões que importam pra mim é da minha mãe, da Babi e do Jayme. E na maioria das vezes, tu não vai precisar conviver com mais ninguém além deles. Então, sinta-se na obrigação de só se sentir bem com eles - falei aproveitando suas pernas livres e me sentando em uma delas - E eu não quero tu falando com a Lorena - falei um pouco mais baixo, soltando aquilo que vinha a minha cabeça.
Lucas: Não? - ele me olhou quase sem conseguir conter o sorriso - Isso por algum acaso é ciúmes?
Nina: No meu estilo de vida, não cabe esse sentimento. Talvez seja precaução - o vi gargalhar tão lindamente na minha frente que aquilo não me deu espaço para pensar em qualquer desconforto dele ou ciúme meu; eu apenas queria beijá-lo sem parar mais. E foi exatamente o que eu fiz, tomando os lábios dele para mim e deixando para os nossos corações a segurança que só aquilo importava para nós: estarmos bem com nós mesmo e sem se importar com nada mais dali para fora. Pelo menos, era isso que eu esperava!
[...]
Nina: OFF
Lucas: ON
Ás 20:10 - quase quarenta minutos depois do horário marcado no convite -, Babi adentrou a igreja e deu seus passos leves, mas claramente apressados ao altar. Ela estava tão feliz que naquele momento, eu consegui ver um pouco da comprovação da tese que a Nina sempre diz sobre quando uma pessoa estar muito feliz, conseguir irradiar luz. Era exatamente assim que eu via a irmã dela. Além do quê, estava linda! Aliás, a sua entrada no local foram os únicos minutos que eu havia conseguido desconectar a minha atenção da Nina. Eu achava que já tinha a visto linda de todas as maneiras, mas definitivamente sua beleza sempre conseguia ser uma caixa de surpresas para mim. Quando a Babi chegou ao altar, então, eu pude aproveitar e apreciar aquele momento sob todos os pontos de vistas possível. Embora estivesse mais ao fundo da Igreja - pois também tinha me atrasado um pouco e não sabia muito bem o que fazer ali, visto que Nina ocupava um lugar no altar como madrinha -, eu conseguia enxergar e viver aquele momento da maneira bonita que ele deveria ser apreciado.A cerimônia pareceu até mesmo curta de tão linda que foi e o quão rápido passou o tempo. Ali, eu obtive a certeza de que poucas coisas nessa vida eu achava tão incrível quanto casar! Assistir algo assim fazia-me afirmar para mim mesmo que construir aquilo pra a minha vida também era um sonho e que no final das contas, acabava por ser um dos mais importantes.
Enfim, assim que a cerimônia acabou, Babi saiu com o braço entrelaçado no Jayme e ambos distribuindo sorrisos por quem encontravam. Realmente, era muito fácil ver a felicidade ali! Se dirigiram, em meio á algumas pétalas de rosa - no lugar do arroz - que os jogaram e dos flashes ao salão ao lado, onde seria a festa. Eles decidiram fazer a comemoração numa espécie de anexo que a Igreja tinha e isso também foi uma ideia incrível, pois não dava mais nenhum trabalho á qualquer outro convidado. Como havia perdido a Nina de vista depois que ela saiu da Igreja - naquele mesmo momento que os noivos, as famílias, os padrinhos e madrinhas -, decidi ir seguindo o fluxo das pessoas até o salão e lá foi bem fácil entender porque não estava a vendo. Depois de me deslumbrar um pouco com o que vi da decoração ali, já era fácil ver as pessoas que tinham acabado de entrar no local se aglomerarem em volta de um espaço. Me aproximei pra entender o que acontecia e vi todos os padrinhos e madrinhas juntos, com a Babi e o Jayme no meio, provavelmente preparando algo para apresentar e iniciar a festa.
E foi exatamente o que aconteceu, uns cinco minutos depois: A música instrumental que tocava no ambiente se tornou uma melodia mais dançante e eles apresentaram uma breve coreografia que logo teve passos coreografados a deixar somente a Babi e o Jayme no meio da pista de dança. Assim como na cerimônia, tirei algumas fotos e gravei alguns vídeos ao meu snap, enquanto me divertia assistindo aquilo. Estava tudo, simplesmente, demais! Depois da coreografia e da abertura - tanto da festa, quanto da pista de dança - eles ainda pegaram o microfone para dizer algumas palavras e enfim, as pessoas começaram a se dispersar pelo salão afim de se acomodarem em alguma das tantas mesas que tinham dispostas por lá. Como eu imaginei que eles ainda tirariam algumas fotos em volta da mesa decorada que lá tinha, decidi aproveitar para ir ao banheiro e depois que saí, me encostei em um dos cantos e fiquei olhando os registros que tinha feito. Havia tantas fotos lindas que decidi, inclusive, postar uma delas no meu instagram - aproveitar para fortalecer lá meus votos de felicidade á Babi e ao Jayme.
Lucas: ON
Ás 20:10 - quase quarenta minutos depois do horário marcado no convite -, Babi adentrou a igreja e deu seus passos leves, mas claramente apressados ao altar. Ela estava tão feliz que naquele momento, eu consegui ver um pouco da comprovação da tese que a Nina sempre diz sobre quando uma pessoa estar muito feliz, conseguir irradiar luz. Era exatamente assim que eu via a irmã dela. Além do quê, estava linda! Aliás, a sua entrada no local foram os únicos minutos que eu havia conseguido desconectar a minha atenção da Nina. Eu achava que já tinha a visto linda de todas as maneiras, mas definitivamente sua beleza sempre conseguia ser uma caixa de surpresas para mim. Quando a Babi chegou ao altar, então, eu pude aproveitar e apreciar aquele momento sob todos os pontos de vistas possível. Embora estivesse mais ao fundo da Igreja - pois também tinha me atrasado um pouco e não sabia muito bem o que fazer ali, visto que Nina ocupava um lugar no altar como madrinha -, eu conseguia enxergar e viver aquele momento da maneira bonita que ele deveria ser apreciado.A cerimônia pareceu até mesmo curta de tão linda que foi e o quão rápido passou o tempo. Ali, eu obtive a certeza de que poucas coisas nessa vida eu achava tão incrível quanto casar! Assistir algo assim fazia-me afirmar para mim mesmo que construir aquilo pra a minha vida também era um sonho e que no final das contas, acabava por ser um dos mais importantes.
Enfim, assim que a cerimônia acabou, Babi saiu com o braço entrelaçado no Jayme e ambos distribuindo sorrisos por quem encontravam. Realmente, era muito fácil ver a felicidade ali! Se dirigiram, em meio á algumas pétalas de rosa - no lugar do arroz - que os jogaram e dos flashes ao salão ao lado, onde seria a festa. Eles decidiram fazer a comemoração numa espécie de anexo que a Igreja tinha e isso também foi uma ideia incrível, pois não dava mais nenhum trabalho á qualquer outro convidado. Como havia perdido a Nina de vista depois que ela saiu da Igreja - naquele mesmo momento que os noivos, as famílias, os padrinhos e madrinhas -, decidi ir seguindo o fluxo das pessoas até o salão e lá foi bem fácil entender porque não estava a vendo. Depois de me deslumbrar um pouco com o que vi da decoração ali, já era fácil ver as pessoas que tinham acabado de entrar no local se aglomerarem em volta de um espaço. Me aproximei pra entender o que acontecia e vi todos os padrinhos e madrinhas juntos, com a Babi e o Jayme no meio, provavelmente preparando algo para apresentar e iniciar a festa.
E foi exatamente o que aconteceu, uns cinco minutos depois: A música instrumental que tocava no ambiente se tornou uma melodia mais dançante e eles apresentaram uma breve coreografia que logo teve passos coreografados a deixar somente a Babi e o Jayme no meio da pista de dança. Assim como na cerimônia, tirei algumas fotos e gravei alguns vídeos ao meu snap, enquanto me divertia assistindo aquilo. Estava tudo, simplesmente, demais! Depois da coreografia e da abertura - tanto da festa, quanto da pista de dança - eles ainda pegaram o microfone para dizer algumas palavras e enfim, as pessoas começaram a se dispersar pelo salão afim de se acomodarem em alguma das tantas mesas que tinham dispostas por lá. Como eu imaginei que eles ainda tirariam algumas fotos em volta da mesa decorada que lá tinha, decidi aproveitar para ir ao banheiro e depois que saí, me encostei em um dos cantos e fiquei olhando os registros que tinha feito. Havia tantas fotos lindas que decidi, inclusive, postar uma delas no meu instagram - aproveitar para fortalecer lá meus votos de felicidade á Babi e ao Jayme.
@lucaslucco Sou meio chorão mesmo, mas quem há de dizer que o amor não é o sentimento mais bonito do mundo? Felicidades, @babibarsanti e @jaymesilveira. Que a caminhada de vocês seja tão linda quanto está sendo essa noite.
brunorodrigues Que foto maravilhosa!!
motivoll LUCAS ESTÁ NO CASAMENTO DA IRMÃ DA NINA, eu quero chorar
lanesousa Parabéns @babibarsanti e @jaymesilveira
marianascarvalho Foto incrível...
fcboyllmagia eu nao supero como vc juntou nessa menina tão rápido, que sorte dela cara
febernardes Por que você e a @ninabarsanti não ficam junto logo?
destinolucco Eu nem falo mais nada risos
lorenizado Foto top mesmo!
myvidalucco Tá com a família do meu shipp, pai faz acontecer
santinhadomozi Agarra a @ninabarsanti e casa com ela logo também, que tal?
ciumesll não queria você namorando =(
luccosincero Deve tá chorando horrores, todo manteigão kkkkkkk
Como sempre, não consegui ler muita coisa sobre os comentários, mas fiquei tão distraído com as minhas redes sociais que não pude sentir quando se aproximaram de mim e quase tomei um susto por isso.
Nina: Tá assustado é, guri? - ela falou com um sorriso incontido nos lábios, percebendo que eu verdadeiramente tinha tomado um susto.
Lucas: Distraído - respondi como quem a corrigisse e acabamos rindo disso - Tá quase nada com carinha de choro, viu? - falei olhando para ela que tinha os olhos um pouco menores e mais inchados que o normal, além das bochechas mais coradas.
Nina: Pedi uma make a prova d'água não foi a toa, viu? - ela disse rindo - Mas não foi lindo? Ou eu que sou apaixonada demais por esses dois?
Lucas: Não, cê tá certa... foi lindão memo, até eu me emocionei.
Nina: Viu só? Não tá em posição de me julgar, então - falou tentando simular uma bronca
Lucas: Nem tô - disse com um sorriso nos lábios e me dei liberdade de me aproximar dela - E cê tá linda da mesma forma - falei bem próximo ao seu ouvido, deixando um beijo em seu lóbulo e ela logo se estremeceu com aquilo, deixando um sorriso perto dos meus ombros.
Nina: Obrigada! Tás uma lindeza de social assim também, sabia? - ela falou me encarando, quando dei uma leve afastada.
Lucas: Tô sempre lindo, não?
Nina: Não começa, Lucas - ela disse balançando a cabeça negativamente e eu só ri da forma com que ela agia - Ei! Agora que eu tô livre da posição madrinha, nós vamos aproveitar a festa, né?
Lucas: Se cê vai ser a minha acompanhante, bora!
Nina: Claro que sim! Não me aturou até agora, vai ter que fazer isso, então.
Lucas: Com o maior prazer do mundo - a encarei e ela riu, me dando já a certeza por suas expressões que havia considerado aquilo com duplo sentido.
Nina: Vem, guri! Quero te apresentar a Rô e ao Alberto - ela disse me puxando pela mão e eu até mesmo demorei a assimilar quem eram essas pessoas, até ligar esses nomes aos pais do Rafael.
Confesso que não me sentia muito confortável com essa ideia, mas de certa maneira, isso também me deixava um pouco mais feliz - principalmente, após a nossa conversa a tarde. Eu sabia o quanto eles dois eram importantes para ela e era bom vê-la fazendo algum esforço que fosse para me trazer ao seu ciclo familiar ou de amigos. Então, a minha atitude frente á isso foi apenas de consentimento e fui caminhando com ela - que ainda se mantinha segurando a minha mão, ditando a direção para irmos - e que mesmo rápida, conseguia se administrar muito bem ao fato de estar num salto e usando um longo vestido azul.
XXXXXX: Nina! - uma voz feminina cortou os meus pensamentos e focalizei na nossa frente uma mulher de cabelos médios, que parecia ter idade na faixa dos quarenta, mas que pela reação de riso da Nina, parecia ser alguém legal - Por que tu não me disse que iria trazê-lo? - falou fazendo referência a mim e prosseguiu antes que eu me assustasse - Eu tô com o meu cd novo dele lá em casa, pronto para ser autografado! - assim como a Nina fez, foi impossível não gargalhar.
Nina: Tia, não está na hora ainda de me fazer passar vergonha - ela respondeu a mulher em nossa frente
XXXXXXX: Eu ainda nem bebi, minha flor - ela disse tocando o ombro de Nina, em tom divertido.
Nina: Deixa eu te apresentar essa figura, Lucas! É minha tia, irmã do meu pai... Fernanda. E bom, esse é o Lucas! - falou enquanto intercalava o olhar entre mim e ela.
Lucas: Prazer em conhecê-la! - soltei a mão da Nina para cumprimentá-la e depois de um aperto, acabou que nos abraçamos.
Fernanda: Prazer é meu, meu querido! E olha... Tu ainda é mais bonito pessoalmente, guri! Tás de parabéns! - falou assim que nos soltamos, me fazendo rir.
Lucas: Obrigado - foi a única coisa que consegui dizer, em meio aquele divertimento
Nina: Pelo amor de Deus, vamos sair daqui antes que eu queira me enfiar em um buraco no meio dessa festa - Nina falou para mim, mas de modo que a tia conseguisse mesmo ouvir e gargalhar
Fernanda: Deixa a sua tia ser sincera, poxa! - ela falou rindo - Ai, gente, aproveitem a festa! Daqui a pouco nos esbarramos por aí - ela falou deixando beijo para nós e acabou que voltamos a andar pelo salão em direção oposta a que ela ia.
Nina: Pior é que eu nem posso mentir pra ti e dizer que ela não é sempre assim, porque ela é - ela falou virando pra mim, me fazendo rir.
Lucas: Nina, que figura! - falei recuperando o ar ainda.
Nina: Ela é demais! Mas dá pra perdoar esses acessos de vergonha que ela nos faz passar só porque faz o melhor bolo do mundo.
Lucas: Será que um dia eu vou ter que furar minha dieta para isso?
Nina: Tu vai ter a obrigação, eu juro! - ri
Lucas: Mas ela é gente boa, né? Gostei dela.
Nina: Ela é demais! Nem parece que é irmã do meu pai, inclusive - Nina disse, tentando soar um pouco divertida, mas eu acabei entrando naquela de quem cala consente. Não queria falar mal do pai dela, que na verdade eu nem conhecia, mas por tudo que eu já tinha ouvido e que estava acontecendo, certamente Nina estava mais do que correta.
XXXXX: Pensei que tu tinhas ido retocar a maquiagem, Nina - uma mulher disse assim que chegamos a uma mesa onde tinha um casal, parecendo estarmos onde a Nina queria.
Nina: Nada, eu acho que consegui não me estragar tanto, né? - Nina disse em tom leve e divertido.
XXXXX: É possível ter algo que te estrague? - o homem quem dessa vez disse e eu sorri quase concordando com aquela pergunta; definitivamente isso era impossível.
Nina: Coisa linda! - Nina aproveitou a proximidade e deu um beijo no rosto dele - Mas eu tinha ido era buscar esse guri aqui pra apresentar pra vocês. Lucas, esses são a Rô e o Alberto e gente, esse é o Lucas - ela disse fazendo a clichê apresentação.
Rosângela: Prazer em te conhecer, Lucas! - ela falou extremamente simpática, com um sorriso nos lábios e trocamos um abraço.
Lucas: Igualmente - sorri para ela de volta e estiquei a minha mão para cumprimentar o Alberto - Prazer!
Alberto: É meu! - ele disse logo que terminamos o aperto de mão - Vão ficar aqui conosco, né? - ele perguntou, tão simpático quanto a esposa.
Nina: Por enquanto sim - Nina respondeu, mas logo voltou o olhar á mim - Pode ser?
Lucas: Claro - confirmei rápido e tanto a Rosângela quanto o Alberto voltaram a se sentar, indicando que nós fizéssemos o mesmo ali com eles.
Nina: Ai, tô feliz de ter apresentado vocês! - ela falou com um sorriso sincero entre os lábios, sem esconder a euforia na voz, mas antes que qualquer um de nós pudéssemos responder, outra pessoa se aproximou da mesa e chamou a nossa atenção.
Rosângela: Estava na hora né, guria? - ela disse quase encarando a Nina, me fazendo perceber que elas conseguiam se falar com o olhar e tinha algo por trás daquela fala. Inclusive, algum outro sentido que fez a Nina rir, mas que eu vi o sorriso logo se desfazer quando um homem se aproximou da mesa poucos segundos depois.
Nina: Oi, pai! - ela falou com os ombros completamente tensos, mudando rapidamente a postura anterior. Eu mal podia acreditar que aquele encontro aconteceria tão cedo esta noite.
Alberto: Tá vivo, meu amigo? - ele brincou, sem parecer perceber o clima tenso que instantaneamente tinha acontecido ali.
Fábio: Acho que sim, acho que consegui passar por essa - ele respondeu rindo, mas não demorou a voltar o seu olhar ao lado da mesa que estávamos eu e Nina, lado a lado. Apenas ajeitei a minha postura e tentei não me mostrar tão intimidado quanto no fundo, eu tinha certeza que estava - E então, Nina, também não estava animada em apresentá-lo para mim não? - ele perguntou diretamente e aquilo nos confirmou que, ainda com o som alto, ele já estava perto o suficiente para ouvir as últimas palavras de Nina antes de sua chegada.
Nina: Achei que tu já o conhecia - ela respondeu num tom claramente sarcástico e uma postura mais agressiva da Nina quase me assustava; era bem difícil vê-la afiada assim. Seu pai a encarou por alguns segundos e ela também não desviou o olhar até que ele o fez e virou-se a mim, esticando uma de suas mãos.
Fábio: Sou Fábio! - falou no tempo que eu o cumprimentei e selei aquele aperto de mãos.
Lucas: Lucas! - foi a única coisa que disse, não conseguindo ser falso a ponto de falar que era um prazer conhecê-lo.
Rosângela: Quer sentar-se conosco, Fábio? - ela perguntou e a Nina se mexeu na cadeira, mostrando um certo desconforto.
Fábio: Daqui a pouco eu volto aqui para nós conversarmos, agora eu vou lá na mesa, porque preciso pegar meu celular também e deixei alguns amigos lá - disse com um breve sorriso sem mostrar os dentes - Ah, Nina, eu estou ali, viu? Depois vai lá falar com eles - apontou para a mesa que estava, que não era muito distante dali, e foi inevitável que eu também não seguisse o olhar para onde ele estava apontando. E o arrepio na espinha foi inevitável: em sua mesa, além de um casal e dois homens que eu não conhecia, estava a Lorena e seus pais.
Eles pareciam alheios ao Fábio que os tornava assunto entre nós, mas só o fato de tê-los visto de longe me deixava um pouco nervoso. Havia muito tempo que eu não encontrava com a Lorena, quem dirá com a sua família, e eu sabia muito bem a opinião deles sobre mim. Aliás, sabia muito bem que o pai da Nina só havia mostrado a sua mesa por essa razão, afim de provocar a Nina e diretamente a mim. Por sorte, ele não poderia ler os meus pensamentos, mas com toda certeza do mundo, se o seu objetivo era me deixar desconfortável nessa noite, ele havia conseguido com 100% de sucesso.
Lucas: OFF
Nina: ON
Mesmo com a festa já acontecendo, eu conseguia sentir os meus olhos inchados de tantas lágrimas que foram inevitáveis ao longo do casamento da minha irmã. Sem sombra de dúvidas, aquela noite havia sido memorável para mim e eu jamais poderia me esquecer o misto de sensações que me invadiu ao ver a realização do sonho da Babi e do Jayme. Além disso, era gratificante ver se concretizar tudo aquilo que passamos meses planejando. Tudo estava acontecendo e graças a Deus, dando certo! Enfim, logo que fomos para o salão, fizemos uma abertura planejada entre os noivos e padrinhos - cujo eu participava com meu par, que foi um dos meus primos - e depois de algumas fotos tiradas na decoração da mesa com o casal e nossa família, eu tratei logo de ir procurar o Lucas. Após o tempo que fiquei no apartamento dele, ele apenas tinha me assegurado que viria e desde então não tínhamos nos visto direito, pois havia passado o dia de noiva com a Babi, a minha mãe, a mãe do Jayme e todas as madrinhas.
Enfim, assim que nos aproximamos, eu tratei de chamá-lo para apresentá-lo a Rosângela e ao Alberto, mas foi a seguida chegada do meu pai á mesa quem desestabilizou um pouco da felicidade que tinha me invadido no dia de hoje. Em poucos segundos, ele deixou claro o que tinha ido fazer ali próximo de mim e do Lucas: Amostrar, nas entrelinhas, que o Germano estava ali, acompanhado da Lorena e da esposa. Durante a cerimônia - com a visão panorâmica que o altar me deu - eu já tinha visto a Lorena e sua família na igreja. Mas Lucas parecia que não, pois mesmo sem estarmos encostados um no outro, vê-los ali havia o deixado tenso e eu sentia isso. Os meus olhos e a forma com que havia encarado meu pai, tinham dito por si só o que eu queria, mas ele também tinha feito o que desejava, então, saiu dali instantes depois. Por sorte, Alberto e todo seu bom humor chamou a minha atenção e de Lucas para ele, conseguindo varrer quase instantaneamente a tensão e o mau humor que o meu pai poderia ter deixado. Eu havia prometido a mim mesma que não deixaria ele estragar qualquer coisa e precisava estar disposta a mostrar essa segurança ao Lucas também. Passei a observar como a conversa estava fluindo bem entre nós e eu, verdadeiramente, não poderia estar tão feliz em ver o Lucas tão entrosado com pessoas que eu amo, principalmente se tratando do Alberto e da Rô.
Tudo ficou ainda melhor quando minha mãe chegou á mesa com o Matheus, afilhado dela que eu considerava como meu primo também, e então as nossas conversas ficaram ainda mais divertidas. Aproveitamos para tirar algumas fotos juntas - uma a qual o Lucas até enviou para a sua conta no snap e outra que minha mãe insistiu em tirar minha e dele, alegando que estávamos elegantes demais dentro daquelas roupas sociais. Foi nessa hora, quando os papos pareciam ter dado uma trégua, que Matheus lembrou a minha mãe que seus pais queriam ver a Rosângela e o Alberto, fazendo assim com que eles se afastassem da mesa e eu aproveitasse aquela saída deles para também avisar ao Lucas que eu precisava ir ao banheiro. Como ele e Matheus pareciam ter se dado bem e descoberto uma grande afinidade - visto que ele, assim como Lucas, também era apaixonado por música -, caminhei tranquila até ao toilette e deixei-os sozinhos na mesa.
Por sorte, o banheiro em que fui não estava tão cheio e como me deparei com a maioria dos espelhos vazios, usei daquele espaço para retocar o meu batom. No entanto, assim que terminei, um barulho chamou a minha atenção. E o reflexo do espelho me deu a visão de uma das portas das cabines que se abria; saía dali a pessoa que eu assumo ter cogitado evitar durante toda a noite.
Recadinho: Oi, meninas! E essa terça? Demorou muito a chegar, é? Hahahaha. Enfim, esse capítulo foi mais para explicar também o porquê da reação do Lucas no último capítulo e pra selar ainda mais nosso casalzinho, que a gente gosta desse grude, né? Mas, tem alguém vindo aí, não tem? Além do Fábio que já adora provocar, quem a Nina vai encontrar no banheiro? Pois é.. Vai ficar pra parte 2! Hahaha. Mas, pra vocês não acharem que eu tô muito má ultimamente, como amanhã é feriado e eu vou passar meu dia em casa (graças á Deus!), se vocês acertarem quem é que tá saindo desse banheiro e comentarem bastante, EXCEPCIONALMENTE nessa quinta eu posto a segunda parte. Beijooo!!
Menina do céu se não for a Lorena, não faço ideia de quem seja.Quero o proximo capitulo pra já! Kelly
ResponderExcluirEu li o capítulo todo com o coração na boca! Meu coração tá acelerado e eu mal posso esperar pela parte dois. Respirando fundo pra segurar a ansiedade até quinta! Beijos e bom feriado!
ResponderExcluirOqeee... meus Deus que suspense, que ansiedade.. Eu acho que vai ser a Lorena,esse Fábio n tem noção neh? Affz, em evento cabeça dura, mais eu amei que a Nina foi firme com ele e amei tbm o encontro do Lucas com os pais do Rafa... To super ansiosa pela parte 2 ♡♡♡
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ResponderExcluirESSA TERÇA DEMOROU PRA CARALHO! EU QUERO COMENTAR POR PARTE ENTÃO VAMOS LÁ! A RESPEITO DA MENSAGEM DO LUCAS, ACHEI ATÉ QUE ESTARIA COM A LORENA NO HOTEL, SORTE GRANDE DISSO NÃO TER ACONTECIDO. O CASAMENTO DA BABI E DO JAYME SENDO VISTO POR ELE FOI A COISA MAIS MAIS MAIS MAIS MAIS LINDA DO MUNDO. O ENCONTRO DELE COM A RÔ E ALBERTO SÓ ME FEZ FICAR COM UM SORRISO DE PONTA A PONTA, COMO ELES EU TAMBÉM QUERO QUE A NINA SEJA MUITO FELIZ. E ESSE FÁBIO? JOGOU FAÍSCA E ACENDEU FOGUEIRA, QUE RAIVA! E ESSE ENCONTRÃO NO BANHEIRO? SERÁ A LORENA? PORQUE TENHO CERTEZA QUE SIM, AFINAL CÊ NÃO NOS MATARIA DESSE JEITO! ENTÃO... VOCÊ TEM QUE POSTAR PARTE DOIS NA QUINTA SEM FALTA! PORQUE SE FOR SÓ NO SÁBADO É TORTURA DEMAIS! FICA COM DEUS GABI, E DESCULPA FICAR ESCREVENDO EM CAPS LOCK, MAS É PRA CÊ SABER QUE QUANDO ESCREVO ASSIM É PORQUE ESTOU LENDO PELO COMPUTADOR. BEIJOS!
ResponderExcluirNAO FAZ ISSO COMIGO. Que nervoso cara. Com certeza é nossa velha "amiga" Lorena. Pode querer estapiar ela? PODE SIM!!! Só vem quinta-feira e não demora.
ResponderExcluirAposto que é a Lorena ��
ResponderExcluirLucas todo sentimental ooow
ResponderExcluirNa última frase do capítulo me deu uma dor no coração de achar que esperaria até sábado pra ler essa continuação... aí que alívio QUERO PARTE 2 JA
ResponderExcluirVEM QUINTA
Aiiiiiii meu pobre coração, eu não preciso nem falar quem era o ser humano desnecessário q tava saindo, Obrigado senhor por amanhã ser feriado
ResponderExcluirAiii mdss a espera valeu muito
ResponderExcluirQue capítulo maravilhosoooo foi esse
Affs esse pai da Nina muito desnecessário viu
Provavelmente deve ser a Lorena no banheiro, só quero ver o que ela vai falar para a Nina
Aindaa bem que amanhã é feriado e você ser uma escritora maravilhosa que não deixa suas leitoras na mão e vai postar quinta 👏👏👏porque eu não iria aguentar esperar até sábado pelo próximo capítulo
Já quero o próximo capítulo estou muito ansiosaaaa
Bjss Gabi 😘💕
Oi, Gabs! Não estava conseguindo comentar, pois a minha vida andava bem corrida e eu estava lendo o blog "superficialmente", visto que, já havia lido na primeira vez. Mas hoje, tirei o dia pra ler o blog de 'cabo a rabo' e me aprofundei na história novamente! Mas já que agora estamos nas postagens inéditas, não posso deixar de comentar e farei isso a partir deste capítulo. Eu estou encantada com o tanto de amor que esse casal emana! Sério, surreal de mais! Esse capítulo me deixou tensa, pois existem personagens um tanto "complexos" neles, mas o que mais me deixou nas nuvens nesse capítulo, foi a narração do Lucas sobre a cerimônia da Babi e do Jayme, foi amor demais. Estou na expectativa pelo próximo capítulo! E não tenho imaginação o suficiente pra pensar o quão tenso vai ser esse encontro da Nina × Lorena. Continua que tá ótimo e vou voltar a estar sempre por aqui.
ResponderExcluirBeijão, Thami.
Aí meu coração!!!! Que capítulo, que tiro, que tudo. Aposto que é a desnecessária da Lorena!!!!! Tô amando cada vez mais, tô viciadaaa
ResponderExcluirEsse alguém ai eu aposto que é a nojenta da lorena, tira essa guria dai pelo amor deus gabs.
ResponderExcluirTô adorando saber que Lucas, Babi e Jayme criaram esse laço de amizade
ResponderExcluirEspero que essa relação de Lucas e Fábio não prejudique nosso casal, não quero nem imaginar.. Mas amei esse capítulo e mostrou ainda mais o quanto o Lucas se aproximou da família da Nina, e também por ele ter conhecido os pais do Rafa que são importantes na vida dela.
ResponderExcluirSó pode ser a Lorena, espero que ela não venha trazer crise no relacionamento dos dois, aquela ali gosta do circo pegar fogo.. Mas bem que ela podia ter mudado né!!! E a Ana Paula ein, será se vai ter ela na história também
ResponderExcluirPostaaaaaa mais, meu coração não aguenta esperar, Gabi se nós não morássemos longe eu juro que todo dia ia na sua casa beijar seus pés, cê é foda demais cara
ResponderExcluirMELHOR ESCRITORA REAAAL!!!!!!
ResponderExcluirQuero logo esse novo capítulo, to praticamente namorando a história inteira, posta logo por favorzinho, espero que posta quinta mesmo, porque sábado vai ser muita tortura
ResponderExcluirLorena