sábado, 10 de setembro de 2016

Chapter 22.

Acordei sábado sentindo todo o verdadeiro cansaço que consumia o meu corpo após o casamento da Babi e do Jayme. Um pesar tão grande que as minhas costas pareciam que nunca mais conseguiriam se desgrudar da cama. E eu fiz o máximo que pude para adiar esse momento, inclusive me enrolei entre as minhas cobertas por tempo suficiente para cochilar mais algumas vezes. Verdadeiramente, só fui capaz de me levantar quando, no susto, me dei conta que o relógio já apontava mais de uma hora da tarde. Sentei-me na cama tão bruscamente que por um lado aquilo foi bom; dali para levantar foi bem mais fácil. Fui pro banheiro com uma lentidão não muito normal e lá fiz todas as minhas higienes pessoais nesse ritmo quase parando, voltando ao meu quarto ainda sem ter muita certeza se a minha mãe já estava acordada. O silêncio na casa estava bem forte e eu só sabia que o Jayme e a Babi já haviam saído rumo á lua de mel. Me encarei no espelho, ajeitando o meu cabelo, e assim que peguei meu celular sobre a cama, decidi bater uma foto minha. O registro seria apenas daquela minha roupa de dormir que beirava o cômico - afinal, a minha cara era impossível de se fotografar -, mas ainda sim me agradou o suficiente para ser mandada pro instagram.
@ninabarsanti Como se dá bom dia hoje? Quero acordar no mesmo luxo, vestido e make de ontem haha

amorporlucco tá é linda mesmo assim, como é que pode?
surfilipe hahaha você é a melhor! Bom domingo, Nina!
jessicaluana Amo essa menina linda!!
indiadolucco Eta que tu é linda até de pijama, como é que pode?
kellyleitte Tão fofa!!!
esthernovaes quero um pijama igual, ameeeei!! Hahaha
lozinhall Como é que você lida com a fofura dessa menina? @lucaslucco
rayoliveira o depois é sempre o pior, né? rs
Não li, praticamente, nada dos comentários e com o celular nas minhas mãos eu fui saindo do meu quarto, chegando até a cozinha sem encontrar ninguém. Avistei a cafeteira sobre a pequena mesa de centro e não resisti em puxar uma xícara de café pra mim. Com ela em mãos, comecei a procurar saber se alguém estava em casa. Sem querer, fui ao local certo: cheguei ao quarto que a minha mãe costumava tirar pra estúdio e a encontrei lá, aparentemente terminando sua prática.
Nina: Que lindo, dona Daniela! - falei quebrando o seu silêncio e dando até um susto nela, o que me fez rir - Tavas concentrada mesmo, hein?
Daniela: E tu ainda me fazes o favor de quase me matar do coração - ela se virou totalmente pra mim, rindo.
Nina: Mas então, como vais me explicar essa ioga sem mim?
Daniela: Posso argumentar que comecei sem ti, mas estava te esperando para a segunda parte - ela disse num ar de cinismo que nos fez rir - Guria, estava com uma dor em meus joelhos! Levantei e tive que correr pra cá, depois de tomar um café pra despertar.
Nina: Jura? É que ontem foi demais também, né? Fizemos muito esforço! - falei, pausando para tomar um gole do meu café - Eu fiquei só com a parte do cansaço mesmo. Mãe, eu tô só o pó! Espero que isso aqui me dê um ânimo a mais - disse, levantando um pouco a xícara para fazer referência aquela bebida.
Daniela: Com certeza vai... - ela pausou, mas não demorou em prosseguir - E aí, vais querer praticar? Podemos fazer isso antes de sairmos pra almoçar, porque pra ser franca, eu tô impossibilitada de ir pra cozinha hoje
Nina: Sabes o quanto eu amo sair para almoçar, então não pense que eu vou reclamar! Mas acho que hoje eu vou passar a prática, eu tô muito desanimada mesmo. Eu fingi reclamação sobre tu tá aí sem mim só para perturbar um pouquinho - ela deu uma leve risada.
Daniela: E eu não te conheço? Mas eu ainda vou fazer um tempinho de silêncio, uma meditaçãozinha leve por aqui... que tal me acompanhar? Tranquilo, descansa a mente e tu nem precisa trocar de roupa.
Nina: Rapidinho?
Daniela: Sim senhora, eu juro.
Nina: Então eu vou topar! Pela sua companhia e por acreditar que vai me descansar um pouco. 
Ela sorriu satisfeita com a minha resposta e enquanto organizava o mandala para mim mais a música de fundo, eu terminei a minha xícara de café, levando-a para a cozinha bem rapidinho. Voltei ao quarto com tudo prontinho e apenas me sentei ao seu lado, dobrando as minhas pernas e me ajeitando na postura que ficava mais confortável para mim. O silêncio ali já existia em nós e a música começava a embalar aquela meditação que sempre me caía muito bem.
No entanto, dessa vez, eu sentia tudo um tanto quanto estranho - e a culpa não era somente do meu cansaço corporal; a minha mente quem não parecia preparada para aquilo. Ela me levava pra longe, independente do quanto eu tentasse trazê-la para o presente. Ela me puxava para tudo o que tinha acontecido com relação ao Lucas na última noite e todas as coisas que eu havia evitado pensar, se projetavam agora ali.
Meu medo que, no fundo, meu pai, a Lorena e o Germano estivessem certo quanto ao fato de nós nunca funcionarmos como um verdadeiro casal me acertou em cheio. Minha primeira insegurança sobre o que sentíamos um pelo outro parecia morar em mim, desde então. E a quietude do lado de fora não refletia a forma que eu realmente estava por dentro, composta somente por aquela inquietação que beirava a angústia.
Nina: Mãe - sibilei, mantendo os meus olhos fechados, mas sabendo que eu precisava externar isso.
Daniela: Oi - ela me respondeu tão baixo quanto o meu tom de voz.
Nina: Eu não tô conseguindo - confessei, deixando um suspiro pesado escapar antes de prosseguir - Podemos conversar? - disse abrindo apenas um dos olhos, tentando enxergar a sua reação.
Daniela: Claro - ela me respondeu também abrindo os seus olhos, me dando tranquilidade para me virar totalmente pra ela - Eu sabia que estava acontecendo algo. Cinco minutos do meu lado e com a respiração pesada desse jeito, é muito fácil prever...
Nina: Tem tanta coisa fora do lugar, mãe - falei em tom quase frustrado.
Daniela: Com o Lucas? - ela disse com uma das sobrancelhas levantadas, parecendo não entender.
Nina: Sempre, né? Mas dessa vez, envolve o meu pai. Aliás, meu pai, o Germano e a Lorena... mais especificamente.
Daniela: Eles fizeram alguma coisa ontem, Nina? - sua voz variou no tom de preocupação á uma leve irritação.
Nina: Não diretamente! Só que além do que eu te contei ontem, lembra? Sobre as indiretinhas do meu pai? - ela assentiu com a cabeça - Então, eu também tive uma conversa com a Lorena - ela pareceu querer me interromper, mas logo desistiu, permitindo que eu prosseguisse. Contei detalhadamente tudo que havia acontecido naquele banheiro e segui para contar do momento que o Lucas veio aqui me deixar em casa, incluindo a nossa pequena discussão.
Daniela: Meu Deus, Nina, o que foi isso? Seu pai já sabe? 
Nina: Do quê? Se foi o fato de eu e o Lucas termos nos desentedido, acho que se eu contar, ele solta fogos.
Daniela: Não, eu tô falando dessa atitude da Lorena. Isso é invasivo, é desrespeitoso!
Nina: Eu não contei, mas ele provavelmente sabe. Isso se não foi ele quem pediu para ela vir falar comigo, né?
Daniela: Não... não é possível! - ela soltou num tom de voz completamente incrédulo, até balançando a cabeça de forma negativa - Não quero perder o foco de ti, dessa conversa. Me fala sobre o Lucas, é melhor. Por que tu colocou esse peso todo em cima dele ontem? Não tinham razões para vocês terem discutido.
Nina: Tudo gira em torno dele, mãe! - tentei parecer convicta, quando percebi que ela já havia começado a repudiar minhas atitudes - Todas as coisas que estão fazendo ou que estão me falando vem a coincidir com aquilo que eu e o Lucas estamos vivendo. Eu tento não abstrair, mas eu acho que está ficando muito complicado. Isso me assusta tanto!
Daniela: Espera... Te assusta o fato de tu não conseguir ignorar o que seu pai ou seja mais lá quem for fala?
Nina: É! Eu consegui um pouco... Tô com o Lucas, né? E eu acredito que ele seja exatamente a pessoa que eu conheci, não a que eles querem pintar pra mim. Mas essa conversa com a Lorena me desestabilizou muito, ela parece conhecê-lo tão bem.
Daniela: Nina... Não caia nisso! Ela joga tão baixo para mostrar o que quer.
Nina: Eu sei, mãe. Mas sabe o que é? - pausei, para respirar fundo e tirar o ar pesado dos meus pulmões, observando a minha mãe que me esperava prosseguir - Os acontecimentos são somatórios. Tudo isso colide com o medo que eu tenho do que pode vir a ser a minha relação com o Lucas daqui pra frente. E o pior, me aflige muito pensar que mesmo sendo numa parcela mínima, a Lorena teve razão ao afirmar que eu e o Lucas não temos nome ao nosso relacionamento. Isso é uma coisa que não sai da minha cabeça e eu não sou de ferro, não dá para manter a segurança em pensar que ela tem um porcento de chance de estar certa.
Daniela: Eu vou falar apenas uma coisa pra ti, minha filha! A boca fala aquilo que o coração tá cheio. Tu reparou quantas vezes falastes sobre medo? Sobre insegurança? É isso, Nina! É isso que tás sentindo! Ou melhor, que tás permitindo que te façam sentir. O Lucas te traz tanto bem, por que não aceita apenas isso? Por que tá abrindo espaço para plantarem maldade no meio disso tudo?
Nina: Olha como tu fala, mãe... "Disso tudo". O que é isso? O que eu e o Lucas construímos até agora?
Daniela: Por Deus, Nina! - minha mãe soltou deixando escapar uma certa ira em sua voz - Tu não é assim! O seu medo é a falta de um rótulo? A falta de poder apresentar o Lucas como o teu namorado? Resolva isso da maneira mais simples que é através de uma conversa. Mas não desvalorize tudo o que vocês tem dessa maneira, só porque vocês dois não tem um nome social.
Nina: Eu tô confusa! - disse, depois de me calar alguns segundos após aquele leve esporro da minha mãe - Eu sei que você tá certa. Na verdade, eu pensei dessa forma todos os outros dias. Mas as coisas parecem que vem para me desestabilizar, entende?
Daniela: Claro que sim, só que cabe a ti deixar que isso te atinja ou não. Tu mesma me disse que o Lucas falou que a única razão por esse ritmo que vocês estão indo é pelo respeito que ele tem por ti, por tua história. Achas mesmo que o guri que seu pai está querendo acreditar que ele é faria isso? O Lucas sente uma grande empatia por ti desde sempre, um respeito e um carinho que é difícil definir.
Nina: É recíproco, mãe - acabei a interrompendo.
Daniela: Então pra quê tanta complicação, Nina? - ela me questionou de uma forma óbvia - Sempre te disse que, com relação ao Lucas, era tu quem estava complicando demais. Tu nunca teve medo de relacionamentos, de se dedicar á alguém, poxa! O importante é o que tu conheces dele e o que sentes por ele. Esqueça o resto, minha filha, tira essa trava... Todo mundo te quer feliz, aceite essa condição e viva assim.
Nina: Achas que é possível a gente se gostar tanto e vivermos bem sem nos encaixar a nada que esse mundo conhece?
Daniela: Tu sempre namorou, teve esse nome quando era com o Rafael, mas o que sustentou vocês todos esses anos não foi isso. Foi amor, foi cumplicidade. Então, pode acreditar que a base de qualquer coisa, de qualquer relacionamento, está aí. Olhe para dentro da tua família, olhe pros teus pais... Eu e o Fábio passamos anos dentro de um rótulo, dentro de um casamento, dentro de um modelo de família. Mas só eu, ele, você e a sua irmã sabiam verdadeiramente o que aqui existia. E mais, só nós vimos que rótulos não são capazes de fazer nada permanecer, muito pelo contrário. O conteúdo é sempre mais importante! Nina... - ela disse pegando as minhas mãos e as trazendo para perto de si - Chamar algo por namoro, casamento ou coisas assim são apenas etiquetas, apenas alimento para a sociedade e pro ego. O importante está em vocês e os meus olhos já percebem que, quando se trata do que você e o Lucas tem, o que está de fora não importa; vocês dois são suficientes.
[...]
Nina: Vou te deixar aqui e vou continuar com o carro, tudo bem? Tás com a chave de casa? - falei virando para a minha mãe assim que estacionei em frente ao nosso prédio.
Depois daquela parte do dia que de meditação transformou-se em uma conversa necessária, nós havíamos saído do quartinho de prática determinadas a nos arrumarmos para almoçar. Seria impossível, visto todo aquele nosso ânimo, que alguma coisa fosse preparada em casa. Então, fomos juntas a um dos nossos restaurantes preferidos do Centro e depois das coisas mais sérias que a minha mãe me disse - me trazendo á uma realidade, onde eu poderia reavaliar tudo aquilo que havia me permitido pensar -, nós conseguimos nos distrair bastante durante o almoço. Agora, eu estava deixando-a em casa para seguir pra mais um dos meus afazeres combinados para hoje.
Daniela: Tudo bem, eu tô com a minha chave... Vais fazer mais uma tatuagem mesmo? - ela disse mexendo na bolsa, logo achando o seu chaveiro em uma daquelas divisões.
Nina: Vou, não posso perder esse horário que ele conseguiu tão em cima da hora, né? 
Daniela: Tá certo! Tô ansiosa pra ver como vai ficar...
Nina: Eu também! - respondi com uma ponta de frio na barriga, mais animada do que pensei.
Daniela: Aliás, guria... - ela disse puxando a sacola da sobremesa que havia comprado no restaurante e que estava ali no porta luvas - Tu vais mesmo já voltar pro Rio amanhã?
Nina: Eu preciso ir... Segunda é aniversário do Lucas, lembras?
Daniela: Eu mesma dou a ideia que tu precisas se resolver e esqueço que para isso, preciso deixar que vás pra longe - ri da sua tentativa de drama.
Nina: Cadê a história de criar os filhos sempre com a liberdade?
Daniela: Quando se trata das minhas gurias e com uma casada, em plena de lua de mel, fica um pouco difícil se lembrar disso - gargalhei da cara que ela fez e a puxei para um abraço, logo a ouvindo me acompanhar no riso.
Nina: Não vou me demorar na rua! E prometo que assim que eu chegar em casa, vamos fazer maratona de Netflix para aproveitarmos o fim do dia, combinado?
Daniela: Então tá certo! Agora deixa eu subir pra tu não demorar tanto, então!
Nos despedimos rapidinho e eu ainda esperei a minha mãe entrar no prédio pra poder dar partida no carro. Depois daquela conversa com ela, não demorei muito a concluir que mesmo sem saber quando o Lucas voltaria ao Rio, eu também precisava voltar pra lá. Na verdade, precisava voltar a mim e a ele. Aproveitaria a chegada do seu aniversário na segunda para ter uma conversa o mais clara possível com ele. A frase que minha mãe havia me dito, sobre nós sermos suficiente um ao outro, foi o basta necessário para que eu parasse de alimentar as influências externas. Eu estava pronta para assumir tudo o que eu sentia e esperava dos meus sentimentos para o Lucas. E ainda se fosse uma furada, eu queria e iria pagar para ver. A minha vida ficou parada por muitos meses e ele fora a minha primeira oportunidade de me resgatar. Ou melhor, ele fez isso da melhor maneira possível, pacientemente e sem ousar desistir de mim. Ele foi o homem que eu pensei que nunca mais encontraria nesse mundo. E eu estava cansada de somente pensar isso, guardar dentro da minha cabeça; precisava expôr e deixar que ele tomasse conhecimento disso. Precisava assumir para ele que eu o queria com todos os prós e contras, com todas as qualidades e defeitos.
Mais uma vez, contagiada com milhares de coisas na minha cabeça, eu sabia que poderia me distrair com aquilo, então - por estar dirigindo -, assim que parei no primeiro semáforo fechado, eu aproveitei pra ligar o rádio. Percebi o quanto eu já estava acostumada com algumas específicas no Rio, quando me dei conta que não me lembrava nenhuma que fosse boa aqui. Pela rapidez com que o semáforo se tornou verde, deixei na primeira estação que dava para ouvir alguma coisa e coincidentemente, tocava uma música.
Tão falando pra eu tomar cuidado que eu posso sofrer... Eu não ligo, eu te quero, eu assumo, eu pago pra ver. No amor tanta coisa acontece, só quem está dentro é quem pode entender. Dessa vez eu não vou me fechar, eu não vou me esconder! Teu passado não tem importância, não quero saber! O que importa de agora em diante sou eu e você. As história de amor que tivemos foram uma espécie de preparação, nós ficamos amadurecidos e sábios de coração... Nosso sonho não é ilusão! Quero ser feliz, você também, não devemos nada pra ninguém! Tá pegando fogo o nosso amor, me leva pra onde você for?
Assim que a melodia se instalou e preparou-se para repetir, em uma segunda parte, eu me dei conta que estava arrepiada da cabeça aos pés. Se aquela letra, que parecia mais um recado para tudo o que agora estava acontecendo na minha vida, não fosse um sinal... o que mais seria? Eu sequer fazia ideia de quem cantava aquilo e nunca a tinha ouvido antes, mas como tudo que eu acredito: veio na hora certa. Assim, sendo impossível a partir de então, tirar o Lucas da minha mente, eu dirigi até o estúdio - que eu conheci através do mesmo, inclusive. Já tem um tempo que quero me tatuar novamente (acho que isso foi mais uma das coisas viciantes que eu aprendi com ele) e nem acreditei que logo que liguei pro Felipe, ele me disse que eu podia vir hoje mesmo. Cheguei ao estúdio, estacionando por perto e logo que lá toquei, um dos auxiliares dele veio abrir a porta. Cumprimentei-o de maneira formal e adentrei ao local, vendo que ele estava terminando de pintar a tatuagem de uma moça que estava deitada por lá.
Felipe: E aí, Nina! Como tás? - ele me cumprimentou de longe, de forma simpática e antes que eu respondesse, prosseguiu - Senta aí, guria, se acomoda que eu tô só terminando aqui, viu?
Nina: Tá tudo certo, não tem problema - sorri, enquanto me sentava em um dos pequenos estofados que ali tinha e vi o auxiliar dele passar por minha frente também - Mas eu tô bem e você?
Felipe: Tudo certinho - respondeu, mantendo a concentração em seu trabalho - Já sabes o que vai fazer? Se quiser ideia pra alguma coisa, peço o Malvino pra pegar o catálogo. O que achas?
Nina: Eu já tenho uma ideia... Queria tatuar aquela frase que eu te falei pelo telefone, lembras?
Felipe: Ah, pode crer! Já tinha esquecido! - respondeu com certa pressa, quase rindo de si mesmo - Mas e aí, tens visto o Lucas? Tem um tempo que eu não falo com esse guri.
Nina: Ah sim, tenho sim... - respondi, tentando não soar desconfortável ao assunto - Ele estava até por aí, mas veio rapidinho, só pro casamento da minha irmã.
Felipe: Entendi... Pelo visto, ele conseguiu mesmo te viciar em tattoo, né? Lembro que quando tu veio aqui nem queria fazer alguma - falou rindo e eu acabei acompanhando, por conta das lembranças que me chegaram.
Nina: Pois é! Pra ser sincera, eu tô com vontade de tatuar isso há maior tempão, mas fico me enrolando... Aí agora quis aproveitar que tô aqui em Balneário, né? Mas não posso viciar, guri, pelo amor de Deus.
Felipe: Vicia sim, pega nada não - rimos
Ainda que eu já estivesse decidida sobre tatuar apenas uma frase, inicialmente no meu ombro direito, aproveitei que teria de esperá-lo terminar aquele trabalho para poder pegar o catálogo e dar uma olhada. Pelo tempo que tinha desde a última vez que estive aqui, obviamente tinham muitos desenhos novos. Felipe mandava muito bem e eu não tive dúvidas quando me dei certeza que iria deixa-lo me tatuar, mais uma vez. Lucas sempre elogiou o trabalho dele, confiei nele a minha primeira tattoo e não hesitei em voltar. 
Passeando por aquelas novidades, avistei uma página cujos desenhos eram variedades de mãos entrelaçadas - pareciam específicas pra casais. Sem alguma razão clara, eu parei ali e fiquei olhando aqueles, no mínimo, cinco desenhos. Eram diferentes pelo traçado, mas o resultado era sempre esse: mãos unidas, juntas, seladas. Uma ideia abruta veio á minha mente e por Lucas já estar nela desde tão cedo, era inevitável que as coisas não se correlacionassem. Eu estava juntando tudo o que me rondou por hoje: a conversa com a minha mãe sobre dizer que nós éramos suficientes um ao outro, eu adiantar a minha passagem para amanhã por conta do aniversário do Lucas que seria na segunda, a música que eu ouvi surpreendentemente no meio do caminho, eu estar aqui no estúdio que ele me trouxe e me fez realizar a minha primeira tatuagem, Felipe falando sobre ele e para completar, essa imagem que melhor definia o que, sem perceber, era o que eu mais queria para a minha vida e do Lucas: um selo. Tudo aquilo não era coincidência. Era hora de agir, de tomar uma real atitude, de ser a mulher que ele - e até mesmo eu - esperava que eu fosse.
Nina: Felipe! - chamei-o, fechando o catálogo sobre o meu colo - Mudei tudo! Tive uma nova ideia para a minha tattoo - concluí, deixando claro que de fato eu iria fazer o que o meu coração queria, independente do certo ou errado.

Nina: OFF

Lucas: ON

O sábado chegou e eu acordei tão tarde como em dias que eu faço show. Embora esse final de semana eu tivesse conseguido ficar com a agenda livre deles, meu cansaço estava igualmente após o casamento da Babi e do Jayme. Porém, mesmo me sentindo dessa forma, quando olhei que o relógio já quase alcançava o meio dia, decidi deixar toda a preguiça de lado e me levantei apressado. Fiz minhas higienes pessoais e antes de conferir as minhas redes sociais, fui checar o horário do meu vôo. Como os meus pais iriam para o Rio - afinal, tinha pedido para que eles fossem passar o meu aniversário comigo -, eu ainda voltaria para lá hoje mesmo, no entanto, tinha marcado a passagem só pras 16:00. Já tava esperando que o café da manhã tivesse sido retirado do salão de refeições, então, eu decidi mudar a minha roupa pra passar em algum lugar pra comer e aproveitar para dar uma corrida na orla. Estava precisando fazer algum exercício até para espairecer um pouco da minha mente, que estava somente a minutos acordada, mas já trabalhando como nunca.
Ali no próprio quarteirão eu consegui achar algo que fosse mais condizente com a minha alimentação e não contabilizei o tempo que corri em seguida. Como o dia não estava dos mais bonitos, a praia quase vazia me ajudou a fazer meu exercício sem qualquer coisa que me atrapalhasse. Quando voltei ao hotel, a minha cabeça ainda parecia extremamente perturbada com aquela minha última conversa com a Nina - embora treinar sempre seja algo bom para mim, hoje não fez alguma diferença. A minha mente só parecia intercalar a atenção entre duas coisas: Aquela discussão pela insegurança da Nina e a atitude audaciosa que a Lorena teve de ir falar com ela.
Para falar a verdade, essa última questão quase me enfurecia. Eu não sabia como agir mais com a Lorena para que ela entendesse que a culpa do nosso relacionamento não ter dado não era exclusivamente minha - no entanto, agora, eu parecia ter de tomar uma atitude. Não voltaria ao Rio de Janeiro com tudo isso passeando pela minha cabeça e ainda me deixando com medo que ela pudesse importunar ainda mais a Nina. Só quem poderia dar um basta naquela situação era eu mesmo. Quando cheguei em meu quarto, aproveitei o meu celular em mãos para procurar o número que eu tinha dela - precisava fazer isso antes que eu perdesse a coragem ou que tudo se tornasse incontrolável.
Lorena: Alô? - ela logo atendeu, porém com um tom de voz que me dava certeza que ela sabia quem era só que ainda sim preferia se fazer de desentendida.
Lucas: Oi, Lorena... É o Lucas - falei de uma vez, para evitar perder o meu real intuito com aquela ligação.
Lorena: Eu sei... - ela fez por confirmar exatamente o meu pensamento inicial - O que te deu, hein?
Lucas: Eu preciso conversar contigo... Cê tá em Balneário ainda?
Lorena: Estou. Mas você pode falar o que é, ué... - só pela forma com que me respondia, eu sabia que viria uma conversa difícil pela frente.
Lucas: Prefiro que seja pessoalmente. Cê pode vir aqui onde eu tô hospedado?
Lorena: Ah! - aquele falso suspiro soou como quem quisesse me provocar, numa ironia de quem há algum tempo atrás costumava saber o que isso significava.
Lucas: Eu posso ir te buscar também, se for melhor pro cê. A gente precisa mesmo conversar, Lorena - prossegui antes que ela falasse algo, deixando claro as minhas intenções dessa vez.
Lorena: Fica tranquilo, eu vou pra aí... pelo visto é urgente mesmo - ela disse mantendo o tom irônico e já conseguia fazer um certo estresse subir pelo meu corpo - Me fala onde é que tu tá ficando, daqui a pouco eu tô chegando, pode ser?
Lucas: Pode! - concordei, logo prosseguindo em ceder as informações que seriam necessárias pra gente se encontrar. Daí, a ligação não demorou a se encerrar e eu já poderia confessar que comecei a contar os minutos no relógio para ouvi-la chegar.
Essa frase passava longe de qualquer teor romântico - eu queria dar um basta nesse assunto de uma vez. A minha vida precisava ir para frente, eu havia ganhado uma das maiores oportunidades de todas com a Nina e não poderia deixar que a Lorena ou qualquer pessoa de sua família impedisse isso de acontecer.
Eu sabia que por outro lado, trazer a Lorena ao meu hotel poderia me causar muitas complicações - era quase arriscado imaginar uma possível reação da Nina quanto a isso ou pior, quanto á qualquer coisa que Lorena poderia inventar a partir daqui. Mas eu não tinha escolha. O que tinha de ser dito - e encerrado - precisava ser cara a cara, com ela a me ver e entender o que eu quero dizer. E para completar, havia necessidade que fosse em um lugar onde estivéssemos apenas nós, sem ninguém para nos interromper ou atrapalhar.
Ainda que inquieto, pela ansiedade e tentando controlar os meus pensamentos afim de evitar uma irritação na conversa que viria a seguir, eu escolhi o celular como um meio de me distrair. Zapeei todas as redes sociais, até postando algumas coisas no twitter - visto que fazia alguns dias que eu não passava por lá -, mas incrivelmente num prazo de uns quarenta minutos, ouvi alguém bater na minha porta. Eu tinha absoluta certeza que era ela, antes mesmo de chegar até lá.
Lorena: Demorou, né? - foi a primeira coisa que ela teve capacidade de dizer assim que eu abri a porta.
Lucas: Entra, Lorena - afirmei, dando espaço pra ela, como quem ignorasse sua fala, mas ainda sim ela prosseguiu.
Lorena: Cansou de ser o Lucas que tás fingindo ou achando que pode ser, né?
Lucas: Eu sou uma só pessoa - falei fechando a porta e tentando manter o tom de voz paciente - Só que graças a Deus, seres humanos tem a possibilidade de mudar.

Lorena: Vamos ser francos... - ela logo me interrompeu - Em que mundo você acha que eu vivo para acreditar que tu me chamou aqui para, realmente, conversar? - ela simulou aspas com as mãos e eu me sentei na pequena poltrona que tinha pelo quarto, enquanto a via sentar na minha cama.
Lucas: Eu te chamei aqui para isso mesmo! Acho que na nossa última conversa, não ficamos com tudo esclarecidos.
Lorena: Ah! Eu já sei o que você quer, então, nessa sua conversinha... Isso tem a ver com a Nina, não tem? Aposto que ela já te contou que eu fui conversar com ela.
Lucas: Ela até me contou, mas isso não tem nada a ver com ela...
Lorena: ... Não? Ué, que eu saiba isso aqui vai terminar em você dando de cara fofo e defendendo a sua paixãozinha - ela prosseguiu, me interrompendo mais uma vez em seu tom irônico e meu maxilar quase travou, deixando quase impossível que o meu estresse não explodisse de uma vez só com ela.
Lucas: Eu acabei de te falar que isso não tem nada a ver com ela! - falei, elevando o meu tom de voz - Tem a ver comigo e com você, com coisas que já deveriam ter ficado esclarecidas há muito tempo.
Lorena: Tu não entende, Lucas? Você está tentando ser alguém que você não é! - ela falou batendo a sua mão contra o colchão da cama, como quem ignorasse a minha fala.
Lucas: Você que não está entendendo nada! Desde a última vez que conversamos, eu te pedi que seguisse a sua vida e que eu iria fazer o mesmo. Passamos muito tempo sem sair do lugar. Se cê não quer nada mais pra sua vida, hoje eu quero pra minha.
Lorena: Pelo amor de Deus! - ela me olhava com expressões que beiravam a injúria - Tá querendo se mostrar muito bom, muito fiel, o homem dos sonhos de qualquer mulher, mas esquece que está falando isso pra mim. Lucas, eu te conheço melhor do que ninguém. Você vai cansar disso!
Lucas: Não, eu não vou - a interrompi, com a minha voz firme - Primeiro, porque a imagem que cê tem de mim não é quem eu sou. A questão é que quando nós tínhamos algo, eu nunca prometi que cê seria a minha namorada ou algo do tipo. Eu gostava e gosto do cê, Lorena, mas nunca foi algo que me desse vontade de me dedicar, eu estava em outro tempo.
Lorena: Em um ponto, eu tenho certeza que iremos concordar... A Nina é boazinha demais. Eu assumo isso, não tenho problemas em ver as qualidades dela. É linda, é educada, é calma... Mas você se engana nisso. Você se envolve por ela ser completamente diferente de ti. A novidade sempre é legal e eu já passei por isso contigo inúmeras vezes. Você acha que encontrou algo melhor do que eu, mas no final das contas, pra onde você voltou? - ela me encarou com aquele questionamento, sabendo que a resposta era óbvia.

Lucas: Será que cê tá se ouvindo? Olha a posição em que cê está se colocando, Lorena. Pra quê? Por que? - essa foi a minha vez de questioná-la, enquanto me ajeitava na cadeira que estava sentado, porém sem deixar de encará-la também - Como cê colocou as qualidades da Nina, cê também tem as suas. Por que cê sempre aceitou isso? Aceitou que as coisas entre nós fossem desse jeito e chegassem a esse ponto?
Lorena: Porque isso é amor, Lucas - ela respondeu, dessa vez sem me olhar, a encarar o chão em sua frente.
Lucas: Não, Lorena, não é! - afirmei e me arrependi um pouco de ter soado bruto quando vi o brilho em seus olhos, indicando que suas lágrimas já estavam ali - Eu sempre questionei o que nós sentíamos um pelo outro. Amor não é isso que a gente tem, isso se chama comodismo. A gente se acostumou com a presença um do outro, a ter um ao outro quando precisa.
Lorena: Eu não acredito que você tá falando isso, pelo amor de Deus! - ela falou balançando a cabeça negativamente e passando as mãos embaixo dos olhos, secando as lágrimas que poderiam cair.
Lucas: Eu tô, porque a gente precisa disso. Nós dois precisamos desse choque de realidade pra entender que a gente não tem como dar certo, que a gente sempre teve fadado ao fracasso e a culpa não é minha ou sua - ela voltou a me encarar, comprimindo os lábios na tentativa de não deixar novas lágrimas caírem - A Nina, realmente, é uma novidade pra mim e eu quero ser alguém melhor por ela mesmo, mas antes ela ainda me faz olhar pra dentro. Eu tenho olhado todas as situações da minha vida e eu vou voltar em um assunto que a gente já conversou da última vez... Eu quero mais da minha vida do que ficar nesse relacionamento iôiô e escondido.
Lorena: Sempre foi escondido, porque você quis isso! ela se levantou, com a voz completamente alterada, embora embargada -Tem medo de mídia, de fãs, de não sei mais o quê...  - falava, gesticulando com os braços.
Lucas: Essa é a minha vida, Lorena! É a vida que eu tenho e pronto! Eu não posso fazer nada quanto á isso... Cê não pode se encaixar nesse aspecto e sabe disso muito bem, nós sempre demos murro em ponta de faca.
Lorena: A verdade é que você não é forte pra lutar contra isso! Tu quer alguém que seja capaz de aceitar todas essas coisas da sua vida como eu nunca fui. Pelo menos, não ao que se refira á sua carreira...
Lucas: A resposta está no que cê acabou de falar - eu a interrompi - Para eu estar verdadeiramente com alguém, eu preciso que esse alguém entenda quem eu sou, seja o Lucas Lucco ou o Lucas. Não tem nada a ver com aceitar, tem a ver com entender mesmo. E a minha vida é agitada demais... Eu preciso de calmaria, eu preciso de sentimento, não de mais confusão. Pode ser que cê esteja certa e eu o errado quanto a minha história com a Nina, pode ser que uma hora vá passar, mas é o que eu preciso viver. Ela me traz o equilíbrio entre as duas pessoas que eu sou de um jeito há anos eu não sinto. É como se fosse um resgate, cara! Quando se trata de mim e da Nina eu não falo mais dela ser só a mulher que eu quero, é a mulher que eu preciso. E isso é algo que vai muito além da minha escolha...
Lorena: Acabou? - ela disse após alguns segundos de silêncio entre nós, pegando a sua bolsa e com a respiração tão descompassada, que fazia barulho pelo quarto.
Lucas: Não! - respondi me levantando, depois de apoiar as mãos nos braços do estofado - Você, por favor, leva um recado para o seu pai pra que ele pare de falar sobre mim. Cê sabe da nossa história, sabe que eu nunca te escondi nada e sempre jogamos muito limpo. Ele não! Ele não me conhece e não tem esse direito, ainda mais quando fala coisas totalmente erradas.
Lorena: Isso é o que? Uma ameaça? - ela me encarou levantando uma das sobrancelhas, com um tom desafiador como conseguia fazer, quando queria.
Lucas: Cê num diz que me conhece tanto? Sabe, então, que eu não sou capaz de ameaçar nem uma barata que entra na minha casa. Só que eu não sou burro e sei que difamação é algo que dá processo, não é? Acho que ninguém da sua família quer algo desse tipo pra resolver.
Ela revirou os olhos, mas pareceu se dá por vencida quando parou de me encarar e olhou para a porta. Entendi o recado e tratei de me apressar para abrir.
Ela foi embora e digamos que aquilo ainda não tinha resolvido a minha história com a Nina, muito pelo contrário, mas ainda sim, eu me sentia como se tivesse tirado um piano das minhas costas. Eu precisava daquela conversa com a Lorena muito mais do que qualquer outra coisa, até então. Definitivamente, as páginas não finalizadas da minha vida estavam viradas e assim como as de Nina, nada mais nos impediria de escrever uma nova história - se assim, ela também ainda quisesse.


Recadinho: Oi, meninas! Esse sábado demorou, mas enfim, está aí a postagem. Como eu disse no último recado, eu acho que esse capítulo deu um basta de uma vez por todas (será?) em todas as coisa que impediam o Lucas e a Nina. Eu juro que quem gosta de grude, vai ficar muito feliz nos próximos e ainda adianto que está vindo capítulo de aniversário do Lucas. Eu também não gosto de escrevê-los separados e ainda que com todas essas complicações das vidas deles, faço o máximo para que durem o mínimo possível. Enfim, por favor, usem os comentários para me contarem o que estão achando, ok? Me incentiva muito saber sobre isso. E ah, se tiver alguma leitora nova por aí, dá um sinalzinho, viu? Beijo á todas, até terça!
Observação: A tattoo da Nina vai ser mostrada também no próximo capítulo, podem aguentar a curiosidade rs

12 comentários:

  1. Meu Deus do céu, a cada dia que passa eu fico mais encantada com a forma em que você escreve e consegue transmitir todo o sentimento dos personagens através das palavras.

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  2. Mds só to achando que alguém tirou foto

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  3. Meu Deus que capítulo foi esse ? maravilhosooo eu ameei
    Já quero ver qual foi a tatuagem que a Nina fez
    Quando eu acho que a Lorena não pode ser mais insuportável ela vai e me surpreendi
    Como eu amo grude ainda mais sendo de Lunina já vi que vou amaaaar os próximos capítulos Gabi
    Ansiosa pelo próximo capítulo
    Terça feira nunca foi tão esperada por mim
    Bjss Gabi

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  4. Lorena vaca dos infernos, odeio. Tô amando, cada vez mais ansiosa.. #vemterça kkkkkkkkk

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  5. Gabs se tiver o grupo ainda me coloca (11) 984670514

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    1. Olá! O grupo ainda tem, mas eu não tô conseguindo encontrar seu número no whatsapp. Tá tudo certinho? Se sim, tentarei mais uma vez.

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  6. Gabi! Depois de duas lidas pra tentar adiar um pouco da saudade só agora que estou tendo tempo pra comentar. Como você já sabe, sempre estamos nos falando quando o capítulo é postado e tal, então só estou aqui mesmo pra dizer que quero o próximo. E acrescento aqui o quanto essa conversa do Lucas com a Lorena foi essencial pra, finalmente, LUNINA poder existir de fato. E já tô querendo Ananda, Gio, Bruno e Paulinho de volta. E quero que a Nina visite a cidade de Patrocínio, Uberlândia e tal também. Fica com Deus, bj!

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  7. Eitaaaaa, quero nem imaginar o que vai ter no próximo capítulo

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  8. Se a Nina saber dessa conversa deles dois, quero ver como ela vai reagir!! Ansiosa para os próximos capítulos

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  9. Tô querendo mttttt o próximo capítulo. Hoje já é terça, né? Graças a Deus kkkkk

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