segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Chapter 04.

Quarta feira amanheceu e dessa vez eu acabei acordando antes do alarme, dando até graças a Deus por não ser despertada no susto. Olhei para desativá-lo, vendo ser 07:10 e então me levantei sem pressa para já começar a me arrumar. A manhã de hoje seria com o curso e a apresentação de um novo projeto lá na agência, então todas nós estávamos exigidas a estar lá pela manhã para presenciar aquilo. Resolvi tomar o meu banho primeiro, então passei para o banheiro onde fiz tooooodas as minhas higienes pessoais e saí enrolada na toalha, afim de escolher o que vestir. Pus um jeans rasgado boyfriend, de tonalidade mais clara, uma blusa de malha fina preta acompanhada de um maxi colar prata e finalizei com um vans de oncinha. Acrescentei alguns outros poucos acessórios, fiz uma maquiagem bem levinha, arrumei o meu cabelo, perfumei-me e saí do quarto com o celular e a bolsa na mão. Deixei as coisas por cima da bancada e fui preparar o meu café logo em seguida que liguei a televisão pra ter algum barulho ali pela casa. Cortei um mamão para comer com chia enquanto o café estava por fazer no fogo e essa foi minha alimentação matinal, que fiz ao tempo que dava uma olhadinha nas minhas redes sociais. Aproveitei também logo pra mandar mensagem pro seu Oswaldo, que sempre atende muito rápido aos meus pedidos, e depois de colocar a louça na pia, foi só escovar os dentes, retocar o batom, pegar minhas coisas, desligar a televisão e sair. Fui andando pelo condomínio, cumprimentando quem passava por mim e quando cheguei lá na entrada, esperei ainda mais uns dez minutos por ele que chegou em toda aquela animação matinal. Fomos conversando um pouquinho sobre coisas bem corriqueiras e ele me deixou em frente á agência por volta das 08:45. Paguei a corrida, nos despedimos e eu entrei no meu trabalho, cumprimentando quem estava na porta e pegando o celular para mandar uma mensagem pra Ananda. Mas acabou que nem precisei, encontrei um dos fotógrafos de lá com a Lenita no corredor e ele tratou de nos arrastar para a sala onde ia começar o curso/palestra. Meus olhos encontraram a Ananda, porém não tinha mais lugar perto dela e eu acabei sentando ali pela frente mesmo, a espera do que estaria por vir. Atrasou até um pouquinho, mas quando a equipe adentrou o espaço, deu para viajar em todos aqueles conceitos e coisas que nos eram apresentados. No final das contas, nada mais era do que todas as ideias que já estávamos cansadas de saber. Durou por volta de uma hora a apresentação e só pelo corredor, bem próximo a entrada, que fiquei esperando a Ananda e a gente conseguiu se encontrar.
Ananda: Meu Deus -ela disse me dando dois beijinhos no rosto - Acho que se eu tivesse trazido uma almofada, tinha conseguido recuperar meu sono que faltou hoje a noite fácil - acabei rindo.
Nina: Nem me fala! E eu ainda tava lá na frente, tive que ficar bem fazendo a fina, né? - rimos - Mas e aí, como tás?
Ananda: Tô bem, Nina e você?
Nina: Eu também, eu também.
Ananda: Ah, te falar... - ela disse, enquanto ajeitava os cabelos - O Paulinho me mandou mensagem, falou para irmos almoçar com ele hoje. Ele ia te ligar, mas como eu disse que ia te vê, acabei funcionando como pombo correio.
Nina: Beleza então! Que horas vocês marcaram?
Ananda: Uma hora... Lá no Paris 6. 
Nina: Tá certo - nem pude continuar o que ia falar, pois logo o Sérgio passou por ali, parando ao nos encontrar.
Sérgio: Graças a Deus vocês estão juntas, menos duas! - falou apoiando uma mão no ombro de cada uma - Tô precisando muito conversar com vocês. Amanhã vai ter um casting de uma equipe chatíssima de roupas formais e profissionais. Tão querendo modelos bem no estilo de vocês! Vão indo lá pra minha sala que eu vou terminar de procurar as meninas e vou explicar algumas coisas que precisa - assentimos com a cabeça e mais uma vez ele não esperou resposta nenhuma, saindo bem afobado pelo decorrer do corredor.
Nina: Ele nem tá enrolado, né?
Ananda: Que isso - rimos - Mas bora pra lá, porque daqui a pouco ele fica de mau humor e eu não tô nem um pouco afim de ouvir.
Nina: Muito menos eu! De chatice já bastou nesse dia - fomos andando até a sala dele, que ficava no segundo andar e era a maior da agência.
Ele era um dos maiores agentes de modelo ali de dentro - além de, praticamente, dono- o que estabelecia um poder de influência exorbitante dentro do local, sem contar com o peso que seu nome carregava no mundo da Moda. Quando chegamos lá, já tinha algumas meninas exatamente como eu e a Ananda - que já tínhamos um perfil bem parecido e já sabíamos que seria frequente nós duas dividirmos campanha ou concorrer para entrar em alguma. Esperamos mais um bom tempo até o Sérgio entrar com as duas últimas que, de acordo com ele, faltavam. Ele se sentou em sua cadeira, vendo a sala já bem cheia, e começou a falar sobre todas as coisas. A empresa queria modelos para a próxima campanha, mas o Sérgio já deixava claro o quanto eles eram exigente, então passou uma lista de recomendação. Pediu que todas nós comparacessemos amanhã por lá ás 09:00, sem atrasos, para podermos ser vistas pessoalmente pela equipe que viria de lá e quem sabe até todas nós fotografaríamos para eles melhor escolher, através dos resultados, quem de fato estrelaria a campanha. Ou seja: Amanhã o dia seria intenso e iria requerer muita paciência! Perdemos bastante tempo ali dentro naquela conversa, imersa em todas as instruções sobre amanhã, e eu e a Ananda só fomos nos vê saindo da agência por volta das 12:15.
Nina: E então? O que vamos fazer?
Ananda: Acho melhor a gente ir direto lá pro restaurante... No caminho vamos ligando pro Paulinho e falando pra ele ir logo pra lá. Pela hora que a gente tá saindo, né?
Nina: É, nem compensa ir em casa!
Ananda: Vai comigo, né? - assenti com a cabeça e já estávamos bem próximos ao carro dela, ao qual ela já destravava as portas - Então, liga aí pra ele, Nina.
Nina: Vou ligar - falei entrando no carro junto com ela e depois de colocar o meu cinto, puxei o meu celular dentro da bolsa - Olha a linda que me mandou mensagem - falei mostrando as notificações, onde tinha uma mensagem corriqueira da Mari.
Ananda: Ai, minha sogra maravilhosa.
Nina: Tá muito pouco apaixonada mesmo - falei rindo, enquanto já colocava pra ligar pro Paulinho. Não demorou muito para que ele atendesse, graças a Deus - Oi, Paulinho!
Paulinho: Fala, Nina! Como tá? 
Nina: Tudo tranquilo e contigo?
Paulinho: Também! E aí? Ananda falou com você sobre irmos almoçar?
Nina: Aham e é exatamente por isso que eu tô te ligando. Eu e a Ananda ficamos mega enrolada lá na agência e saímos só agora, ou seja, não vai dá pra passar em casa, então tamo indo direto pro restaurante. Aí pra te avisar que vamos chegar mais cedo, se der pra tu dá uma adiantada aí.
Paulinho: Ah beleza! Eu tô terminando de me arrumar, mas eu consigo chegar lá mais cedo sim. Tranquilão, pô.
Nina: Então é isso, só pra gente não ficar te esperando muito tempo - falei rindo.
Paulinho: Relaxem que não vô demorar não! E podem me esperar contentes que eu tô com uma boa pra vocês também.
Nina: Ih, acho que lá vem, hein?
Paulinho: Qual foi, Nina, confia em mim não? - ri - Só pela risada é melhor não responder não, daqui a pouco é nóis.
Nina: Beleza, Paulinho, até! - desliguei, ainda rindo - Isso é uma figura! - disse colocando o celular no porta luvas - Ele falou que tem uma boa pra gente.
Ananda: E o que isso significa? 
Nina: Só Deus sabe - rimos 
Ananda: Ele é demais mesmo, vamos vê o que vai aprontar - falou ligando o rádio lá também, visto que estava esperando eu terminar a chamada pra poder quebrar aquele silêncio - Ah ô, você não vai responder a Mari não?
Nina: Ah é verdade! - estiquei meu braço pra pegar o celular - Que linda não me deixando esquecer da sogra - ela riu com o meu intuito de zoá-la e eu respondi a mensagem que só queria saber como eu estava e tudo mais.
Ananda: Tô louca pra tirar um tempinho pra ir lá na Califórnia.
Nina: Comigo aqui, agora a gente vai marcar mesmo. Quando eu for, vou te arrastar, vai ter que arrumar um tempo.
Ananda: Se o Filipe te ouvisse falando assim que ia adorar - falou rindo, focada na estrada - Mas eles sempre falam que eu tenho que ir conhecer lá.
Nina: Tem mesmo! A Califórnia é um paraíso, de verdade. E se ficar uma semana com a família do Filipe, vai voltar pra cá achando que é a pessoa mais normal do mundo - rimos
Ananda: Eles são muito engraçados, né?
Nina: Demais! Um astral desconhecido, sério.
Acabamos que fomos nesse assunto o caminho inteiro, pegando um leve congestionamento já próximo ao restaurante, mas nada que nos impedisse de chegar ainda mais cedo do que o Paulinho. Depois que ela estacionou, fomos até o estabelecimento, onde nos indicaram uma mesa para acomodarmos e por toda fome, acabamos não resistir enquanto esperávamos o Paulinho e pedimos uma entrada. Continuamos nossos assuntos, que realmente pareciam não se acabar, até que quando foi por volta das 12:50, vimos o Paulinho chegar, já rindo, ao olhar que já tinham coisas em nossa mesa.
Paulinho: Vocês são fodas, hein - falou rindo, nos cumprimentando com beijo no rosto.
Ananda: Não resistimos ao Neymar Jr. - disse causando risos em nós, em função do nome do prato.
Paulinho: Pô, esse é mó da hora... É aquele com tipo pãozinho francês, né? - disse enquanto se sentava na cadeira vaga.
Nina: É, gostosão mesmo! Mas tu nem precisa se lamentar, a gente já pode escolher o prato principal.
Paulinho: Ó a barriguinha aí, hein! 
Ananda: Modelo é saco sem fundo, pode crê Paulinho - rimos, mas já pegando os cardápios para escolhermos o que iríamos pedir. Acabamos ficando um pouquinho em silêncio para poder optar, trocando apenas ideias sobre alguns pratos, e no final das contas eu acabei escolhendo o prato Tata Werneck - que era uma salada composta de camarões grelhados, rúculas, folhas verdes e pequenos cubos de abacaxi. Com todo mundo de prato decidido, chamamos quem pudesse anotar aquilo ali e ficamos na espera em meio a um papo.
Paulinho: Falei pra Nina que iria trazer uma ótima pra vocês e não menti... 
Ananda: Ih, ela falou! É dessa aí que eu tô querendo saber.
Paulinho: Amanhã tem Jorge e Mateus lá no Barra Music, tô com tudo em mão já, só as senhoritas irem.
Nina: Sair? Bah... eu acho que nem sei mais o que é isso.
Ananda: Então está aqui no Rio uma boa oportunidade de lembrar como é a vida noturna, dona Nina.
Paulinho: Ah, isso é verdade! Vamos, pô?
Nina: Gente, minhas roupas tão quase aposentadas - acho que acabei falando de um jeito mais cômico do que esperava, pelas risada deles - Sem contar que eu nunca fui muito de vida noturna, né?
Ananda: Mas agora você tem que se divertir! Eu nem ia me animar tanto em ir se você não tivesse falado isso.
Nina: Fui boca grande, então?
Paulinho: Digamos que deu um tiro no próprio pé - rimos - Brincadeira, Nina. Você sabe que tem que se divertir um pouquinho... E os caras são muito gente boa. Sabe que eu não curto tanto sertanejo assim e tô indo, né?
Nina: Tá bom, mas você vai lá pra casa pra gente se arrumar juntas? Acho que vou precisar de uma ajuda - falei olhando pra Ananda.
Ananda: Claro que vou! Vai ser ótimo que você já vai vê desde antes como é que vai ser divertido - acabei rindo
Paulinho: Isso aí, mas vô deixar que cês resolvam isso depois, porque é o programa de mulher - falou divertido - Ah, e vou até mandar uma mensagem pro Filipinho sacaneando ele.
Nina: Vai dizer que tu tá levando a namorada dele pro mal caminho.
Paulinho: Tinha que ter gravado a animação dela pra ele vê que não é culpa minha - rimos
Ananda: Vem querer causar intriga pra ter o Filipe só pra você não, viu? - disse brincando com ele.
Nina: Essa disputa entre vocês é acirradíssima - rimos.
Paulinho: Ela sabe que eu só perco pra ela na beleza, o resto a gente tá juntinho, vivo na briga - gargalhamos
O clima de descontração se estendeu por todo o almoço, onde além disso compartilhamos coisas sobre a nossa manhã e dividimos expectativas sobre o tal show de amanhã. Realmente, tinha um bom tempo que eu não saía a noite! Nunca fui fã disso, dessa badalação na vida da noturna, mas depois da morte do Rafael, isso caiu para zero na minha rotina. Não estava saindo mesmo! Embora ainda sim não tivesse tão animada para isso, sabia que nenhum dos dois me deixaria em paz para escolher não ir, então, resolvi aceitar logo de uma vez. Precisava mesmo conhecer como eram as coisas por aqui e não tinha jeito de estar em um novo lugar, em uma nova vida, ainda presa á costumes passados. Depois de pagarmos nossos consumos, nos despedimos do Paulinho confirmando que estava tudo certo para amanhã, e a Ananda ainda fez a gentileza de me deixar lá na entrada do condomínio. Me despedi, agradecida, e a gente se deixou um até amanhã, visto que estaríamos juntas já bem cedo. Fiz aquele caminho todo com uma leveza no coração desconhecida. Sentia-me preenchida, por alguma maneira. Fui até a porta da minha casa com uma vontade imensa de sorrir, pareciam que enfim muitas coisas estavam se acertando e dentro de mim meus próprios sentimentos me confirmavam isso. Eu tinha convicção que não estava só e meus passos estavam sendo abençoados. De algum modo, por algum lugar. Ou simplesmente, pela presença de alguém especial. Um alguém que sempre quis me vê feliz sob qualquer coisa. Entrei em minha casa deixando meus sapatos bem na entrada e colocando minha bolsa sobre o sofá, de onde passei para a cozinha afim de pegar um copo d'água. Fazia tempo que não me sentia assim, quase uma sensação nova. E o mais estranho é que parecia sem motivo. Mas no fundo, tudo tinha uma razão, não é? Eu confiava naquilo. Com certeza, estava me preenchendo de esperança por novos dias. Guiada por isso e para isso. Amarrei meu cabelo num coque frouxo só para aproveitar e dá uma lavada naquela louça que já estava amontoando sobre a pia e quando terminei, peguei meu celular na sala e fui até o meu quarto. Deitei um pouquinho na minha cama, antes de tomar coragem para ir tomar um banho. Fiquei checando todas as coisas que tinham nas minhas redes sociais, respondi algumas mensagens e decidi procurar uma foto com o Rafael para postar. Gostava de fazer isso e minha energia me surpreendeu ainda mais ao realizar esse ato sentindo a saudade costumeira, mas em momento algum tristeza. Conseguia achar até estranho essa felicidade repentina e sem motivo, porém não quis pensar nisso. Só agradecer. Escolhi uma foto que eu amava e que tinha muito a ver com meus pensamentos recentes, e então a enviei pra rede.
@ninabarsanti Lado a lado, sempre juntos. Te sinto! @rafaeldaher
adrianodesouza Saudade do meu irmão!
paulafcruz Essa foto é linda demais!
marybs Que linda lembrança. Ele deve sempre sentir o teu amor!
fcpatriciaeicke Não há nada mais sincero que o seu amor.
luizadossantos Um dia vocês estarão juntos de novo!
biarosa_ Que dor sinto quando leio suas mensagens, quando vejo suas fotos =(
rosangeladaher Amor maior que tudo.
karololiveira Conheço a sua dor... O que precisar, estamos aí.
lumattos O amor é vibração, é sintonia. Sinta-o sempre, pois o Rafa está com você.
thaisrodrigues_ É maravilhoso o quanto você passa nos passa o teu sentir, Nina. Muita admiração por vc!
Li os comentários, como sempre, até que percebi que tinha que deixar essa preguiça pra lá e ir, pelo menos, tomar um banho. Aproveitei pra colocar meu celular pra carregar, passei pelo meu armário só pra deixar ali por cima uma roupa mais despojada, de ficar em casa, afim de eu vestir quando saísse do banheiro e fui tomar meu banho. Não demorei muito ali dentro do box e saí enrolada na toalha, com o cabelo preso lá nas alturas, de volta ao meu quarto, vendo meu celular vibrar. Mas ainda sim, não tive tempo suficiente de atendê-lo, o que me fez ter de desbloquear para saber de quem era a chamada perdida. Me surpreendi ao vê o nome do meu pai no visor, então amarrei um pouco mais forte minha toalha e retornei a ligação pra ele daquele jeito mesmo, que não demorou muito pra atender.
Fábio: Alô?
Nina: Oi pai! Tu me ligou?
Fábio: Liguei sim, filha. Pensei que estavas trabalhando, então, nem insisti.
Nina: Não, já estou em casa! É que tava no banho... Mas então, tá tudo bem aí?
Fábio: Tá sim e contigo?
Nina: Também tô, graças a Deus.
Fábio: Que bom! Liguei para saber de ti mesmo, Nina. Como anda essa vida no Rio de Janeiro?
Nina: Ah - suspirei - Tudo se encaminhando. Aquele receio do começo também passou... Tô bem mais tranquila, me adaptando bem á isso aqui.
Fábio: É tão lindo que nem tem como não, né? 
Nina: Pois é! Com relação a beleza, nem deu para sentir diferença nessa mudança - o ouvi rir - Tá precisando vir me fazer uma visita, hein?
Fábio: A gente marca, filha. Mas sabe como é o trabalho, né? Acho mais fácil tu vir aqui. Inclusive, o pai tá com saudade!
Nina: Eu também, eu também! Mas vou aparecer por aí em breve, deixa só eu me organizar melhor aqui também. 
Fábio: Tás certa! Tem que primeiro vê tudo direitinho e suas responsabilidades - ele pausou - Ontem fui jantar com a Babi, ela também me deu uma prévia de como estava sua vida por aí.
Nina: Eu vi uma foto que ela postou de vocês, até mandei mensagem, mas ela só viu depois - ouvi uma risadinha dele ao fundo.
Fábio: Então tá bom, Nina, só liguei para saber como tu estava mesmo. Agora vou aproveitar que tô um dia de folga e ir dá uma corridinha, lembrar que ainda preciso ficar em forma - rimos.
Nina: Ih, que chique, hein? - ri - Mas aproveita que é bom!
Fábio: Vou sim, qualquer coisa tu me manda mensagem, tudo bem?
Nina: Pode deixar. Gostei que ligou, viu? Beijão.
Fábio: Também gostei de falar contigo. Fica com Deus, filha, beijo grande - ouvi a chamada se desligar e coloquei meu celular logo ali por cima da cama.
Independente do fato da minha relação com o meu pai nunca ter sido aquela exemplar, eu adorava quando ele me ligava. Tudo bem que ele era aquele cara que sempre dizia que estava com saudade e nunca movia um galho para me vê, mas eu aprendi a conviver com isso. Tê-lo por perto, seja lá de qual maneira fosse, me fazia bem e eu não planejava cortar profundamente esse laço, como cheguei a cogitar no ápice da minha adolescência. Ás vezes, amadurecer faz um bem enorme e eu só ia constatando isso, com a passagem do tempo. 
Enfim! Pensando nessa conversa, ele havia me dado uma ótima ideia: Correr. Fazia um bom tempo que eu não vestia uma roupinha de treinar e ainda não tinha feito isso aqui pelo Rio de Janeiro. Por quê não hoje? Estava bem a vontade, de bobeira mesmo. Peguei meu celular, então, apenas para colocar uma playlist para eu ouvir, me animar mais um pouquinho e fui revirar meu armário para escolher o que vestir. Optei por uma bermuda típica a isso, rosa com alguns detalhes em preto e uma regatinha preta. Troquei de roupa pelo quarto mesmo, depois prendendo o meu cabelo em um rabo de cavalo, pondo um brinco, passei protetor no rosto e decidi colocar um óculos de Sol também, pelo menos. Achei o meu tênis, o pondo sentada na cama junto á meia, e depois utilizei o celular só pra esvaziar as notificações. Saí de casa levando comigo apenas o celular e as chaves mesmo e fui pelo condomínio tentando energizar aquela vontade que estava, para não perder o ânimo. Quando saí dali, já fiz um "pré", na caminhada até o Posto 08, onde usaria aquele calçadão para fazer minha corrida. Marquei em um aplicativo que tinha quanto tempo gostaria de fazer meu exercício e ali concluí: Uma hora completa correndo. O visual da praia, a quantidade de gente pelas areias e a outra parte dividindo calçadão comigo, ainda que a maioria em sentidos opostos, dava uma felicidade a mais, um gostinho em fazer aquilo. Realmente, me deu uma renovada necessária! Parei ainda em um quiosque, tomando uma água de coco, e só após segui ao condomínio, bem mais tranquila e em paz comigo mesmo. Assim que cheguei lá na porta, confesso que me assustei um pouco: Tinha uma menina sentada bem próxima a entrada, no meio fio, com o rosto bem inchado e uma outra, que parecia um pouco mais velha - porém não ao ponto de ser mãe - de pé, conversando com ela. Não gostava de me intrometer na vida de ninguém, mas aquela cena, principalmente para mim que já havia enxergado bem de longe, me pareceu preocupante e então, eu decidi me aproximar.
Nina: É... Boa tarde! - disse trazendo a atenção de ambas para mim - Desculpa chegar assim, mas... Vocês estão precisando de alguma coisa? Ela está passando mal? - fiz referência a moça que estava sentada.
XXXXXX: Não! É que tá bem quente e a gente também já está aqui há um bom tempo, ela está um pouco cansada - falou a que estava de pé.
XXXXXX: Moça? Você mora aí? - disse a que estava sentada, se levantando nesse momento.
Nina: Moro sim, por quê? O que vocês querem, afinal?
Larissa: Eu me chamo Larissa, prazer - disse tentando se recompôr - E essa é minha prima, Beatriz - a outra a observava um pouco incrédula, talvez por ela estar se apresentando a uma pessoa totalmente desconhecida, que nesse caso era eu.
Nina: Oi, prazer, meninas! Me chamo Nina - fiz o mesmo, tentando evitar a desconfiança daquela que parecia mais velha.
Larissa: Eu vou falar com você, porque eu já estou desesperada, é sério. Eu sou do Rio mesmo, sabe? Mas da Região dos Lagos. Só que a minha prima - disse fazendo referência á outra menina, a Beatriz - Tá estudando aqui pra mais perto, na Praia Vermelha. Então, depois de muito tempo, eu consegui convencer os meus pais de me deixar vir até a casa dela pra poder tentar conhecer o cara que eu sou fã. Eu tentei ir ao Projac ontem, mas aquele lugar tem mil portas, já não tinha conseguido achá-lo. Hoje, com ajuda de várias amigas minhas do fã clube, eu consegui descobrir que ele mora aqui. Você conhece o Lucas Lucco?
Beatriz: Conhecer ela conhece, né Lari? De nome assim... Fica calma e vamos explicar as coisas direito - ela falava em tom bem mais calmo - A gente tá aqui desde a hora do almoço, mais ou menos, até um pouquinho antes, vendo se a gente consegue vê-lo sair, pelo menos. Pedimos ajuda ao moço que trabalha ali, acho que ele é porteiro, mas ele não pode dá muita informação, né? Foi até bondoso, ficou com pena da gente e disse que ele não estava, fez até demais. Só que isso também deu uma esperança a ela de que pudêssemos vê-lo entrar em casa e chamá-lo, sei lá. Só que nada, menina! Nada mesmo. Nem rastro.
Nina: Bom, calma - falei respirando fundo - Olha eu conheço o Lucas e vocês podem agradecer muito, porque ele é uma das poucas pessoas que eu conheço aqui. Só que eu também não sei muito o que fazer, porque eu também não tenho muita ideia de onde ele pode estar, se ele já tá em casa... Pra falar a verdade, nem a casa dele eu sei onde é! - disse colocando o óculos para cima da minha cabeça, prendendo meus cabelos um pouco para trás - Só que eu tenho o número dele - vi na hora a menina abrir um sorriso que eu juro, até me surpreendi que uma única frase pudesse causar isso ema alguém - Eu vou tentar falar com ele! Mas é tentar mesmo gente, eu não tenho garantia de nada.
Larissa: Ai meu Deus do Céu! Foi de lá que você caiu! De lá, do Céu! - ela disse toda afobada e eu conseguia vê os olhos delas marejarem.
Beatriz: Calma, Lari! - falou até rindo um pouco - Só essa tentativa já vai adiantar a gente bastante, de coração.
Nina: É, calma aí, sem choro ainda - falei pegando o meu celular - Deixa eu vê aqui... Vou mandar uma mensagem primeiro, vê se ele me responde rápido - disse com os olhos focados na tela - Ele vai achar até estranho, eu chamando assim do nada, coitado, vai pensar que é favor de vizinha recém chegada - as ouvi rirem e acabei as acompanhando, enquanto abria uma conversa com o Lucas no whatsapp.
"Lucas?
É a Nina, acho que sabes  rs"
Mandei e sem uma demora sequer, vi o status para abaixo do nome dele se alterar para online, sequencialmente para escrevendo... e nem alarmei as meninas, esperando para dá um parecer logo final, dependendo da resposta dele.
"Oi Nina
Sei sim rs
Como vc tá?

Tô bem e você?
Mas então...
Eu também te chamei porque quero
te falar uma coisa.
Tô bem tb, graças a Deus.
Que foi?
Aconteceu alguma coisa?

Não... Na verdade, quero perguntar.
Onde tás? Em casa?
Não, tô não.
Tô saindo do Projac agora.
Chegando no carro pra
ser exato rs
Pq?

Porque eu tô precisando que você
conheça umas pessoas.
Acho que você não vai entender nada rs
Mas não precisa ficar nervoso!
Vou te esperar na entrada do condomínio.
Tu para ali?
Uai, já to nervoso viu?
Mas não é nada com vc né?

Lucas, tá tudo bem! rs
Vem tranquilo... Demora muito?
Depende do trânsito.
Entre uns 20 a 40 min tô aí
Tá bom então! 
Tô esperando! Bjs
Bjao"
Bloqueei a tela do celular e olhei para elas, que me encaravam aflitas a ponto de dá vontade de rir, por mais maldoso que isso pareça. Cada expressão delas denunciava a ansiedade de saber o que tinha ficado resolvido, se eu tinha conseguido... Qualquer mínima coisa parecia ser enorme para elas.
Nina: Ó, eu consegui falar com ele, mas ele não tá em casa. Ele falou que tá saindo do Projac e que demora até uns quarenta minutos pra chegar aqui... O quê vocês vão fazer?
Larissa: Meu Deus, o que é quarenta minutos para horas? A gente fica! Fica, né, Bia? - falou olhando para a outra, que passou o braço pelos ombros dela.
Beatriz: Se minha madrinha sonhar o que a gente tá passando, acho que você nunca mais sai de Cabo Frio - disse fazendo rir todas nós.
Nina: Sua madrinha é a mãe dela? 
Beatriz: É! Ela só sabe que a gente ia atrás do Lucas, mas também não imagina que estamos penando tanto - ri
Nina: Ai Jesus! Adolescência é a fase das loucuras - falei divertida - Mas vamos arrumar um assunto, porque eu vou ficar aqui com vocês... Pelo menos, se sua madrinha souber, vocês dizem que não ficaram sozinhas no final da tarde. Pode ter sido acompanhada de uma estranha, mas sozinhas não foi - elas gargalharam e me viram sentar no meio fio.
Larissa: É sério que você vai ficar?
Nina: Eu já falei com ele, agora eu quero vê vocês se conhecendo... Tão querendo me tirar da melhor parte? - ela abriu um sorriso e tratou logo de sentar do meu lado.
Larissa: É sério, você é um anjo! Não é possível! - disse numa euforia sem fim - Eu posso te dá um abraço?
Nina: Pode, mas eu tô só um pouquinho suada - falei e ela nem me deu resposta nenhuma, a não ser pelo gesto. Me abraçou forte, com gratidão transbordando pelos braços e aquilo era nítido. Quando se afastou de mim, percebi que seus olhos estavam voltando a ser emocionar - Eu sou sensível, guria, por favor, não chora! - falei a fazendo rir.
Beatriz: Guarda essa parte pro Lucas, eu acho que ele deve estar mais acostumado com essas reações, Lari - falou divertida.
Nina: Ah, com certeza! - pausei a olhando de pé - Senta aí... Bia, né? - ela assentiu com a cabeça - Ficar mais quarenta minutos de pé é coisa a beça!
Beatriz: Ai, nem me fala - disse se sentando junto a nós, com as mãos apoiadas no joelho.
Nina: É... Deixa eu perguntar... Quantos anos vocês tem?
Beatriz: Eu tô com 19... E essa mocinha vai fazer 17.
Larissa: Daqui a quinze dias, viu? Tô ganhando presente adiantado, pelo visto.
NIna: Ih que bom! - falei sorrindo - Mas olha, tem que ficar esperta, viu? Depois tem dezoito e a responsabilidade pesa a beça.
Beatriz: Já falei pra ela que maioridade não são os sonhos de Beverly Hills - falou divertida.
Nina: Nossa, quem dera que fosse, né? - falei ajeitando minhas pernas, que estavam dobradas - Pra mim, a única coisa boa foi que... ah, eu tenho uma irmã mais velha, e então, com dezoito anos eu podia sair com ela. Sempre fui frouxinha, então, nunca tive coragem de fazer identidade falsa, aí, tive que esperar os dezoito pra frequentar alguns lugares que ela ia - elas riram.
Larissa: Você tem cara de ser muito comportada mesmo, não dá pra imaginar você fazendo merda.
Nina: Ah, a gente sempre faz uma ou outra, né? Mas pra mim sempre foi mais difícil, sempre tive medo. Até de colar na escola, gente!
Beatriz: Ah, mentira? - falou rindo.
Larissa: Medo eu tenho é de ficar reprovada, isso sim - disse nos fazendo gargalhar
Nina: Agora assim, quando eu olho, eu acho que podia ter sido mais corajosa... só um pouquinho, sabe? Mas também, eu presto atenção nas burradas da minha irmã, que era toda toda, aí fico mais tranquila. Não passei nem por metade dos perrengues - rimos.
Beatriz: Mas você parece ser novinha também! Desculpa perguntar, mas tem quantos anos?
Nina: Nada, que isso! Tô com 24.
Larissa: A idade do Lucas - ela abriu um sorriso, se derretendo toda.
Nina: Gente, que fãzoca! - acabamos por rir.
Fiquei conversando com elas um pouco, acabamos por contar algumas coisas superficiais assim sobre nós mesmas, além de no final, eu me interessar pela Larissa contar um pouco da vida dela de fã. Paramos o assunto quase que instantâneo quando o meu celular vibrou e elas perceberam, visto que dessa vez não foi por uma mensagem, mas sim ele estava tocando, com uma chamada. Peguei para atender, mas não foi tempo suficiente, visto que logo a ligação se encerrou.
Larissa: Ai meu Deus, será que ele tá aqui? - disse com a voz um pouco trêmula.
Nina: Eu não sei - falei me levantando e batendo na minha bunda, afim de tirar a poeira da minha bermuda - Acho que foi ele quem interrompeu a chamada... Ei, pera, eu acho que ele chegou - disse vendo o carro do outro lado da entrada do condomínio, meio estacionado e elas logo se levantaram para vê, no momento exato em que ele saía do carro.
Beatriz: Ele deve ter te visto aqui.
Nina: Tá com a vista boa mesmo - falei assistindo logo em seguida a Larissa já começar a deixar cair lágrimas pelo rosto. Não inibi e nem a prima, dessa vez. Não entendia nada sobre o universo de fã, mas pelo pouco que ela contou, era amor. Tinha brilho nos olhos, tinha sorriso de canto ao falar no nome, tinha expressões que falavam por si só... E bom, se tem uma das poucas coisas que posso falar que entendo nessa vida, essa coisa é sobre amor. O Lucas foi logo se aproximando de nós, levantando os óculos de Sol e guardando as chaves no bolso da bermuda, com uma cara um tanto quanto confusa - Oi - falei sorrindo, o vendo logo vir me cumprimentar com um abraço e um beijo no rosto.
Lucas: Oi! Que que tá acontecendo? - falou com os olhos fixados na Larissa, que chorava.
Larissa: Lucas, eu te amo! Eu te amo! - disse tentando limpar o rosto, numa atitude vã - Posso te dá um abraço?
Lucas: Claro - ele sorriu, abrindo os braços, e se aproximando ainda mais dela, que não perdeu a chance de agarrá-lo com a vontade que tinha, sob os olhos inegavelmente felizes da prima - Cê é minha fã, é?
Larissa: Demais! Até mais do que você merece - meio que deu um tapinha no máximo que alcançou dos ombros dele, nos fazendo gargalhar, assim que se afastou minimamente.
Nina: Tá tomando esporro ainda - falei ainda rindo
Lucas: Pro cê vê! - disse rindo, mas ainda com a menina próxima ao seu corpo e um dos braços sobre os ombros dela - E cê, hein? Tudo bom? - falou virado para a prima dela.
Beatriz: Tudo sim! Eu sou prima dessa maluca aí - disse rindo.
Lucas: Ah sim! Agora vamo lá, qual nome do cês?
Larissa: Eu sou a Lari.
Beatriz: E eu me chamo Beatriz, prazer - disse, enfim, o cumprimentando com beijos no rosto.
Lucas: Agora a pergunta que não quer calar... De onde cês se conhecem? - disse me olhando também.
Beatriz: Bom... Acho que faz no máximo uma hora - falou encarando o relógio no pulso, nos fazendo rir.
Nina: Eu cheguei aqui e elas estavam no portão, a Larissa com a maior cara de choro do mundo e sentada no chão. Pensei que tivessem passando mal, sei lá... Quando parei, era só por sua causa mesmo - ele riu.
Lucas: Ai meu Deus! Cês tem que tomar cuidado, viu? Tão aí desde muito cedo?
Larissa: Um pouquinho antes do almoço. Praticamente, o dia inteiro...
Lucas: Pô, logo hoje que eu fui pro Projac cedão... Que bom que cês encontraram a Nina!
Beatriz: Nem me fala! Não sei se conseguiria convencê-la de ir embora tão cedo - falou em referência a prima.
Nina: E elas nem são daqui, são da... Região dos Lagos, né?
Lucas: Sério? Gente, cês são louquinhas mesmo. Ai graças a Deus deu tudo certo e a gente tá aqui - falou puxando a menina para mais um abraço que parecia se derreter dentro daquele gesto - Brigado viu?
Larissa: Eu que agradeço. Todos os dias!
Lucas: Agora vai, vamo tirar foto também?
Larissa: Vamos, vamos! - falou se distanciando dele um pouco - Pega o meu celular aí na sua bolsa, Bia - ela pausou, olhando a prima por alguns instantes - E ah Lucas, eu preciso que você grave um vídeo pra uma amiga minha... Faz, por favor?
Lucas: Claro, pô - falou todo animado e a Bia entregou o celular á prima. Sob as minhas vistas, fiquei observando o Lucas gravar o vídeo que ela queria, eles bateram algumas selfies, a prima tirou deles dois e em uma hora, ainda bateu uma foto com o Lucas também. Merecia aquela recordação!
Larissa: Agora Nina... Eu quero uma foto com você também - disse se virando a mim, me surpreendendo um pouco, pra não dizer muito.
Nina: Comigo?
Lucas: Eu acho é certo, viu? Tem que guardar também!
Nina: Gente, mas olha meu estado... Tinha ido correr e não consegui entrar nem em casa ainda.
Larissa: Olha pra mim! Olha essa minha cara toda inchada! Pode ter certeza que você já vai sair melhor que eu - acabei não contendo o riso e todo mundo acompanhou.
Nina: Tá bom, deixa eu pelo menos colocar o óculos aqui pra dá uma disfarçada - disse fazendo isso, ajeitando o meu cabelo e logo me coloquei atrás dela para que batêssemos uma foto juntas, algo que acabou se tornando três. 
Beatriz: Bom... Eu acho que depois desse dia mais louco, está na hora da gente ir, né Lari?
Larissa: Ai Senhor! Infelizmente! - falou simulando uma tristeza no rosto, mas concordou com a prima e começou a se despedir. Enquanto ela chorava um pouco mais com o Lucas, Beatriz veio até a mim com agradecimentos sem medidas. Em seguida, Larissa me abraçou, extremamente forte, mais uma vez, me colocando quase em um pedestal angelical. Era incrível pensar que eu não tinha dimensão do que aquilo poderia ter sido para ela, mas me sentia extremamente feliz em ter ajudado. Disse a elas também meu instagram, respondendo suas perguntas e ficamos observando um pouco as meninas irem embora até que o Lucas foi quem me chamou a atenção de volta.
Lucas: Ei! Bora entrar?
Nina: Bora! - falei com um sorriso no rosto
Lucas: Vamo que eu te deixo ali... Acho que hoje cê fez bastante coisa por mim, por muita gente.
Nina: Tava pensando até nisso, nem consigo imaginar que tenha sido algo tão bom assim. Mas se foi, está ótimo!
Lucas: Para elas isso é muito importante. E no final das contas, pra mim também! É uma gratidão louca por tudo que fazem.
Nina: Tem que ter mesmo, porque se todas forem igual a essa, pode acreditar que elas te amam de verdade.
Lucas: E eu também... É louco dizer isso, mas eu também amo - disse destravando as portas do carro e a gente entrou lá - Deixa eu te perguntar, cê tinha ido correr, é?
Nina: Pois é! Acabei tendo ideia de ir lá na praia, mas isso se estendeu beeem mais - vi ele rir um pouco e dá uma risadinha com o nariz.
Lucas: E eu ainda tô indo treinar... Fiquei o dia inteirinho lá no Projac hoje.
Nina: Que vida de trabalhador, hein? Muito pique, né?
Lucas: Tem que ter. Mas essa é a hora que eu alivio também - disse tirando uma das mãos do volante para ajeitar o cabelo - Ó, sabe onde eu tô indo? - falou me olhando um pouco e eu balancei a cabeça negativamente - Fazer crossfit, na cfp9. Quer ir lá conhecer o boxer não? Aproveitar aí que cê já tá na roupa, no pique.
Nina: Ei! Eu disse que tu tá no pique! - falei rindo - Não sei, eu acho que não vou aguentar uma aula de crossfit.
Lucas: Ah, bora! Se cê num aguentar o experimental, cê só vê o treino, só conhece. Pode ser que o Brunão esteja lá também, ele costuma ir mais a tardinha, a noite.
Nina: Ai... Então tá! - concordei, já me dando por vencida - Tô vendo que quando eu bater na minha cama hoje, vou é apagar.
Lucas: Então eu nem vou te deixar passar em casa... Bom que cê descobre agora onde eu moro também, né?
Nina: Ih, tava até falando isso com as meninas, que se tu tivesse aqui, não ia adiantar muita coisa, porque eu não sabia nada de onde você morava - ele riu.
Acabou que ficamos um tempinho sem trocar palavras e aquele caminho, ainda que por dentro do condomínio, deu pra perceber que nossas casas não era tão perto assim, porém nada demais. Ele estacionou em frente a sua casa, tirou a chave do carro e se desfazendo do cinto, virou seu rosto para mim.
Lucas: Vai ficar aí, é?
Nina: Se tu...
Lucas: Não, Nina, eu tô brincando - disse rindo
Nina: Eu ia falar que se você não demorar, eu até fico. 
Lucas: Eu disse que tava brincando... Bora lá, não tem necessidade nenhuma do cê ficar aqui, embora eu também não vá demorar. Bora! - falou me vendo tirar o cinto e nós saímos do carro quase que juntos, onde eu esperei que ele fosse em minha frente para poder abrir a porta - Não tá lá grandes coisas na arrumação, mas pelo menos a vontade cê pode ficar - disse rindo, me dando passagem para que entrasse e logo em seguida fechando a porta.
Nina: Que isso, Lucas, obrigada - falei já dentro da sala, que era um ambiente bem clarinho, com uma decoração leve, porém bem a cara dele.
Lucas: Vou subir pra tomar um banho, juro que não vô demorar nada... Cê vai me esperar....
Nina: Aqui! Tem problema? - acabei o interrompendo, sem querer.
Lucas: Claro que não, cê que manda - disse adentrando ao ambiente - O controle tá aqui da televisão - falou o pegando e ligando a mesma - Pode se esparramar aí no sofá, fica a vontade memo.
Nina: Obrigada - sorri, pegando o controle que ele estendia o braço para me dá.
Lucas: Cê quer água? Quer alguma coisa?
Nina: Não, obrigada. Pode ir se arrumar...
Lucas: Acho melhor eu ir memo, porque cê tá com tom que se eu demorar mais cinco minutos, cê desiste - ri, enquanto me sentava no sofá - Qualquer coisa cê chama - assenti com a cabeça e ouvi seus passos na escada, indo até o segundo andar da casa.
Usei o controle só mesmo para tirar do mosaico da SKY, colocando na Rede Globo como forma automática, e decidi pegar o meu celular para ficar zapeando pelas redes sociais. Respondi as mensagens que tinha lá, dei uma atualizada no feed do instagram, local que me deu uma "assustada" quando olhei as notificações. Estava um número bem maior do que o rotineiro de novos seguidores e a maioria, olhando os users e icons por cima, eram de fã clubes do Lucas. A resposta veio logo abaixo, quando me vi marcada em uma publicação que identifiquei como a da Larissa, assim que a abri.
@ilylucco Hoje o meu sonho só se realizou, porque Deus pôs um anjo no meio desse caminho. Estava exausta e até desacreditada, até que eu te conheci... Tão menina, tão leve, tão transparente, tão surreal de doce e bondosa. Não sabia nada sobre você, mas agora, quando vi um pouco do seu instagram e procurei sobre, queria voltar no tempo pra ter te abraçado ainda mais forte. Que história linda! Que guerreira existe por trás de toda sua beleza! Aliás, eu descobri porque você é tão iluminada: Seu espírito é abençoado e protegido pelo amor da sua vida. Obrigada pelo o que você fez por mim. Eu nem sei como te agradecer. Ganhou uma fã! @ninabarsanti
foreverlucco Caraca, que sorte! Parabéns!
annatelles Ela tem muita cara de fofa, socorro! Conta essa história rs
oliveirabia Boaaaa!! Lindas.
centraltoledo Queria eu ter conhecido a Nina. Ela é um anjo mesmo!
ilylucco Queria ter sabido disso antes @centraltoledo mas ainda sim, ela já se fez inesquecível.
forlucaslucco Arrasou! Parabéns por ter conhecido o Lucas.
ninabarsanti Me emocionei! Obrigada pelas palavras. Fiz com o coração! Bjs pra você e pra sua prima!
Comentei, realmente, emocionada com aquelas palavras e com a forma que a internet conseguia ser rápida. Me surpreendi ainda mais ao entrar no fã clube dela e vê que ela também já tinha postado a foto com o Lucas, a direito de textão e tudo, e aproveitei para curtir essa postagem também, saindo dali em seguida. Fiquei dispersa por algum tempo, entre uma conversa e outra no whatsapp, até que o Lucas voltou ao cômodo chamando a minha atenção por sua voz e mais uma vez, pelo cheiro maravilhoso que deixou instalar ao ambiente.
Lucas: Demorei? - disse me vendo virar um pouco pra olhá-lo - E cê nem venha reclamar sobre o quanto de perfume eu passo só para ir treinar, como a minha mãe, porque gosto de ser cheiroso em todos os lugares do mundo - falou me fazendo rir, como quem tivesse lido parcela do meu pensamento, outra vez.
Nina: Não vou nem falar nada, tô quietinha, viu? - disse rindo e vendo ele se aproximar do sofá - E acho que não demorou não, tá tudo certo - falei me levantando - Vamos agora?
Lucas: Bora - disse esticando o corpo para pegar o controle sobre o sofá, desligando a televisão, e depois de pegar suas chaves, fomos saindo de sua casa, voltando até o carro.
Nina: Ah Lucas! - falei já o vendo dá partida - A Larissa, aquela sua fã lá da entrada, postou já as fotos com a gente, acredita?
Lucas: Ô, e como! Na internet tudo voa - rimos - Gostou da foto com cê?
Nina: Mais ou menos, mas também não tinha como ficar das melhores - falei rindo.
Lucas: Tem cada foto que eu saio escrotão, quando vou vê elas postando, dá até dó - gargalhei da cara que ele fez, o vendo ainda me acompanhar na risada.
Nina: Nem reparei muito na minha cara também pra não ficar assim, vi só por alto. E também fiquei meio coisa o quanto ela lembrou a minha irmã e eu não tinha reparado isso.
Lucas: Sério? Sua irmã é loira?
Nina: Eu já não te disse que ela é a típica gaúcha? - o vi rir - Deixa eu te mostrar uma foto aqui, pera aí... - disse pegando o meu celular e desbloqueando, para procurar algo disso entre as minhas fotos - Aqui, achei - falei virando a tela para mostrá-lo a fotografia e ele aproveitou a parada em um sinal para olhar melhor.
Lucas: Meu Deus, como cês saíram assim? - falou me fazendo rir e acabou pegando o celular da minha mão.
Nina: As reações de quem não conhece ninguém na minha família e vê algo de nós duas é sempre assim.
Lucas: Eu nunca ia esperar que sua irmã fosse assim, pensava totalmente diferente... Agora que ela é a típica gaúcha, isso é um fato - disse ainda olhando para a foto - Mas vou reparar bem... Cês tem o nariz parecido.
Nina: Olha é o sinal abrindo - falei rindo e ele se deu conta disso, me devolvendo o celular e continuando pelas ruas - Minha mãe acha a gente igual. Diz que a única diferença é a cor dos olhos e do cabelo... Mas só ela também - ele riu
Lucas: Depois eu vou vê essa foto direito! No começo dá susto por causa disso mesmo, mas olhando com mais detalhe, cês tem alguma semelhança sim, tem sim
Nina: Eu não consigo achar até hoje - ri, deixando meu celular sobre o meu colo - Quando eu era bem pequena, achava o fim a Babi ter puxado tudo da minha mãe e não ter sobrado nada pra mim. Coisa de criança, né? Mas aí quando a gente ficou adolescente, comecei a ser chamada pra fazer fotos, acabei virando modelo e desde então ela joga na minha cara que não adianta nada ela ser loira e de olho claro, se eu ainda consigo ser mais bonita - ele gargalhou
Lucas: Cês duas devem ser uma comédia - falou ainda rindo
Nina: Aquela coisa de irmã, né? Mas somos tranquilas, isso é tudo brincadeira. É bom crescer que a gente vê que cada uma tem sua beleza e no final das contas, isso nem importa muita coisa.
Lucas: Ah, isso é um fato! - ele disse prestando atenção no retrovisor, mas ainda estendeu a conversa - Cês são filhas do memo pai?
Nina: O que torna mais incrível, sim - ele riu - A questão é essa.. A Babi é a cara da minha mãe e eu a cara do meu pai, cada um veio pra um lado.
Lucas: Ah sim! - ele pausou - Depois vou te mostrar uma foto do meu irmão também... Eu não acho ele parecido comigo, mas sei lá, o pessoal diz - ri
Nina: Depois me mostra que eu quero vê... Ele é mais novo ou mais velho que você?
Lucas: Mais novo... 
Nina: A minha é mais velha que eu, a cuidada na história sou sempre eu - rimos
Ficamos conversando um pouco sobre os nossos irmãos até que chegamos até onde era o CFP9, o que foi bom até para eu conhecer porque, embora seja ali na Barra mesmo, eu ainda não tinha passado nem mesmo em frente - ou pelo menos, não tinha me ligado. O Lucas estacionou lá dentro mesmo e destravou as portas para que saíssemos, indo ainda em minha frente para que conseguisse me guiar. Assim que entramos lá, se aproximou de nós um cara todo simpático, provavelmente vindo a cumprimentar o Lucas, que já tinha acenado para outras pessoas ali, enquanto eu me mantinha em seu lado, sem saber muito o que fazer.
XXXXX: E aí, cara! - o homem o cumprimentou - Teremos convidados, é?
Lucas: Pois é, parceiro, vou colocar essa daqui para sofrer. Nina - disse se virando - Esse é um dos professores mais fodas daqui, o Marcos.
Marcos: Isso aí fica por conta dele, mas prazer! - disse me cumprimentando, rindo.
Nina: Prazer! 
Marcos: Está pronta para acompanhar? O ritmo desse daí é pesado demais, hein!
Nina: Para ser bem sincera, eu acho que não - falei rindo e eles me acompanharam
Lucas: Não vamos deixar ela pensar muito, bora encarar essa, Nina.
E, realmente, não teve muito assunto inicial! Percorremos para uma parte mais no canto do box e logo o Marcos, que havia prometido pegar leve, começou a me explicar e ensinar certas coisas, enquanto o Lucas começava o treino ao qual estava acostumado. Confesso que no começo eu demorei bastante para adquirir o pouco que fosse daquele ritmo, mas ele tinha uma paciência bem surreal e me ensinou todas as coisas com a maior atenção possível. No meio do nosso treino, ainda, o Bruno chegou lá para treinar também e acabou se juntando a nós, o que tornou tudo um pouco mais divertido. Os meninos pegavam beeeem pesado, não poderia nem ousar em fazer tudo aquilo, mas admito que, embora morta, foi bem legal a aula experimental. Durou cerca de uma hora e eu ainda fiquei esperando um pouco eles terminarem, bebendo água feito um camelo para repôr todo aquele suadouro. Antes de irmos embora, eles ainda ficaram me zoando um bom tempo e batemos uma foto juntos para nos despedirmos logo, principalmente do Marcos, que ainda tinha mais um horário de aula para dar lá no box. Voltei para casa desejando a minha cama mais do que tudo e isso culminou numa despedida extremamente rápida também do Lucas, que ainda fez o favor de me deixar em casa e juntou mais um pouco de agradecimento na lista enorme que eu já tinha com ele. Entrei pela minha sala com o celular na mão, louca para me jogar no sofá e foi isso que eu fiz. Minha coluna precisava quase que urgentemente ficar toda retinha! Aproveitei para responder uma mensagem da minha mãe que tinha lá e decidi editar a foto que eu tinha tirado com os meninos lá, para poder postar.
@ninabarsanti Aula experimental na @cfp9 e o resultado é que: O emoji tá passando o estado que está o meu rosto nesse momento. Muitoooo puxado! Hahaha. Ainda sim, valeu a pena! Obrigada pelo incentivo @lucaslucco @brunogagliasso e pelo treino @mvianara. 
surfilipe Hahahaha você é uma figurinha! Duvido nada que esteja linda!
prialencar Treinar com esses dois... Senhor...
brunogagliasso Exagerada hahaha tamo junto, Nina! Próximo é vc, @vilhenap!
daysantos que chique! Foto com Lucas Lucco e Gagliasso é pra quem pode haha
gomeslarissa Tá com vidão aí no Rj hein? Que que isso, invejei.
eternizeilucco Meu Deus!!! Que sonho!!! 
claudiapires Tô morrendo de rir com esse emoji KKKKKKKKKKKKKK 
mvianara Volte sempre, Nina! Muito bem vinda!
lucaslucco Kkkkkkk lindoooona!
myworldlucco_ Lacrou, muié!
vilhenap Vamo marcar, vamo marcar @brunogagliasso 
Se já estava ganhando vários seguidores que acompanham a vida do Lucas, agora então eles estavam vindo com ainda mais força. Sem contar os comentários sobre o episódio de mais cedo que também começavam a aparecer naquela foto, todos muito fofos, até então. Fiquei lendo alguns, inclusive, de tão bom que estava e me divertindo com outros também - visto que sempre tem aquela parte cômica -, mas também precisava de um banho. Urgentemente. 
Deixei meu celular ali por cima do sofá e me levantei num impulso indo até o meu banheiro. Banhei-me com certa demora, porque tava implorando por aquele momento desde bem cedo e consegui relaxar bastante pós treino com aquilo. Saí me secando, vestindo logo minhas peças intimas e voltei ao meu quarto onde só pus uma camisola, bem fresquinha, já começando a me preparar pra dormir. Fui novamente a sala, pegar meu celular e cheguei na cozinha onde decidi fazer uma omelete para matar aquela minha fome. Caprichei bastante nos ingredientes e no modo de fazer e fui comer sentada no tapete da sala, apoiada na mesa de centro, me dividindo entre o prato, a televisão e o celular, onde já estava imersa em uma conversa com a minha irmã, morrendo de rir sobre a reação dela com a foto que tinha postado com os meninos no crossfit. Por isso, meu "jantar-lanche" acabou demorando bem mais do que eu esperava, mas nada que me afetasse em alguma maneira, até porque, no final daquele dia eu nem tinha mais nada para fazer. Fui lavar a louça que eu tinha sujado, desliguei a televisão, fui logo no banheiro escovar meus dentes e passei para o quarto sentindo o meu celular vibrar novamente. Quando peguei para olhar, vi que tinha recebido um novo email e me surpreendi ao abrir e perceber que já estavam começando a me enviar alguma das fotos editadas. Tinham apenas cinco, do trabalho de ontem, mas já era uma prévia e tanto do quão incrível tinha ficado o trabalho. Depois de me encantar um pouco por elas, respondi me dizendo ansiosa pelo resto e agradecendo todo o profissionalismo, bloqueando o celular para vê se dormia cedo. Amanhã viria mais um dia de trabalho pela frente e eu já conseguia imaginar o tanto de dor muscular que eu acordaria! Quando fechei os olhos, lembrei até que poderia mandar isso pro Lucas, pra ele já dá uma olhadinha, mas repensei e sabia que já tinha o incomodado o suficiente por hoje. Amanhã, quem sabe, o chamava e mostrava o resultado da terça que ele funcionou como meu acompanhante.

Recadinho: Oi, meninas! Esse capítulo é mais simplezinho, sem muita coisa, mas é uma lindeza só pela atitude da Nina. Então, vale a pena relembrar, né? Obrigada pelos comentários anteriores e por continuarem aqui comigo. Beijo!!

9 comentários:

  1. Ai assim meu ♡ n aguenta, cada vez que você posta eu fico mais cheia de expectativa e mais ansiosa... LUNINA amoo dms ♡♡♡

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  2. Eu tô aqui ainda! E adorei essa atitude da Nina, me surpreendi até, meu nome sendo usado na história. Sempre quis ter um pedacinho que seja de mim aqui com você Gabi, obrigada! E aí, vai postar o capítulo cinco hoje? Tô aguardando ansiosamente! Fica com Deus minha linda!

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  3. Amo essa doçura da Nina.. na espera do próximo capítulo =D bj e até breve

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  4. Continuo apaixonada por essa história e não tem como não se emocionar lendo eu posso reler mil vezes mas em todas vou me emocionar
    Lunina está de volta 💗
    Ansiosa para o próximo capítulo
    Continua Gabi

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  5. É incrível como #lunina me prende!Cada capítulo eu fico mais ansiosa pelo próximo kkkk ah,agora que vc voltou Gabs,estou indicando para todos os meus amigos!beijão

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  6. Own tão perfeito,nao vejo a hora que chegue no cap 20

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  7. Own tão perfeito,nao vejo a hora que chegue no cap 20

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  8. Own tão perfeito,nao vejo a hora que chegue no cap 20

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  9. Own tão perfeito,nao vejo a hora que chegue no cap 20

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