Lucas: ON
Depois de um dia como o que eu tive aqui em Noronha - de completa paz, divertimento e Nina! - estava quase em êxtase subindo pela pousada onde me hospedava. Talvez pelo cansaço ou por já termos conversado de tudo e mais um pouco, o que existia entre mim e ela era mais os ruídos das conversas paralelas das tantas pessoas que passavam por nós aquele horário. Isso também me fez crer o quanto eu e a Nina éramos do dia, porque provavelmente, todas aquelas pessoas deviam estar procurando um programa noturno - desde um jantar á uma balada - enquanto nós, parecíamos completos por já termos feito de tudo durante o dia: aproveitando a natureza, conhecendo a si próprio através dela e desfrutando da companhia um do outro de uma forma que eu nunca pensei ser tão especial.
Nina: É... Lucas... - sua voz, quando já estávamos praticamente em frente ao seu quarto cortou minha linha de pensamentos de maneira correta, afinal, ali iríamos nos "despedir" - Quer dormir aqui? - Ou não? Não?! Minha cabeça processava aquelas palavras no mesmo tempo que via uma Nina encorajada, mas com as bochechas quase corando - sabe se lá se eram somente pelas palavras, por anseio á minha resposta ou até mesmo por repressão aos seus próprios pensamentos.
Lucas: Cê tá falando sério? - foram as únicas coisas que saíram da minha boca, enquanto minha mente ainda trabalhava com todas aquelas informações e meus próprios desejos. Só eu sabia o quão difícil seria, realmente, só dormir com a Nina.
Nina: Essa tua história de me responder com perguntas, ás vezes, me faz arrepender com as coisas que digo - ri, porque era impossível não se perder dentro das horas que a Nina acabava por perder um pouquinho do seu filtro, sempre tão racional.
Lucas: Então eu não vou perguntar mais, vou responder... Quero! - tentei soar o mais firme e controlado possível, quando na verdade, era similar á uma montanha russa o que se passava por dentro de mim - Só vou lá no quarto tomar um banho e vô pegar minhas coisas, tranquilo?
Nina: Uhum, vou tomar um banho também... Quer que deixe a porta destrancada?
Lucas: Pode ser, mas cuidado aí, tá?
Nina: Pode deixar - ela deu um meio sorrisinho e eu beijei sua testa - acho que isso tá se tornando um leve costume - para que eu pudesse ir até o meu quarto, que nada mais era do que ali do lado.
Fui ainda desacreditado, porém mais feliz do que parecia com aquela proposta da Nina. Era engraçado o modo com que, mesmo com uma personalidade tão menina, ela conseguia ser surpreendente. Talvez, isso fosse uma das coisas que mais me agradou nela, em qualquer aspecto. Nina tinha um porte frágil, mas conhecê-la era como desvendar algo parecendo um iceberg; o que víamos era somente uma ponta da grandeza que realmente existia ali. Ri dos meus próprios pensamentos e do quanto essa mulher estava me transformando um poeta, já em frente as minhas malas, revirando pra pegar uma roupa mais folgada de dormir. Passei para o banho, aliás, pensando nesse desafio: dormir com a Nina. Isso era complicado! Não queria ultrapassar nenhuma barreira com ela de modo que soasse que eu a estivesse pressionando. Gostava de estar com ela de uma maneira muito mais inocente do que pensei, mas não tinha como negar o tanto de desejo que percorria o meu corpo, muitas vezes, só por vê-la. Sem contar o fato de que eu já conseguia perceber que ela era uma caixa de surpresa não só quanto as coisas de sua vida. A mulher tímida e ponderada, por instantes, sumiu das minhas vistas nas vezes que nos beijamos, me fazendo sentir em mãos uma mulher quente e urgente, de uma maneira quase que... transformadora! Larguei meus próprios dilemas com a minha mente ali no box e tratei de me vestir rapidinho, quase nem me secando, só arrumando o cabelo em frente ao espelho, pegando meu chinelo e a escova de dente - até porque, eu não sabia se íamos acabar comendo mais alguma coisa - pra levar pro quarto dela. Desliguei as coisas do meu e com pouquinhas coisas em mãos, tranquei ali e fui até a porta dela, onde realmente encontrei destrancada.
Lucas: Nina? - falei para que ela, independente do que estivesse fazendo, soubesse que eu estava chegando ali e fui entrando em seu quarto, logo me virando para fechar a porta.
Nina: Oi, tô aqui, pera aí! - ouvi sua voz que parecia vir do banheiro e sorri com o modo que denunciava um certo nervosismo. Nina sempre atropelava as palavras dessa forma! - Pronto! - a vi chegar na porta de seu banheiro, voltando ao quarto, com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo e já com uma roupa de dormir - composta de uma camiseta e um short de malha listrado - no corpo - Vou te contar uma coisa que eu descobri... E ah, podes sentar, tá? - ela parou para me olhar - ainda de pé -, depois que colocou alguma coisa sua na mala.
Lucas: Pronto - falei fazendo o que ela havia me dito, encostando minhas costas lá na cabeceira e dobrando minhas pernas sobre a cama, conseguindo ser o mais despojado possível.
Nina: Que isso aqui - ela apontava pra televisão, maravilhada - É uma SmartTV, e tu sabes o que isso significa, né?
Lucas: Sim senhora! Netflix! - e foi impossível manter a seriedade frente o sorrisão que ela abriu, balançando a cabeça positivamente.
Nina: Um tanto quanto perigoso colocar isso num quarto de pousada, né? - ela vinha em direção á cama e não demorou nada para já estar sentada na cama, do meu lado, quase que da mesma maneira que eu - Porque Noronha é lindo, mas vai que isso prende as pessoas por aqui? Netflix tem lá suas armadilhas e nós sabemos bem.
Lucas: Ôh! Ainda bem que não descobrimos isso pela manhã
Nina: Graças a Deus! - rimos - Ó, o controle tá aqui... Vai querer mesmo assistir alguma coisa?
Lucas: Claro que sim! Abre as opções aí pra vê se inventaram alguma coisa que a gente ainda não viu - ela riu e tratou mesmo de colocar nas variadas opções que o programa apresentava - Caramba, tá cheio de musical nas novidades! - disse o que via ali, mesmo que ela passasse bem direto por essa parte.
Nina: Aham... Gostas?
Lucas: Embora viva de música, nem tanto - ri e a vi me acompanhar.
Nina: Nem eu! Me dá um pouco de estresse as pessoas começarem a cantar do nada.
Lucas: Cê estressada é uma certa novidade, viu?
Nina: É raro, eu assumo - ri - Mas falando em música, tu não tá com saudade de fazer show, não? - ela me perguntou ainda sem tirar os olhos da televisão, rodando pelas variedades.
Lucas: Tô! A beça, pra falar bem a verdade! Acho que só quem tá no palco entende a sensação maravilhosa que é isso.
Nina: Realmente, não dá pra imaginar! Mas eu vejo muitas pessoas que falam sobre isso, sobre a transformação que é subir no palco.
Lucas: Sim! Cê veste outro personagem, sabe? Só que ao mesmo tempo, tá totalmente entregue ali, o coração tá vivendo por aquelas pessoas que curtem seu trabalho.
Nina: É muito reconhecimento, né?
Lucas: Ôh, demais! - falei me ajeitando na cama - Mas no momentão memo, o que tô com saudade é só do meu violão. Imagina que foda ia ser ter trazido cá pra Noronha? Aqui tem tanta beleza que toda hora ele me faz falta, imagino um bom momento que ele caíria bem, sabe?
Nina: Aham, meus ouvidos também agradeceriam, viu? Essa tu realmente ficou devendo - ri - Aliás, eu nunca te vi tocando violão, né?
Lucas: Acho que nunca também, nem lembro. Eu só sei que falando nisso, quem tá devendo alguma coisa, é você mesma! Precisa ir em um show meu, tá?
Nina: Ih, é verdade! Eu vou, cara, tô querendo ir mesmo.
Lucas: Mesmo se não quiser vai ter que ir, sabe disso, né?
Nina: Que abusadinho - ela falou rindo, desconectando um pouco da sua atenção á televisão e me encarando - Vai guri, me ajuda aqui a escolher alguma coisa pra gente vê.
Lucas: Te ajudo, tá toda indecisa aí, ou
Nina: Tô nada! Só tô pedindo uma ajudinha básica, nem vem, viu? - ri da maneira com que ela disse, mas acabei, realmente, voltando minha atenção junto á ela pra televisão, afim de que decidíssemos logo o que viríamos.
Depois de uma discordância aqui e outra ali - até porque, quanto á escolha de gênero de filme era, realmente, algo que eu e a Nina achamos nossas primeiras diferenças - conseguimos optar por Um Santo Vizinho. A história era incrivelmente engraçada, com um humor até infantil algumas vezes, e isso - principalmente pra mim - se tornava ainda melhor. Contava uma história de uma amizade bem improvável e era o tipo de filme que conseguia envolver você até o final, visto que também era necessário algumas cenas dramáticas e tudo se encaixava muito bem dentro do contexto. O tempo passou voando e eu fui perceber o quanto nós também tínhamos nos envolvido só quando acabou, e eu me dei conta que eu e Nina já estávamos deitados, com ela apoiando sua cabeça em um dos meus braços, tornando nosso contato um pouco mais próximo.
Nina: Gostou? - ela levantou um pouco da cabeça para conseguir enxergar o meu rosto.
Lucas: Digamos que surpreendente! Não pensei que fosse tão engraçadinho!
Nina: Nem eu, achei que era mais dramático. Mas gostei, achei uma boa história!
Lucas: Aham.. eu também! - ela me ouvia, enquanto dessa vez se esticava um pouquinho, quase como um espreguiçar.
Nina: Por mim, a gente veria mais um filme, mas...
Lucas: ... Mas cê tá muito cansada e não tá sabendo disfarçar - ela riu e eu percebi que quando ela fazia isso mais perto, ficava ainda mais linda.
Nina: Pode até ser - disse, recuperando seu ar e eu acabei sem saber o que responder. Vi a sua expressão ir voltando ao normal aos poucos e os nossos olhos pareciam não saber se descolar. Muito pelo contrário, ganhavam intensidade a cada segundo que passava um sobre o outro. Era incrível a capacidade que eu tinha de me perder fácil entre esse contato e principalmente, tornar-me completamente irracional. Sem qualquer comando do meu corpo, fui me aproximando dela o suficiente para saber resposta de sua parte também. Nossos lábios se colaram e minha mão livre, no mesmo instante, agarrou sua cintura. Esse não era o nosso primeiro beijo, mas a prévia de hoje de manhã me fez temer que aquilo não parasse tão cedo. Digamos que temer não seria a palavra tão certa, até porque eu nem conseguia pensar nisso nesse instante, mas alguma coisa entre nós conseguia falar mais alto que nossas ambas racionalidades.
O perfume da pele de Nina, recém saída do banho, passava por mim quase que como uma provocação, o que me fazia beijá-la de forma ainda mais intensa. E pior: sendo correspondido. Uma de suas mãos que passeava pelo meu pescoço, fez contato com a minha pele quando escorregou um pouco abaixo da manga da minha camisa e apertou levemente o meu braço. Arfei em meio ao beijo, sem esperar por aquela atitude, e aquilo fez com que ela deixasse um meio sorriso nos lábios, antes de eu voltar a agarrá-los. Pressionei meus dedos na sua cintura, colando ainda mais os nossos corpos e a arrepiei quase instantaneamente quando deixei minhas mãos se movimentarem por suas costas. Quando alcancei a altura do seu pescoço, entrelacei meus dedos em seus cabelos e a afastei da minha boca, a observando por um tempo que me encarava com curiosidade, e logo descendo meus lábios pelo seu queixo e trilhando até o pescoço. Seu corpo se contorceu no contato imediato e aquilo me incentivava a continuar. Seu cheiro ali era ainda mais forte e a doçura que aquilo poderia me remeter, teve efeito contrário. Sentia a Nina com os músculos tensos á cada toque meu, á cada beijo em sua pele arrepiada, a cada expiração descompassada que chegava até ela. Sua maneira de me fazer parar aquilo foi com uma surpresa, mais uma delas: Suas mãos desceram até as minhas costas, numa habilidade e rapidez indescritivel, e já podia sentí-las por baixo da minha camiseta, deixando suas unhas traçarem um caminho por ali que causava exatamente o contrário agora; era eu quem estava sendo torturado. Precisava saber do que ela era capaz de fazer. Deixei que brincasse comigo, embora tivesse pouca força para respondê-la com beijos, até o momento que a vi puxando aquela peça do meu corpo. A encarei, como quem queria ter certeza do que ela estava fazendo, e ela apenas assentiu, como quem pedisse ajuda para fazer aquilo mais rápido e de modo mais fácil. Assim, tirei a minha blusa, deixando meus membros superiores completamente livres e quando voltei o meu olhar ao dela, a via analisando cada canto meu. A excitação e o desejo brigavam para saber quem tinha mais espaço dentre a pupila escura de Nina. Não poderia esperar por mais nada e me vi inclinando o corpo sobre o dela, que prendeu meus ombros entre suas pequenas mãos, pressionando minha pele.
Beijei sua boca com toda ferocidade que podia, quase afirmando que não iríamos mais parar, e levei minhas mãos até o seu quadril, escorregando mais um pouco e alcançando a altura onde terminava o pano dos seus shorts. Apertei suas coxas e pressionei o meu corpo contra o dela, que dessa vez arfou sem querer calar, podendo sentir a formação da minha excitação... Eu já estava completamente denunciado. Cheguei á barra dos shorts dela e prendi meus dedos ali, descendo levemente para saber se poderia mesmo fazer aquilo, tendo como consentimento a forma com que ela mexia suas pernas abaixo de mim, retribuindo a ajuda para me livrar daquela peça. Nos desgrudamos um pouco, deixando que o ar entrasse em nossos corpos - o que nos fez perceber que estávamos um bom tempo sem respirar da maneira que devia - e eu a encarei. Ela estava linda como sempre, mesmo com as bochechas já vermelhas, o cabelo levemente bagunçado e um pouco do suor que começava a aparecer em sua testa. Beijei sua bochecha, enquanto passava as mãos por seu cabelo e ela deixou as mãos em minha nuca, como quem massageasse minha tensão ali... Mal ela sabia que, na verdade, aquilo só conseguia me provocar mais tesão. Ela não havia dito nada e eu acho que nem tinha o que dizer... eu só queria agarrá-la de uma vez só. Não estava tendo controle, nem mesmo, ainda nas preliminares!
Beijei-a pensando como me livraria daquelas roupas o mais rápido possível e como quem lesse meu pensamento, Nina pegou uma de minhas mãos a deixando na altura de sua cintura, me fazendo entender seu recado. Deixei meu braço segurando as suas costas, arqueando levemente o seu corpo, e com a mão livre fui tirando sua blusa, tentando ocultar a pressa que eu estava e soando provocante á ela que me encarava, passeando com a língua sobre os próprios lábios. Seu corpo se esparramou na cama, mais uma vez, e antes de me pesar totalmente contra ele, observei como suas curvas eram incríveis. Ao perceber meus olhares, as mãos de Nina se agarraram em meu rosto, me fazendo encará-la como quem tivesse desesperada por eu estar olhando-a. Mas nenhum defeito que podia torná-la insegura conseguia ser prioridade no visual que eu tinha dela. Ela era, incontestavelmente, linda em qualquer aspecto e nada superava isso. Seus lábios puxando o meu inferior, na tentativa de me provocar, cortaram todo e qualquer pensamento meu. Segurei seus braços contra a cama, quando a percebi recuar sua boca e me aproximei dela, deixando nossas respirações se misturarem até que ela enlouquecesse e me beijasse. Não precisei esperar por isso, pois assim que vi os seus olhos fecharem, entendi que aquilo era sua maneira de pedir. A voz rouca, naquele momento, já não mais servia para pedidos... só conseguia exprimir como nossos corpos estavam em chamas.
Enquanto a beijava, arrastei uma de minhas mãos até seus seios, ainda coberto pelo sutiã e minha mente comemorou ao descobrir que aquela peça tinha abertura na frente. Em pouco tempo, me livrei dele e fiz por massageá-lo, sentindo-o ouriçar na palma de minha mão e tendo o arfar de Nina entre nossos beijos. Não estava mais em condições de dar tanta delicadeza á ela e quando larguei seus lábios para alcancar o seio que estava livre, isso pareceu não importar para ela. Estava urgente em tê-la para mim, só pra mim e meu Deus... Nina era gostosa demais! Muito mais do que qualquer mente pervertida pode conseguir alcançar. Suas unhas iam contra a pele das minhas costas e dos meus ombros, e quando lhe dei uma leve mordida, seu corpo inteiro se contorceu embaixo do meu. Nina estava em completo êxtase! Nossos corpos vibraram um contro outro e quanto mais minha boca a proporcionava um certo tipo de prazer ali, seus quadris se movimentavam lá embaixo, cada vez mais contra o meu, como quem tivesse pressa em me sentir de uma vez só. Levantei meu rosto para encará-la, a vendo intercalar suas expressões entre o desespero e a timidez, e então segurei sua cintura, fazendo com que nós trocássemos de posição. Queria saber até onde Nina seria capaz de colocar sua doçura de lado!
Um meio sorriso provocante e convidativo se formou no seu rosto, enquanto a sentia escorregar com certa pressão pelo meu abdômen, passando- e aumentando - em minha ereção, parando em minhas coxas onde levou sua mão até o cós do meu short. A vi brincando, como quem tivesse sem pressa, com o elástico dali, mas também não ousou em demorar para se livrar daquilo. Balancei meus pés para deixar a peça cair de uma vez por todas e a vi subir um pouco do seu corpo, parando exatamente sobre minha ereção e se inclinando para alcançar meus lábios. Definitivamente, aquilo era o significado da expressão brincar com o perigo. Eu sabia que por tudo que Nina havia passado, eu precisava lutar comigo mesmo para ter o controle de fazer com que aquilo fosse delicado e no momento dela, mas tudo se tornava ainda mais complicado. Os hormônios dentro de mim não brincavam e o meu estado não ocultavam isso. Entre o beijo, nossos corpos não sabia manter a sanidade, se movimentando a todo momento um contra o outro, e as mãos pareciam que precisavam ser mais, visto todos os lugares que queriam passar. A pele já se arrepiava, o suor já não conseguia esconder-se e os sentidos já afirmavam que não conseguiríamos permanecer muito tempo só na brincadeira. Assim, tomei total controle da situação e não quis mais renegar o lado animal que aparecia quando se tratava daquela atmosfera sexual que havia se formado.
Joguei a Nina na cama e não pesei totalmente meu corpo sobre o seu, precisando de espaço para que fizéssemos ainda o que faltava: Livrar-nos das peças intimas. Suas mãos que arranhavam a lateral do meu corpo, alcançaram minha cueca, enquanto eu prendi meus dedos no elástico da sua calcinha de renda. Travamos quase uma batalha para saber quem conseguiria despir o outro primeiro e não pensei que viria uma Nina tão diferente em minha frente... Ela tinha gana, tinha desejo, tinha tanto tesão quanto eu e já estava no mesmo ponto de não querer esconder isso por alguma razão. Naquele momento, nossas líbidos em chamas falavam mais alto do que qualquer coisa. Quando a vi, dessa vez completamente nua, subi o caminho inverso do seu corpo, deixando minhas mãos pararem entre as suas pernas e a tocando de uma forma mais ousada que previa. No entanto, a mulher que estava na minha frente também se sentia assim! Completamente livre e oposta do que costumava ser, como uma caixinha de surpresa. Seu corpo que quase convulsionava com meu toque teve o ato ainda de prender uma de suas mãos em meu cabelo, soltando algumas palavras, enfim, que me incentivaram a continuar ali. Até que a mesma pediu que eu parasse... dessa vez, com quase um implorar para que nos tornássemos um, de uma só vez. Senti seu olhar curioso e beirando a frustração quando coloquei um espaço entre nós, mas ao me ver procurando por alguma coisa que pudesse nos proteger, ela entendeu o porquê daquilo. Não demorei a achar em uma daquelas gavetas um preservativo e com pressa, o vesti, voltando a dispôr daquele clima que ainda estava longe do fim. Beijei seu pescoço, subindo por sua pele arrepiada até alcançar a sua boca e em meio á um beijo, já posicionado entre suas pernas e sentindo sua pulsação forte, a penetrei. Não consegui conter a pressa e a boca de Nina exprimiu isso, ao gemer de forma forte. Temi naquele momento, a encarando, que me trouxe á calma com rapidez, quando agarrou meus ombros e começou a se movimentar por baixo de mim para que eu não parasse com aquilo tão cedo. Estava tudo bem, estávamos... unidos.
O perfume da pele de Nina, recém saída do banho, passava por mim quase que como uma provocação, o que me fazia beijá-la de forma ainda mais intensa. E pior: sendo correspondido. Uma de suas mãos que passeava pelo meu pescoço, fez contato com a minha pele quando escorregou um pouco abaixo da manga da minha camisa e apertou levemente o meu braço. Arfei em meio ao beijo, sem esperar por aquela atitude, e aquilo fez com que ela deixasse um meio sorriso nos lábios, antes de eu voltar a agarrá-los. Pressionei meus dedos na sua cintura, colando ainda mais os nossos corpos e a arrepiei quase instantaneamente quando deixei minhas mãos se movimentarem por suas costas. Quando alcancei a altura do seu pescoço, entrelacei meus dedos em seus cabelos e a afastei da minha boca, a observando por um tempo que me encarava com curiosidade, e logo descendo meus lábios pelo seu queixo e trilhando até o pescoço. Seu corpo se contorceu no contato imediato e aquilo me incentivava a continuar. Seu cheiro ali era ainda mais forte e a doçura que aquilo poderia me remeter, teve efeito contrário. Sentia a Nina com os músculos tensos á cada toque meu, á cada beijo em sua pele arrepiada, a cada expiração descompassada que chegava até ela. Sua maneira de me fazer parar aquilo foi com uma surpresa, mais uma delas: Suas mãos desceram até as minhas costas, numa habilidade e rapidez indescritivel, e já podia sentí-las por baixo da minha camiseta, deixando suas unhas traçarem um caminho por ali que causava exatamente o contrário agora; era eu quem estava sendo torturado. Precisava saber do que ela era capaz de fazer. Deixei que brincasse comigo, embora tivesse pouca força para respondê-la com beijos, até o momento que a vi puxando aquela peça do meu corpo. A encarei, como quem queria ter certeza do que ela estava fazendo, e ela apenas assentiu, como quem pedisse ajuda para fazer aquilo mais rápido e de modo mais fácil. Assim, tirei a minha blusa, deixando meus membros superiores completamente livres e quando voltei o meu olhar ao dela, a via analisando cada canto meu. A excitação e o desejo brigavam para saber quem tinha mais espaço dentre a pupila escura de Nina. Não poderia esperar por mais nada e me vi inclinando o corpo sobre o dela, que prendeu meus ombros entre suas pequenas mãos, pressionando minha pele.
Beijei sua boca com toda ferocidade que podia, quase afirmando que não iríamos mais parar, e levei minhas mãos até o seu quadril, escorregando mais um pouco e alcançando a altura onde terminava o pano dos seus shorts. Apertei suas coxas e pressionei o meu corpo contra o dela, que dessa vez arfou sem querer calar, podendo sentir a formação da minha excitação... Eu já estava completamente denunciado. Cheguei á barra dos shorts dela e prendi meus dedos ali, descendo levemente para saber se poderia mesmo fazer aquilo, tendo como consentimento a forma com que ela mexia suas pernas abaixo de mim, retribuindo a ajuda para me livrar daquela peça. Nos desgrudamos um pouco, deixando que o ar entrasse em nossos corpos - o que nos fez perceber que estávamos um bom tempo sem respirar da maneira que devia - e eu a encarei. Ela estava linda como sempre, mesmo com as bochechas já vermelhas, o cabelo levemente bagunçado e um pouco do suor que começava a aparecer em sua testa. Beijei sua bochecha, enquanto passava as mãos por seu cabelo e ela deixou as mãos em minha nuca, como quem massageasse minha tensão ali... Mal ela sabia que, na verdade, aquilo só conseguia me provocar mais tesão. Ela não havia dito nada e eu acho que nem tinha o que dizer... eu só queria agarrá-la de uma vez só. Não estava tendo controle, nem mesmo, ainda nas preliminares!
Beijei-a pensando como me livraria daquelas roupas o mais rápido possível e como quem lesse meu pensamento, Nina pegou uma de minhas mãos a deixando na altura de sua cintura, me fazendo entender seu recado. Deixei meu braço segurando as suas costas, arqueando levemente o seu corpo, e com a mão livre fui tirando sua blusa, tentando ocultar a pressa que eu estava e soando provocante á ela que me encarava, passeando com a língua sobre os próprios lábios. Seu corpo se esparramou na cama, mais uma vez, e antes de me pesar totalmente contra ele, observei como suas curvas eram incríveis. Ao perceber meus olhares, as mãos de Nina se agarraram em meu rosto, me fazendo encará-la como quem tivesse desesperada por eu estar olhando-a. Mas nenhum defeito que podia torná-la insegura conseguia ser prioridade no visual que eu tinha dela. Ela era, incontestavelmente, linda em qualquer aspecto e nada superava isso. Seus lábios puxando o meu inferior, na tentativa de me provocar, cortaram todo e qualquer pensamento meu. Segurei seus braços contra a cama, quando a percebi recuar sua boca e me aproximei dela, deixando nossas respirações se misturarem até que ela enlouquecesse e me beijasse. Não precisei esperar por isso, pois assim que vi os seus olhos fecharem, entendi que aquilo era sua maneira de pedir. A voz rouca, naquele momento, já não mais servia para pedidos... só conseguia exprimir como nossos corpos estavam em chamas.
Enquanto a beijava, arrastei uma de minhas mãos até seus seios, ainda coberto pelo sutiã e minha mente comemorou ao descobrir que aquela peça tinha abertura na frente. Em pouco tempo, me livrei dele e fiz por massageá-lo, sentindo-o ouriçar na palma de minha mão e tendo o arfar de Nina entre nossos beijos. Não estava mais em condições de dar tanta delicadeza á ela e quando larguei seus lábios para alcancar o seio que estava livre, isso pareceu não importar para ela. Estava urgente em tê-la para mim, só pra mim e meu Deus... Nina era gostosa demais! Muito mais do que qualquer mente pervertida pode conseguir alcançar. Suas unhas iam contra a pele das minhas costas e dos meus ombros, e quando lhe dei uma leve mordida, seu corpo inteiro se contorceu embaixo do meu. Nina estava em completo êxtase! Nossos corpos vibraram um contro outro e quanto mais minha boca a proporcionava um certo tipo de prazer ali, seus quadris se movimentavam lá embaixo, cada vez mais contra o meu, como quem tivesse pressa em me sentir de uma vez só. Levantei meu rosto para encará-la, a vendo intercalar suas expressões entre o desespero e a timidez, e então segurei sua cintura, fazendo com que nós trocássemos de posição. Queria saber até onde Nina seria capaz de colocar sua doçura de lado!
Um meio sorriso provocante e convidativo se formou no seu rosto, enquanto a sentia escorregar com certa pressão pelo meu abdômen, passando- e aumentando - em minha ereção, parando em minhas coxas onde levou sua mão até o cós do meu short. A vi brincando, como quem tivesse sem pressa, com o elástico dali, mas também não ousou em demorar para se livrar daquilo. Balancei meus pés para deixar a peça cair de uma vez por todas e a vi subir um pouco do seu corpo, parando exatamente sobre minha ereção e se inclinando para alcançar meus lábios. Definitivamente, aquilo era o significado da expressão brincar com o perigo. Eu sabia que por tudo que Nina havia passado, eu precisava lutar comigo mesmo para ter o controle de fazer com que aquilo fosse delicado e no momento dela, mas tudo se tornava ainda mais complicado. Os hormônios dentro de mim não brincavam e o meu estado não ocultavam isso. Entre o beijo, nossos corpos não sabia manter a sanidade, se movimentando a todo momento um contra o outro, e as mãos pareciam que precisavam ser mais, visto todos os lugares que queriam passar. A pele já se arrepiava, o suor já não conseguia esconder-se e os sentidos já afirmavam que não conseguiríamos permanecer muito tempo só na brincadeira. Assim, tomei total controle da situação e não quis mais renegar o lado animal que aparecia quando se tratava daquela atmosfera sexual que havia se formado.
Joguei a Nina na cama e não pesei totalmente meu corpo sobre o seu, precisando de espaço para que fizéssemos ainda o que faltava: Livrar-nos das peças intimas. Suas mãos que arranhavam a lateral do meu corpo, alcançaram minha cueca, enquanto eu prendi meus dedos no elástico da sua calcinha de renda. Travamos quase uma batalha para saber quem conseguiria despir o outro primeiro e não pensei que viria uma Nina tão diferente em minha frente... Ela tinha gana, tinha desejo, tinha tanto tesão quanto eu e já estava no mesmo ponto de não querer esconder isso por alguma razão. Naquele momento, nossas líbidos em chamas falavam mais alto do que qualquer coisa. Quando a vi, dessa vez completamente nua, subi o caminho inverso do seu corpo, deixando minhas mãos pararem entre as suas pernas e a tocando de uma forma mais ousada que previa. No entanto, a mulher que estava na minha frente também se sentia assim! Completamente livre e oposta do que costumava ser, como uma caixinha de surpresa. Seu corpo que quase convulsionava com meu toque teve o ato ainda de prender uma de suas mãos em meu cabelo, soltando algumas palavras, enfim, que me incentivaram a continuar ali. Até que a mesma pediu que eu parasse... dessa vez, com quase um implorar para que nos tornássemos um, de uma só vez. Senti seu olhar curioso e beirando a frustração quando coloquei um espaço entre nós, mas ao me ver procurando por alguma coisa que pudesse nos proteger, ela entendeu o porquê daquilo. Não demorei a achar em uma daquelas gavetas um preservativo e com pressa, o vesti, voltando a dispôr daquele clima que ainda estava longe do fim. Beijei seu pescoço, subindo por sua pele arrepiada até alcançar a sua boca e em meio á um beijo, já posicionado entre suas pernas e sentindo sua pulsação forte, a penetrei. Não consegui conter a pressa e a boca de Nina exprimiu isso, ao gemer de forma forte. Temi naquele momento, a encarando, que me trouxe á calma com rapidez, quando agarrou meus ombros e começou a se movimentar por baixo de mim para que eu não parasse com aquilo tão cedo. Estava tudo bem, estávamos... unidos.
[...]
Lucas: OFF
Nina: ON
Lucas: Onde cê esconde essa mulher que eu acabei de... vê? - ele disse com um sorriso sagaz e de menino, ao mesmo tempo, entre os lábios.
Nina: Na verdade, eu não sei o que aconteceu - falei ainda olhando para o teto, aproveitando que estava de barriga pra cima, sem coragem para olhá-lo. Se só o beijo já me deixava envergonhada frente á ele, quem dirá depois dessa noite!
Lucas: Isso quer dizer... arrependimento? - ele dizia com um certo nervoso na voz, temendo a minha resposta.
Nina: Eu sei que quem prometeu a parte de não arrependimento foi você, mas eu ainda me lembro disso... Se tem uma coisa que não tá tendo aqui é arrependimento - falei tentando olhá-lo, para demonstrar mais firmeza - Mas caramba, é muito difícil te encarar aqui do meu lado, depois de tudo isso - falei tendo como resposta a gargalhada dele, que acabou deixando o clima um pouco mais leve, embora por dentro a tensão ainda fazia parte.
Lucas: Para a sua sorte, embora eu tenha adorado conhecer o seu lado um pouco mais... selvagem, eu adoro sua parte tímida - falou distribuindo alguns beijinhos pelo meu ombro, que o respondeu logo se arrepiando.
Nina: Acho que meu corpo ainda está se recuperando - falei rindo da minha própria situação.
Lucas: E eu acho isso ótimo - senti-o se aproximar dos meus lábios e deixamos que acontecesse um beijo rápido, onde embora nossas mãos brincassem em algum canto do nosso corpo - trazendo uma energia instigante bem rápida -, as coisas não passaram disso.
Nina: Pelo bem do nosso sono que vai ser cortado bem cedo de manhã, eu acho melhor irmos pro banho, sabia?
Lucas: Isso é um convite?
Nina: Se também tás gostando do meu lado mais ousado, digamos que sim.
Lucas: Digamos que sim - ele me imitou, se mostrando um cara completamente leve e tentando não me deixar um tanto quanto nervosa, depois de tudo isso - Vamos então, lindona... - disse brincando com os meus dedos, mas logo me dando impulso para que levantássemos juntos.
Era incrível falar isso, mas enquanto estivemos no box, minha vontade de tê-lo novamente falou mais alto e foi impossível que não se deixasse acontecer, mais uma vez. Eu nunca tinha tido percepção do quanto eu estava precisando me entregar completamente para alguém e nunca tinha agradecido tanto por ter esperado - ainda que inconscientemente - para que isso fosse com o Lucas. Retomar essa sensação de prazer ao meu corpo, que por muito tempo pertenceu á um único alguém, deveria ser tão importante quanto pensar numa primeira vez. E embora, no começo, tenha sido guiada pelo meu próprio tesão inexplicável pelo Lucas, vi que eu nunca estive tão certa em deixar a emoção me comandar: Ninguém seria mais carinhoso e mais incrível do que ele para me fazer sentir, agora, completamente de volta á vida.
Nina: Só queria te dizer uma coisa... - falei abraçando seu corpo por trás, antes de nos deitarmos na cama, já completamente leve após o banho - Isso aqui foi tão importante quanto a minha primeira vez, obrigada - dei um beijo em suas costas, sentindo seus músculos me responderem e logo seu corpo virando para envolver minha cintura, me trazendo para dentro de um abraço.
Lucas: Cê também me deu uma das noites mais especiais da minha vida, senão a mais! - me encarou e já pôde me perceber um sorriso involuntário que se formava em meus lábios - E como nós dois somos uma troca incrível de gratidão, obrigado pela noite e pela confiança - ele selou os meus lábios sem que me deixasse responder, mas acho que não teria palavras que o dissessem tão bem quanto expressou esse beijo.
Caímos na cama juntos, com nossos corpos ainda unidos, mas não deixamos que passasse daquilo ali. O sono logo fez morada em nós, da mesma forma que eu achei uma ali no peito do Lucas para repousar.
O domingo amanheceu com um pouco do Sol que tentava entrar pelo feixe da janela e aquilo parecia ser premeditado pra que eu conseguisse acordar ainda melhor, depois de uma noite daquelas e ainda estar nos braços do Lucas. Olhei um pouco pra cima, tentando ser o mais silenciosa possível, e ele ainda dormia, deixando seus músculos faciais completamente relaxados e formando um rosto ainda mais bonito... tão sereno que dava vontade de admirar até não poder mais. Mas a lembrança do horário e principalmente do meu estado naquela cama, me fez repensar nas coisas que deveria ter como prioridade. Precisávamos levantar e mais, por todo clima de ontem, eu havia dormido só de lingerie. Que coisa mais louca foi aquela? Me sentia um tanto quanto apavorada em pensar que Lucas acordaria e me viria assim. Sabia muito bem que ele já tinha visto isso e muito mais, além do quê eu estava desfilando de biquíni aqui pela ilha por conta dos nossos passeios, mas ainda sim me deixava tensa toda aquela situação. Tentei me desvencilhar dos braços dele, até para ter conhecimento da hora e assim que consegui descobrir que já eram oito da manhã (nosso passeio estava programado para ás nove!), eu senti suas mãos alcançarem minha cintura e me fazendo virar para olhá-lo.
Lucas: Bom dia, lindona - ele disse deixando sair um ar preguiçoso de seus pulmões e tentando me encarar, com aqueles olhos ainda tão pequenos.
Nina: Bom dia - falei ajeitando o lençol sobre o meu corpo e sorrindo para ele, tentando fazer com que ele não atentasse ao meu estado.
Lucas: A gente tem que levantar mesmo?
Nina: Tem - acabei rindo por vê, inesperadamente, um Lucas preguiçoso em minha frente - Nosso tempo não está nem um pouco folgado, mas como eu sou uma guria maneira, vou te deixar descansando mais um pouquinho, enquanto eu vou pro banho primeiro, pode ser?
Lucas: Acho que sim, até porque nós dois no banho não costuma dar muito certo, né?
Nina: Na verdade, eu acho que dá tão certo, que aí sim nos faria atrasar - ele riu, da minha sinceridade tão direta, e eu acabei embalando junto com ele, mas tratando de me levantar e tentando manter o lençol em volta do meu corpo.
Lucas: Nina? - ele me chamou e quando eu virei um pouco para olhá-lo, percebi que o Sol e toda aquela cara amassada deixava Lucas ainda mais bonito. Sem contar o seu corpo, que agora com a claridade natural, eu conseguia ver ainda melhor - e acredito que depois de tudo, haviam outros olhos em mim também. Seus ombros largos, seu abdômen completamente definido e suas tatuagens compunham exatamente tudo perfeito para o homem que ele era... extremamente sexy! - Ôh! Cê tá me ouvindo? - a voz dele ecoou em meus ouvidos, quase que com certa irritação, e eu então me dei conta que realmente havia me perdido nele a ponto de não conseguir nem ouví-lo
Nina: Calma, não, desculpa... Fala!
Lucas: O quê tá acontecendo com cê, hein? - ele pareceu sintetizar tudo o que já tinha falado antes e minha cabeça travava uma batalha pensando em como responder que eu estava com vergonha do cara que me viu nua, sem parecer muito infantil.
Nina: Nada... - e a mentira foi a única coisa que saiu pelos meus lábios.
Lucas: Um, cê não sabe mentir! Dois, eu sei que cê num faz a linha mulher desinibida, mas não se preocupe com isso - disse colocando a mão no lençol que já estava quase envolvido em meu corpo, o abaixando - E três, relaxa!
Nina: Acho que não tô sabendo lidar muito bem com a minha timidez e tô, realmente, me sentindo adolescente.
Lucas: E isso é ruim? Que eu tenha ouvido falar, a adolescência é a melhor fase da vida, né? - ele disse tentando ser a pessoa descontraída de sempre, mas eu conseguia vê em seu olhar certa preocupação com meu comportamento pela manhã.
Nina: Sabe o que é, Lucas? Acho que faz tanto tempo que... ah, sabes! Eu me envergonho ainda em ficar assim pra fotografar, imagina quando acordar acompanhada.
Lucas: Cê é uma peça rara mesmo - ele dizia isso em meio á alguns risos contidos, enquanto se ajeitava na cama, tentando se aproximar mais de mim - Mas cê é linda e não precisa nem um pouco disso... Inclusive, eu adorei o que vi ontem a noite - falou dando um beijo em minhas costas, deixando minhas bochechas em chama.
Nina: Obrigada, mas eu acho que tu não tá me ajudando muito - falei rindo, tentando realmente relaxar, e ele me acompanhou - Vou tomar meu banho, porque se eu continuar aqui ou a gente se atrasa ou tu vais ficar pensando que dormiu com uma menina de treze anos.
Lucas: Para de ser insegura com isso - ele disse ainda rindo - Pra mim tá tudo certo! Vai lá tomar seu banho - me deu outro beijo, dessa vez na bochecha, e eu sorri para ele, tomando coragem de me levantar sem a companhia do lençol.
Tenho certeza que os olhos de Lucas acompanharam meu corpo - que passou com passos largos - por todo caminho até o banheiro e quando entrei lá, me olhei no espelho rindo da minha própria cara. Acho que eu precisava treinar ainda muito mais pra voltar a ser desinibida pela manhã na frente de um cara! Me livrei daquelas poucas peças e entrei no box, deixando a água cair sobre meu corpo que, então, eu percebi estar um pouco dolorido. Aí foi a hora que bati o martelo sobre o quanto estava fora de forma! Por conta do horário também, acabei tomando um banho mais curto do que imaginava e saí do banheiro enrolada na toalha, tentando não soar apreensiva e vencer a minha própria timidez quanto á Lucas - até porque isso não contaria nenhum ponto á meu favor mesmo. No entanto, para minha surpresa, vi meu quarto vazio quando saí e poderia ter me assustado, senão tivesse visto um papelzinho sobre o criado mudo ao lado da cama. Segurando a toalha na altura dos meus seios, para que ela não caísse, fui pegar tal recado e descobri logo ser do Lucas."Fui pro meu quarto pra agilizarmos as coisas, tudo bem? Senão, íamos acabar nos atrasando mesmo pro passeio e eu tava sem roupa aqui pra trocar. Me espera pro café!
E desculpa o modo antigo, tô sem meu celular né? Kkk beijo, Lucas"
Ri conseguindo imaginar até a cara dele pra escrever isso, mas fiquei mais tranquila por saber que ele não sumiu do nada. Aí estava mais uma confirmação quando eu pensava na personalidade do Lucas: ele conseguia ser cuidadoso ao extremo, com tudo! Deixei o papel ali por cima mesmo e fui até a minha mala separar as coisas que eu iria usar e levar para o nosso passeio de lancha, afim de descer pronta e evitar que os atrasos, realmente, viessem por nossa conta. Provavelmente, a razão era bem óbvia, mas eu estava com muita vontade de me arrumar! E por isso, separei as melhores coisas que eu havia trazido, com um bom humor ainda maior do que eu já costumava ter. Não demorei para ficar pronta, assim como a bolsa que eu estava levando com algumas coisinhas, e então arrumei meu cabelo com o óculos de sol por lá, podendo pegar a chave para sair. Confesso que não sabia se o Lucas estava em seu quarto ou o que fazer ali, mas como estava com bastante fome, decidi descer e esperá-lo lá embaixo. Não o encontrei no salão de refeições ainda, então, optei por pegar somente uma xícara de café, afim de tapear meu estômago e me sentei numa das mesas vagas, mexendo no celular e aproveitando para olhar as notificações, visto que eu nem tinha feito isso hoje.
Lucas: Tá com essa mania de não me esperar agora, né? - disse poucos minutos depois que eu me distrai ali no celular, me fazendo olhá-lo já rindo.
Nina: Tás falando muito, viu? Só tomei um café, de resto, tô aqui esperando o senhor.
Lucas: Opa, esse senhor aí me deu moral, vou nem te dá bronca mais.
Nina: Para de ser besta - ele ficou rindo e eu arrastei minha cadeira pra poder me levantar - Mas vai guri, vamos comer que eu tô com fome.
Lucas: Ôh, eu também, bora - senti seu braço pesar sobre os meus ombros e fomos assim somente até chegar a mesa, onde começamos a nos servir com o que queríamos para conseguir voltar ao lugar onde eu estava sentada antes dele chegar.
Conseguia me sentir até idiota por, em algum momento, ter medo de que a minha relação com o Lucas ficasse estremecida, caso misturássemos as coisas. Ele conseguia tornar tudo tão leve e espontâneo que nada dava lugar mais a inseguranças bobas. Nossos papos fluíam tão bem, se não melhor, quanto antes! Passamos o café inteiro conversando sobre nossas expectativas do passeio e tratando sobre o celular dele, que seria um assunto que teria de ser resolvido assim que ele chegasse no Rio. Quando terminamos, como já estávamos prontos para sair, procuramos o Neura para que ele pudesse nos ajudar quanto ao passeio e ele acabou dizendo para nós que havia decidido ir também, junto provavelmente com o grupo que teria lá na lancha. Sendo assim, a carona até o Porto de Santo Antônio foi dada por ele mesmo, no seu jipe, que tornou aquilo mais divertido ainda. Fomos rindo desde o momento que saímos da pousada até quando chegamos á lancha. Entramos lá, nos acomodando por saber que o grupo que iria era bem pequeno comparado ao que pensamos, e um moço que parecia ser quem instruiria sobre alguns pontos turísticos, disse que falaria em breve com todos nós, cumprimentando a cada um que estava lá de forma muito simpática. A lancha não demorou nada para começar a navegar e nós que estávamos em sua parte descoberta, começamos a ficar somente de trajes de banho, depois que eu avisei ao Lucas que passaria protetor em mim e nele - afinal, eu nunca vi uma pessoa que se cuide tanto quanto ele, mas esqueça justamente desse fator tão importante!
Nina: Hoje eu não ia te eleger como meu fotografo... - falei enquanto mexia na bolsa, puxando meu celular lá de dentro.
Lucas: ... Ah, pronto, lá vem! - falou rindo, me vendo já com o aparelho em mãos.
Nina: Eu juro, cara! Mas o Neura resolveu sumir aí por dentro, não posso perder a oportunidade de fotografar num lugar bonito desse, né?
Lucas: Tudo bem, vou aceitar essa desculpinha aí pra me usar como seu fotografo de novo, tá?
Nina: Que bom guri! - falei passando a mão livre em seu rosto, rindo dentre aquele clima descontraído que sempre se formava entre nós.
Lucas: Só não sei se cê vai gostar muito desse vento aí, né?
Nina: A gente dá um jeito - falei ajeitando o óculos em meu rosto e a saída que estava em meu corpo, enquanto via o Lucas já posicionando o aparelho.
Ele bateu algumas fotos minhas - a maioria espontânea, porque ele disse que eu consigo ficar ainda melhor assim! - e por essas e outras, acabei escolhendo uma que fosse dessa forma pra colocar logo no meu instagram, antes que o meu celular perdesse o sinal de uma vez por todas.
@ninabarsanti Who says I can't be free?
centraltoledo Você é linda demais, mulher, que humilhação!
ilylucco Olha esse cabelo, esse biquini, esse corpo... desisto!!
matheusalvarenga Não sabia que nesse idade já dava pra ter ataque cardíaco.
tuannedantas_ Cara, que paisagem! (em todos os sentidos, né?)
patriciaeicke Musaaa!!
barbaraaraujo Quero um corpo assim até o ano que vem, será que dá?
4lucco Por isso que cê sumiu do instagram né, rapaz @lucaslucco
marinatorquatto Todo mundo tá chorando nessa foto, você tá muito linda!
anandamrp Que saudade da minha modelo gata! Tá arrasando!
leticiatgomes Que biquini maravilhoso, Nina. De onde é?
quatrodeabril91 Vemos que Lucas tá passando muito bem, sim senhô.
O pouco que li dos comentários foi o suficiente para me fazer apagar alguns que se relacionavam ao Lucas, por conta de querer evitar que se criassem histórias na minha página, e logo bloqueei a tela, encarando toda a imensidão que tinha em minha frente. O mar era uma coisa linda, apaixonante, envolvente... e aquela calma que ele se apresentava hoje, somente com ondulações que fizessem a lancha deslizar melhor, me fez perceber que o mundo estava em calma. Pelo menos por aquele momento, tudo soprava a favor! Quer dizer, tudo e todos, de qualquer dimensão.
Lucas: Cê é linda pensativa assim... - ele disse, deixando sua voz me dar conta que ele ainda estava ali ao meu lado e me trazendo um pouco mais de volta á realidade - Mas acho que a gente tem que ir lá dentro... Ó o Neura ali - disse apontando quase para a outra ponta da lancha que, quando vi, percebi o Neuronha fazendo aceno com as mãos para que nós nos aproximássemos.
Nina: Vai, vamos lá! Bom que a gente avisa que ele vai ter que tirar foto nossa aqui também, né?
Lucas: Nossa, é?
Nina: Claro! A gente quase não tirou foto juntos e essa vista aqui vai pedir muito isso.
Lucas: Quase não tirou foto é um exagero, né, Nina? - disse rindo - Acho que eu vou é ter que te passar meu email, depois dessa viagem, pra conseguir dá conta dessas fotos tudo.
Nina: Isso mesmo! Meu celular vai voltar sem memória pro Rio
Lucas: E o meu vai chegar já no primeiro dia bombardeado de mil fotos - rimos, já fazendo o caminho lá pra onde estava o Neura, nos dando conta que o pessoal estava todo reunido e o moço que eu tinha suposto ser quase como um guia, se preparava pra falar
Neuronha: Ele vai contar um pouco do que a gente vai fazer, das paradas, onde pode mergulhar e tal - disse nos explicando, enquanto nos acomodávamos para ouvir, já nós três juntos o suficiente.
[...]
O passeio pela manhã foi incrível e depois do almoço que tivemos com a presença até do Zé Maria - dono da pousada, que fez questão ainda de bater uma foto conosco para também expôr numa parede que funcionava como um mural na entrada do estabelecimento -, era chegada aquela chata hora de ir embora. Nem dava para acreditar que tudo passou tão rápido... Noronha foi incrível! Estava lá embaixo, sentada num sofázinho e tanto as minhas coisas quanto as do Lucas já me rodeava ali, visto que nós já tínhamos nos despedido de todos, no entanto, o que eu esperava era ele que tinha ido lá em cima por conta de ter esquecido seu óculos. Aproveitei para ficar olhando, já até de forma saudosa, para alguma das tantas fotos que tínhamos tirado lá e eu quis postar uma, justo de ontem enquanto praticava slackline, porque sem sombra de dúvidas marcou um dos momentos mais engraçados desse final de semana.
@ninabarsanti Gratidão pelo agora, obrigada Noronha!
maisahoffman Que vista linda! Noronha é um sonho!
danielmaltoso Demais esse registro, hein?
neuronha Volta sempre, moça! Sempre bem vinda.
tayanasoares Esse lugar é maravilhoso!
lovewithlucco Posta foto com o Lucas, cara, nunca te pedi nada.
aguiarcamilla Tudo cooperando á uma vista perfeita... maravilhoso!
clarafontes Se tiver com o Lucas, tá muito bem acompanhada. Seja feliz!
cariocadolucco Fala pro Lucas voltar a postar =( tamo com saudade!
marycarvalho Aproveita, menina, você pode tudo!
Nem consegui ler nada dos comentários, pois logo uma sombra se fez sobre mim e me dei conta que era o Lucas bem em pé na minha frente, trazendo minha atenção totalmente á ele.Lucas: Vamos, linda?
Nina: Bora! - falei apoiando minhas mãos sobre os meus joelhos e me levantando, ficando frente a frente com ele - Conseguiu achar seu óculos?
Lucas: Aham... Eu sabia até onde tava, não sei porque não peguei - falou rindo de si próprio e eu acabei acompanhando - Nem dá vontade de ir embora daqui, né?
Nina: Não mesmo - respondi fazendo o mesmo que o Lucas já estava, pegando minhas malas - Foi muito bom, cara! - o olhei com um sorriso no rosto, trazendo intensidade o suficiente para ele entender tudo o que eu queria dizer.
Lucas: Muito especial! Obrigado - disse dando um beijo em minha testa, como já havia se tornado um costume - muito do fofo, diga-se de passagem - e que simbolizava o que existia entre nós dali pra frente: dúvidas sobre o futuro, mas um respeito inabalável que não teria o que fosse capaz de explicar.
Esse capítulo sem dúvida é o melhor, que coisa mais linda esses dois!!
ResponderExcluirSenti falta do seu recadinho no fim, Gabs ): hahahaah Amei de mais o capitulo, é sensacional como essa história me prende! Cada vez mais amando reler e reler esse capítulo é com certeza um presente. Continua logo, por favor!!! Beijão
ResponderExcluirEstou chocada com esse capítulo,não lembrava dele. Que capítulo maravilhoso e mega especial para esse casal mega especial
ResponderExcluiramo a sincronia desse casal.Gabi posta mais um capítulo hoje,por favor,tenha pena daquelas pessoas (como eu) que passam o fds em casa lendo fanfic (e a sua fanfic é a melhor do mundo)
ResponderExcluirAiiiiiii que saudadeeeeeee desse capítulo, e vou falar mais uma vez, eu amo essa cumplicidade que eles tem.
ResponderExcluirAmo muito isso cont logo
ResponderExcluirAh! Eu não sei porque eu tenho que ficar aqui comentando... Sério! Eu amo essa cumplicidade dos dois, mas eu quero treta, treta e mais treta. hahahaha VOCÊ SABE MUITO BEM ONDE EU QUERO CHEGAR, então... EU VOU AGUARDAR O PRÓXIMO CAPÍTULO BEM QUIETINHA AQUI. Beijos!
ResponderExcluirNão Gabi,treta não pelo amor de Deus. Treta não tem nada haver com a Nina e nem com o Lucas,com a Nina é tudo resolvido na base da conversa e isso é ótimo,treta não resolve nada. E posta +
ResponderExcluirSimplesmente amei, a química dos dois, as conversas os passeios, o amor e a admiração entre LUNINA só esta aumentando ♡♡♡
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