Lucas: Pessoal, vamo bater palma pra essas meninas lindas, fazendo favor! - disse balançando a multidão que acompanhava o show e atendia o seu pedido - Essas são Tainá Grando, Gabrielle Cardoso e Ju Fructuoso que vieram dá uma embelezada no meu show! Só trá - falou rindo, cumprimentando as meninas que correspondiam no nível de simpatia tanto á ele quanto ao público - Vô aproveitar e beber uma água... Um minuto, pessoal, um minuto - disse deixando a banda fazendo um ritmo de uma música qualquer, enquanto ele foi realmente pegar sua garrafinha d'água e a bebeu ali ás vistas de todo mundo, além de parecer tá conversando com dois dos caras de sua banda - Aí galera! Minha banda tá querendo meu pescoço que isso num tava no nosso repertório, mas eu tive uma boa ideia... Tem gente aqui que gosta do Seu Jorge, é? - falou levando a galera á gritar a beça - algo que até me surpreendeu, pela maioria do público presente ser bem jovem - e ele continuou - Pois é, eu sou fã desse cara! Então vamo cantar um dele, porque hoje merece! Solta aí que essa todo mundo sabe - falou virando pra banda e aquela introdução eu juro que me fez estremecer. Poderia ser uma leve ponta de ego achar que aquilo era única e exclusivamente para mim, mas minha irmã me encarou, rindo de modo que me dava certeza que eu não era a única que havia reconhecido a música e tava pensando além - "Tô namorando aquela mina, mas não sei se ela me namora! Mina maneira do condomínio lá do bairro onde eu moro... Tô namorando aquela mina, mas não sei se ela me namora! Mina maneira do condomínio lá do bairro onde eu moro. Seu cabelo me alucina, sua boca me devora, sua voz me ilumina, seu olhar me apavora. Me perdi no seu sorriso, nem preciso me encontrar, não me mostre o paraíso que se eu for, não vou voltar... Pois eu vou, eu vou! Eu digo "oi", ela nem nada, passa na minha calçada, dou bom dia, ela nem liga. Se ela chega, eu paro tudo; se ela passa, eu fico doido; se vem vindo, eu faço figa. Eu mando um beijo, ela não pega; pisco olho, ela se nega; faço pose, ela não vê; jogo charme, ela ignora; chego junto, ela sai fora; eu escrevo, ela não lê. Minha mina, minha amiga, minha namorada, minha gata, minha sina do meu condomínio, minha musa, minha vida, minha Monalisa, minha Vênus, minha deusa, quero seu fascínio!" - perdi as contas de quantas vezes o Lucas olhava lá pra cima e não aguentava o risinho por diversas horas, no meio da letra, que ele não cantou toda e fez com que isso funcionasse apenas como um recado (?)
Babi: Ai ai! - suspirou, me tirando a atenção do show onde ele já dava início á uma próxima música sua e levou o Jayme a gargalhada.
Nina: Que que foi? - me fiz de desentendida, arrumando meu cabelo e dessa vez foi ela quem riu.
Babi: Amo minha irmãzinha querendo voltar á ser inocente - falou passando o braço em meus ombros, como se fosse me abraçar.
Jayme: Faltou só trocar mina por Nina para fazer mais sentido, porque de resto...
Babi: Nesse caso nem tanto, é a mina do condomínio mesmo, né?
Jayme: É verdade! E pensando na nossa conversa lá dentro sobre Seu Jorge... É, que sacada de mestre! Pra um bom entendedor, meia palavra basta. Acho que vou aprender uma dessas pro nosso casamento, amor - falou causando gargalhada até em mim, que tava tentando ocultar qualquer riso ao perceber que eles também tinham visto aquilo da mesma maneira que eu.
Nina: Vocês são dois loucos... Vamos prestar atenção no show, vai!
Nosso clima não pesou em momento nenhum e embora eu confesso que essa música aleatória que o Lucas pôs em seu repertório mexeu com a minha cabeça em alguns momentos, consegui aproveitar ao máximo aquele show. Ele ainda fez alguns momentos que chamava fãs ao palco, algo que fazia dobrar ainda mais a admiração que eu tinha pela humildade do Lucas, e quando o show terminou foi impossível que não ficasse aquele gostinho de quero mais. Quanta leveza em um artista só! Ele era surpreendentemente bom como ser humano e profissional, o que só se confirmava o que eu pensava dele: uma raridade de pessoa.
Jayme: Vamos beber alguma coisa? Porque se formos realmente ficar pra descer lá no Lucas, é melhor esperar, né?
Nina: Aham, ele me disse que tinha atendimento pra fã depois também.
Babi: Ih... então vamos fazer isso sim! E vamos no banheiro comigo também, mana?
Nina: Vamos, também tô querendo.
Jayme: Como eu sei que vocês vão demorar é bastante lá no banheiro, como sempre, vou lá pedindo algo para nós e as espero lá, tá certo?
Nina: Tá sim!
Babi: Cuidado aí, hein! - falou dando um selinho nele, antes de partimos em direções opostas, visto os lugares que íamos.
Assim que chegamos no banheiro, encontramos o mesmo bem cheio - o que já era bem premeditado -, mas não demoramos tanto como Jayme sempre reclamava. Aproveitei um espaço no espelho para checar também como estava e depois seguimos em direção ao bar, onde ele nos esperava mexendo no celular e com dois energético além do seu, que estava em suas mãos. Pegamos os nossos e ficamos ali conversando um pouco, além da leve zoada que eles voltaram a me dar quanto a música que o Lucas cantou. Eu sentia que a minha irmã, de fato, não tinha contado ao Jayme tudo o que estava acontecendo entre mim e o Lucas, mas não precisava de muito para que ele entendesse que nós estávamos um pouquinho além da linha de amizade. Prometi a mim mesma que conversaria isso com ele depois - até porque o Jayme sempre foi um irmão para mim e eu costumava abrir bastante coisas da minha vida para ele - e seguimos nossos papos até percebermos que já estávamos há bastante tempo ali em cima. Além do que, o espaço parecia estar esvaziando, como o esperado pós o show, e então resolvemos descer para ver se conseguiríamos falar com o Lucas. Dessa vez, acho que pelos próprios seguranças até nos reconhecer, foi bem mais fácil de chegar no camarim e assim que batemos para entrar lá, até mesmo o atendimento aos fãs já parecia ter acabado.
Nina: Eu deveria ter um parecer para te dá sobre o seu show, mas não dá, viu? Tu é incrível, guri! - falei já quando chegamos perto ao Lucas e ele veio me abraçar primeiro.
Lucas: Que privilégio ouvir isso do cê! - me respondeu apertando meu corpo contra o seu e me dando uma sensação de conforto desconhecida - Fiquei muito feliz que cê veio, pô!
Nina: Eu me arrependeria e muito se não tivesse programado isso! - sorri para ele, que se afastou de mim com o mesmo gesto entre os lábios e foi cumprimentar novamente minha irmã e meu cunhado, que o rasgaram em elogios.
Lucas: Agora como cês tão vendo, né, o camarim tá cheio! Vem que eu vô apresentar cês pro pessoal tudo que tá aqui.
Nina: Eles são da sua banda?
Lucas: Alguns sim, outros são só da equipe... Mas tamo tudo em casa, cês vão gostar, vem cá!
Terminou essa frase puxando a mim pela mão, que fomos acompanhados pelo Jayme e pela Babi para mais perto de onde as pessoas estavam. Ele chamou a atenção deles, nos apresentando por nome e deixando-nos saber os deles também - que embora eu tenha esquecido a maioria logo de cara, todos foram extremamente amigáveis. Não demorou nada para que já estivéssemos juntos, sentados ali e trocando uma grande ideia. O pessoal da banda do Lucas eram muito engraçados, além de simpáticos porque nos trataram como se já nos conhecêssemos a anos! Só fui sair daquele papo e daquela atmosfera tão gostosa que havia se estabelecido ali dentro quando o Lucas mesmo quem me chamou, de modo que só eu ouvisse, e a gente acabou indo pra perto da bancada que ficavam suas coisas.
Lucas: Acho que cê tá esquecendo de me falar o que queria conversar comigo antes do show... - falou pegando sua garrafinha d'água para beber.
Nina: Ah, é verdade! Tu não esqueceu, hein? Ficou curioso?
Lucas: Um pouco - disse descontraído, levando a água a boca e eu ri.
Nina: Não é nada demais! Quer dizer... Até é, mas tu não podes encarar assim, senão vai parecer que já tão achando que tem algo muito sério acontecendo e... - olhei para o Lucas, interrompendo aquela minha fala desenfreada e ele tava com um sorriso incontido no rosto, percebendo minha tensão.
Lucas: Que que cê quer falar que tá te deixando tão nervosa assim?
Nina: Não é o que eu quero falar que tá me deixando nervosa, é o que tu vai pensar disso que tá.
Lucas: Cê precisa me falar pra eu saber, né? Mas eu posso te garantir que não pensarei nada de ruim.
Nina: É minha mãe... Ela tá querendo te conhecer! Mas não por nada assim, é porque ela sempre diz que quer te agradecer por toda ajuda que tu me deu desde que eu fui pro Rio.
Lucas: Eu entendi, fica tranquila - disse deixando a garrafinha na bancada novamente, com um sorriso entre os lábios - Mas eu também quero conhecê-la! Vai ser maneirão.
Nina: Tás falando sério?
Lucas: Claro, por que não? Sempre disse que queria conhecer sua família, cê sempre fala deles... E bom, sua irmã e seu cunhado eu conheci, né? Falta sua mãe, pelo menos.
Nina: É, meu pai é melhor a gente nem colocar nessa lista.
Lucas: Por enquanto sim - disse rindo, tentando não deixar uma tensão por ali - E tem mais, cê também já conheceu meus pais, né? Inclusive, minha mãe tá te adorando, sabia?
Nina: Sério? Na primeira vez que eu a vi, eu jurei que ela não tinha ido muito com a minha cara - ele riu da forma sincera que eu falei.
Lucas: Ela só é cuidadosa assim memo, mas desde que a gente foi pra Noronha e ela soube que eu só liguei pra dá recado, porque cê insistiu e ainda me deu o telefone, cê ganhou o coração dela.
Nina: Mães, né? - acabei rindo - Mas tá bom, então! Minha mãe disse que eu podia te chamar pra comer lá, ou almoçar ou jantar, mas eu acho melhor hora do almoço, né?
Lucas: Ah é! Cê vai hoje comigo lá pro hotel e amanhã a gente vai juntos pra casa dela - a minha cara não conseguiu ocultar o fato de eu não estar conseguindo processar aquelas palavras que ele havia acabado de dizer.
Nina: A gente o quê? Eu vou o quê? - falei toda embaralhada, ainda lidando com aquela confusão mental de assimilar se aquilo era um convite ou provocação.
Lucas: Cê vai comigo pro hotel... Tô querendo sua companhia, pô.
Nina: Tás falando sério?
Lucas: Cê tá gostando dessa pergunta ou eu sou muito palhaço memo, né? - acabei rindo da forma que ele falou - Claro que tô! Até porque a gente tem umas coisinhas pra se entender né, Nina?
Nina: Temos? Tô sabendo disso aí não - fingi dar de ombros, tentando manter a seriedade.
Lucas: Ah, mas vai saber se cê for! - falou com uma falsa ingenuidade na voz, mas o sorriso malicioso em seus lábios ia contra todo seu esforço. Embora aquilo trouxesse a tona uma pontinha de vergonha, só pelos pensamentos do que eu tinha certeza do que viria a acontecer, não poderia negar a mim mesmo o desejo que estava de ir.
Nina: Só vou por uma coisa... Não quero ser tão ruim quanto a mina do seu condomínio - falei fazendo clara referência a música que ele havia cantado e ele gargalhou, entendendo o recado.
Lucas: Cê se ligou, é?
Nina: Se não foi um ápice do meu ego, acho que sim.
Lucas: Que bom que cê tá espertinha - falou rindo, claramente zombando da minha cara.
Nina: Tem alguém me zoando aí? Acho que vou repensar nossos planos, viu?
Lucas: Nem vem! Cê que tá em dívida comigo depois de me enganar.
Nina: Eu te enganei pra uma coisa boa, nem era pra tá me cobrando isso.
Lucas: Me deixa arrumar uma desculpa pra levar ocê pro meu hotel - falou passando o braço em meus ombros, bem próximo ao meu ouvido, só para que eu escutasse.
Nina: Que safado! Tens vergonha não? - disse batendo com a minha mão em seu peito.
Lucas: Eu? Nem um pouco - falou rindo, mas sem me deixar responder sequer outra coisa, quando vimos minha irmã se aproximar de nós e deixando o Jayme ainda lá em um papo com o Willi.
Babi: Meus amores... Acho que a gente já vai, né?
Nina: Já, mana?
Babi: Tás querendo ficar mais um pouco?
Nina: Na verdade... - falei dando essa pausa mesmo, porque eu sabia exatamente qual cara a Babi me olharia ao saber que eu iria pro hotel com o Lucas! - Eu vou ficar! Vou voltar com o Lucas.
Babi: Ah tá... - ela disse sem conter o sorriso e eu tenho certeza que o Lucas, assistindo aquela cena, fez a mesma coisa - Então... Eu e Jayme vamos, né?
Nina: Uhum - assenti a encarando, querendo que ela nem ousasse a insinuar alguma coisa em voz alta.
Babi: Jayme! Vem cá! - falou desconectando nossos olhos e chamando meu cunhado - Lucas, tu és demais! Seu show foi foda, sem palavras - disse voltando a atenção ao Lucas.
Lucas: Que isso, foi um prazerzaço ter cês aqui! Brigadão.
Jayme: Que foi? Vamos? - ele disse logo que se aproximou de nós.
Babi: Aham, né? Se despede deles aí.
Jayme: Deles? - vi suas sobrancelhas arquearem e ele voltou aos olhos á mim que juro nem consegui encarar. Minha timidez andava aguçada demais!
Babi: É, só vamos voltar nós dois...
Jayme: Hm, então tá bom! - falou com um sorriso nos lábios que também não precisávamos ser muito perceptivos para ver uma dosagem de malícia ali, mas graças a Deus, não disse nada.
Babi: Ah, não esquece de falar com ele do convite da minha mãe hein, sista!
Nina: Eu já falei! Tu aproveita e avisa á ela que a gente vai almoçar... Pode ser?
Babi: Tás certo! Beijo, viu? De novo, foi incrível seu show, Lucas, parabéns - disse se despedindo dele, com um abraço.
Lucas: Obrigado, Babi, voltem mais, tá bom?
Babi: Voltaremos com certeza! Até amanhã! - sorriu para ele e logo veio me dá um abraço - Fica com Deus... Aproveita e nem precisa de juízo, perde um pouquinho que já tens demais - falou isso mais baixo, só para que eu ouvisse, nos fazendo gargalhar.
Jayme: ... Cuidado com ela, é sempre bom lembrar - quando me afastei da Babi, só consegui ouvir essa parte do que o meu cunhado falava com o Lucas.
Nina: Ou! - falei pra ele, meio que me intrometendo na conversa e sentindo meu rosto queimar levemente.
Jayme: Que foi? O guri aqui é gente boa, mas é sempre bom avisar, né? - disse dando um tapinha de leve nos ombros do Lucas, que só ria.
Lucas: Pode ficar tranquilo que eu cuido!
Nina: Gente, para com isso, que vergonha - falei passando a mão em meu rosto e isso só acentuava a graça para eles, dessa vez sobrando risada até para a minha irmã
Babi: Vai, amor, vamos embora antes que a Nina queira nos deserdar da família - falou entrelaçando a mão na dele.
Jayme: Ela não faz isso comigo não! - disse ainda em clima de brincadeira e se aproximou de mim, segurando meu ombro com a mão livre e deixando um beijo em meu rosto - Amanhã vocês estão lá, né?
Nina: Uhum - assenti com a cabeça - Vão com Deus, beijo - nos despedimos deles mais uma vez, que passaram pelo Willi e mais algumas pessoas da banda que estavam ali dentro acenando como despedida, logo saindo do camarim e me deixando ali com o Lucas.
Lucas: Muito figura eles! - disse ainda com um resquício de riso entre os lábios.
Nina: Ainda tem minha mãe amanhã! Espero que eu não passe muita vergonha, porque eles tão realmente achando que eu voltei á adolescência - rimos
Lucas: Relaxa, cê já viu mais ou menos como é a minha família, né? Só levar tudo na brincadeira
Nina: É o que eu faço - ri, ajeitando meu cabelo.
Lucas: Olha só, vou vê com o Alê umas coisas aqui rapidinho e já venho pra gente poder ir, tudo bem?
Nina: Claro! Faz suas coisas sem pressa, não tem problema - ele assentiu, deixando um beijo no topo da minha cabeça e se aproximou das pessoas que trabalhavam para ele, enquanto eu me dei a liberdade de sentar em um dos sofás que tinham lá.
Puxei o meu celular da bolsa para ficar olhando as novidades, rolando as minhas redes sociais e realmente o Lucas não demorou quase nada para vir me chamar. Enquanto saíamos do camarim, eu descobri que nós iríamos todos juntos - nós dois + sua equipe e banda - numa van, o que me fez ficar levemente desconcertada, mas eles eram tão receptivos que chegava a ser um pecado da minha parte me sentir assim. Além do quê, acho que pela adrenalina do pós show, todos estavam engraçadíssimos e foram falando por todo o caminho. O hotel onde eles estavam hospedados era bem ali perto, eu o conhecia inclusive, e logo que descemos lá, eles se despediram rápido e superficialmente para seguirem cada um para os seus quartos.
Lucas: Olha como esse quarto tá arrumado, esse tal de Lucas Lucco é um organizado memo - disse fechando a porta, depois que me deu passagem e me deixou entrar no quarto que ele estava hospedado.
Nina: Seria uma pena se eu soubesse que existe uma profissão chamada camareira, né?
Lucas: Cê tá me desvalorizando, é? - falou me fazendo rir, enquanto eu deixava minha bolsa sobre um móvelzinho que tinha lá.
Nina: Tu achas mesmo? - ele acabou rindo comigo, percebendo o falso ar de inocência na minha voz - Ah, eu posso colocar minhas coisas aqui? - disse fazendo referência ao móvel que eu já estava pondo minhas coisas.
Lucas: Claro, né? A vontade, lindona - sorri para ele, que tirava seus tênis de um jeito todo torto, sem nem se sentar e aproveitei para me livrar dos meus acessórios também, os deixando ali por cima. Tirei meus sapatos, que eram bem mais fáceis de fazer sem precisar me apoiar em algum lugar, mas me desconcentrei um pouco quando senti alguém se aproximar. Eu sabia que não precisávamos trocar muitas palavras para entender qual clima se instalava, pouco a pouco, ali.
Senti o corpo do Lucas completamente contra o meu quando ainda estávamos ali, de pé. Me virei para que conseguisse enxergar o seu rosto, quando senti suas mãos imobilizarem cada parte de mim: uma segurava minha cintura, enquanto a outra subia urgentemente em minha nuca, adentrando alguns fios do meu cabelo e permitindo que nossos lábios se encontrassem de uma vez por todas. Era incrível o quanto eu gostava de sentí-lo comigo!
Correspondi aquele beijo deixando minhas mãos passeando pelo seu corpo e depois de percebermos o quanto nos faltava o ar, Lucas arrastou sua boca até o meu pescoço, onde não consegui conter um gemido de satisfação. Agarrei seus ombros, aproveitando a liberdade que meu corpo estava, visto os braços do Lucas terem descido até o meu quadril e antes ainda dele volta á beijar a minha boca, ele me impulsionou para cima, me vendo entrelaçar as pernas em volta do seu corpo. Nos beijamos novamente, já completamente tomados pelo desejo e pela ânsia de nos termos. Não sabíamos direito onde estávamos indo e nem sequer nos preocupávamos se batíamos em alguma coisa, só queríamos chegar em algum lugar que nos permitisse nos pertencer, de uma vez por todas.
Suas mãos apertavam minha bunda, enquanto eu arranhava suas costas e nuca - deixando as minhas, por ora, embaixo do pano de sua camisa - e toda aquela atmosfera nos fazia entender que química era uma coisa que não faltava em nós. Havia tesão por todo canto, capaz de nos transformar em pessoas completamente diferente do que éramos antes e depois do estado de comunhão. Naquele momento não havia timidez, receios ou pudores. Eu queria ser dele e ele já era meu, antes mesmo de perceber. Nossos corpos davam claros sinais disso, todos os nossos encontros tornavam-se familiares. Sua boca arfava contra a minha e então senti o colchão ir contra as minhas costas, da mesma maneira que o seu corpo pesou sobre o meu. Nos mexíamos até com certo desespero um contra o outro, ansiosos demais para usar a lentidão do romantismo, e as peças de nossas roupas foram sumindo como mágica. Na verdade, a mágica começava quando nossas peles entravam em contato intenso e mostrava que aqueles panos, que antes nos compunham, não eram capazes de sustentar toda quentura que vinha de dentro de nós, todo aquele fogo que literalmente nos consumia.
Completamente nus, Lucas e todo seu prazer em se manter no controle me fez perder a linha apenas com a maneira que começava a me torturar: Suas mãos em minhas coxas aproveitaram a minha distração enquanto beijava e arrastava os meus dentes pelo seu pescoço, e abriram um pouco mais das minhas pernas, pressionando seu membro completamente excitado contra minha intimidade. Minha boca não soube fazer mais nada além de exprimir o desejo. Se movimentando próximo a minha entrada, ciente de que aquilo me faria perder todo controle, Lucas segurou os meus braços acima da minha cabeça e se manteve na posição de me comandar, enquanto ainda arrastava sua boca pelo meu corpo e me causava prazeres múltiplos. Ele marcava a minha pele inteira e eu não conseguia responder por mim, tentando fazê-lo entender isso muito além dos gemidos que saíam incontrolavelmente; enrolei minhas pernas em sua cintura, nos aproximando ao máximo que conseguia e deixando claro o quanto eu o queria, de uma vez por todas, aqui, em mim.
Nossos suores existiam na pele, mas os rostos de desejo e o clima de excitação fazia toda aquela cena se transformar em beleza: nada fazia mais sentido para nós, além do que passava a existir ali. Meus seios batiam a todo momento contra seu peitoral, visto todo descompasse de nossas respirações e assim que tive meus braços livres, agarrei as costas de Lucas e o deixei por baixo de mim, causando surpresa á ele minha atitude. Mas a sua cara de satisfação não negou o quanto havia gostado... Aliás, toda essa minha transformação deveria causar impacto, porque ao tempo que ele me olhava com as expressões faciais pegando fogo, sua surpresa por trás de cada coisa que eu fazia era nítida. Passeei com a ponta das minhas unhas pela lateral do corpo de Lucas - a quem eu provocava chegando bem próximo á seus lábios e me afastando, com um sorriso malicioso pelo rosto - e quando deixei que nossas bocas se encostassem, apenas puxei seu lábio inferior e desci com a minha língua, dessa vez, seguindo a trilha de seu peitoral. Me arrastei junto á aquele movimento e quando cheguei em seu membro, que pulsava e retratava todo tesão de Lucas frente á nós, senti uma de suas mãos enlaçarem meu cabelo com força. Levantei meus olhos para olhá-lo, encontrando-o com os seus completamente fechado e a língua passando entre os próprios lábios, e aquilo me encorajou para que fizesse o que deveria ser feito. Lucas balbuciou o meu nome e arfava tão incontrolavelmente quanto eu, quando estava em posição de tortura. Eu percebi o momento em que ele não ia aguentar e mais selvagem ainda do que a minha imaginação poderia alcançar, Lucas me puxou dali, logo girando os nossos corpos para se manter no controle. Beijou a minha boca com desespero e nem se importava mais com o ar que já nos faltava com frequência. Era como uma demarcação de território e ele queria me deixar claro á quem eu pertencia. Travamos quase uma briga para saber quem controlava quem e o campo de batalha não poderia ser mais erótico do que aquela cena montava. Nossos corpos só se afastaram por um momento, quando Lucas buscou um preservativo e em pouco tempo, já sentia seu corpo sobre meu e minhas unhas em sua pele. Premeditava o que estaria por vir e já arfava, de tanto prazer. Ele ainda fitou o meu corpo, me fazendo lembrar da minha alta vergonha por alguns segundos, mas tudo desapareceu das minhas vistas quando o senti dentro de mim de uma vez por todas.
Meus olhos fecharam na mesma proporção que eu arranhava suas costas e nada se equipararia aquela sensação. Quanto mais eu pedia ou gemia, Lucas se movimentava por dentro de mim, fazendo com que eu o desejasse cada vez mais e menos quisesse que aquilo tivesse fim. Incrivelmente, por mim poderia durar não somente essa noite inteira, como a vida. E não nos importávamos como isso... Ali existiam duas metades que conseguiam se entregar completamente, por inteiro. Formávamos um da forma mais livre que os seres humanos podem ser; mexíamos com corpo e com alma, com instinto e sentimento. Era como se nos sentíssemos... Em casa.
Correspondi aquele beijo deixando minhas mãos passeando pelo seu corpo e depois de percebermos o quanto nos faltava o ar, Lucas arrastou sua boca até o meu pescoço, onde não consegui conter um gemido de satisfação. Agarrei seus ombros, aproveitando a liberdade que meu corpo estava, visto os braços do Lucas terem descido até o meu quadril e antes ainda dele volta á beijar a minha boca, ele me impulsionou para cima, me vendo entrelaçar as pernas em volta do seu corpo. Nos beijamos novamente, já completamente tomados pelo desejo e pela ânsia de nos termos. Não sabíamos direito onde estávamos indo e nem sequer nos preocupávamos se batíamos em alguma coisa, só queríamos chegar em algum lugar que nos permitisse nos pertencer, de uma vez por todas.
Suas mãos apertavam minha bunda, enquanto eu arranhava suas costas e nuca - deixando as minhas, por ora, embaixo do pano de sua camisa - e toda aquela atmosfera nos fazia entender que química era uma coisa que não faltava em nós. Havia tesão por todo canto, capaz de nos transformar em pessoas completamente diferente do que éramos antes e depois do estado de comunhão. Naquele momento não havia timidez, receios ou pudores. Eu queria ser dele e ele já era meu, antes mesmo de perceber. Nossos corpos davam claros sinais disso, todos os nossos encontros tornavam-se familiares. Sua boca arfava contra a minha e então senti o colchão ir contra as minhas costas, da mesma maneira que o seu corpo pesou sobre o meu. Nos mexíamos até com certo desespero um contra o outro, ansiosos demais para usar a lentidão do romantismo, e as peças de nossas roupas foram sumindo como mágica. Na verdade, a mágica começava quando nossas peles entravam em contato intenso e mostrava que aqueles panos, que antes nos compunham, não eram capazes de sustentar toda quentura que vinha de dentro de nós, todo aquele fogo que literalmente nos consumia.
Completamente nus, Lucas e todo seu prazer em se manter no controle me fez perder a linha apenas com a maneira que começava a me torturar: Suas mãos em minhas coxas aproveitaram a minha distração enquanto beijava e arrastava os meus dentes pelo seu pescoço, e abriram um pouco mais das minhas pernas, pressionando seu membro completamente excitado contra minha intimidade. Minha boca não soube fazer mais nada além de exprimir o desejo. Se movimentando próximo a minha entrada, ciente de que aquilo me faria perder todo controle, Lucas segurou os meus braços acima da minha cabeça e se manteve na posição de me comandar, enquanto ainda arrastava sua boca pelo meu corpo e me causava prazeres múltiplos. Ele marcava a minha pele inteira e eu não conseguia responder por mim, tentando fazê-lo entender isso muito além dos gemidos que saíam incontrolavelmente; enrolei minhas pernas em sua cintura, nos aproximando ao máximo que conseguia e deixando claro o quanto eu o queria, de uma vez por todas, aqui, em mim.
Nossos suores existiam na pele, mas os rostos de desejo e o clima de excitação fazia toda aquela cena se transformar em beleza: nada fazia mais sentido para nós, além do que passava a existir ali. Meus seios batiam a todo momento contra seu peitoral, visto todo descompasse de nossas respirações e assim que tive meus braços livres, agarrei as costas de Lucas e o deixei por baixo de mim, causando surpresa á ele minha atitude. Mas a sua cara de satisfação não negou o quanto havia gostado... Aliás, toda essa minha transformação deveria causar impacto, porque ao tempo que ele me olhava com as expressões faciais pegando fogo, sua surpresa por trás de cada coisa que eu fazia era nítida. Passeei com a ponta das minhas unhas pela lateral do corpo de Lucas - a quem eu provocava chegando bem próximo á seus lábios e me afastando, com um sorriso malicioso pelo rosto - e quando deixei que nossas bocas se encostassem, apenas puxei seu lábio inferior e desci com a minha língua, dessa vez, seguindo a trilha de seu peitoral. Me arrastei junto á aquele movimento e quando cheguei em seu membro, que pulsava e retratava todo tesão de Lucas frente á nós, senti uma de suas mãos enlaçarem meu cabelo com força. Levantei meus olhos para olhá-lo, encontrando-o com os seus completamente fechado e a língua passando entre os próprios lábios, e aquilo me encorajou para que fizesse o que deveria ser feito. Lucas balbuciou o meu nome e arfava tão incontrolavelmente quanto eu, quando estava em posição de tortura. Eu percebi o momento em que ele não ia aguentar e mais selvagem ainda do que a minha imaginação poderia alcançar, Lucas me puxou dali, logo girando os nossos corpos para se manter no controle. Beijou a minha boca com desespero e nem se importava mais com o ar que já nos faltava com frequência. Era como uma demarcação de território e ele queria me deixar claro á quem eu pertencia. Travamos quase uma briga para saber quem controlava quem e o campo de batalha não poderia ser mais erótico do que aquela cena montava. Nossos corpos só se afastaram por um momento, quando Lucas buscou um preservativo e em pouco tempo, já sentia seu corpo sobre meu e minhas unhas em sua pele. Premeditava o que estaria por vir e já arfava, de tanto prazer. Ele ainda fitou o meu corpo, me fazendo lembrar da minha alta vergonha por alguns segundos, mas tudo desapareceu das minhas vistas quando o senti dentro de mim de uma vez por todas.
Meus olhos fecharam na mesma proporção que eu arranhava suas costas e nada se equipararia aquela sensação. Quanto mais eu pedia ou gemia, Lucas se movimentava por dentro de mim, fazendo com que eu o desejasse cada vez mais e menos quisesse que aquilo tivesse fim. Incrivelmente, por mim poderia durar não somente essa noite inteira, como a vida. E não nos importávamos como isso... Ali existiam duas metades que conseguiam se entregar completamente, por inteiro. Formávamos um da forma mais livre que os seres humanos podem ser; mexíamos com corpo e com alma, com instinto e sentimento. Era como se nos sentíssemos... Em casa.
[...]
Acordei sentindo que era muito mais tarde do que eu estava acostumada a despertar e constatei isso quando abri os meus olhos e não vi o Lucas pela cama. Revirei por ela, me espreguiçando um pouco e vi que tinha um celular ali no criado mudo - que era o dele, obviamente, pois o meu estava no outro móvel. Ou seja, ele ainda estava por aqui. Me sentei na cama, me dando conta que a porta do banheiro estava fechada e ele devia estar por lá, e puxei o aparelho dele só para descobrir a hora. O relógio apontava para ás 09:56 e eu me peguei admirando a foto que estampava sua tela de bloqueio, ele e sua família. Cada vez mais eu me pego encantada pelas pequenas coisas que eu vejo, descubro ou das próprias ações dele, que eu não conseguia nem sequer dimensionar isso. Coloquei seu celular novamente onde estava e acabei me deitando de novo, forrando nos meus pensamentos aquela ideia de só cinco minutinhos. Obviamente, ultrapassei todos eles.
Lucas: Poxa, pensei que ia ficar com a parte boa de te acordar - falou levando minha atenção para si - e como! - ao sair do banheiro somente de shorts, passando a toalha nos cabelos molhados e deixando exposto seus músculos superiores pela falta de camisa.Nina: Ih, acho que vai ficar pra próxima - falei muito mais concentrada em ajeitar a camisa dele que eu estava vestindo, me dando conta que ela estava levantada quase na altura da minha barriga pelo tanto que devo ter me mexido dormindo.
Lucas: Agora sim é um bom dia com a certeza que teremos próxima - falou me fazendo até estremecer ao perceber que me preocupei tanto em outras coisas, que me esqueci de filtrar a minha boca - Relaxa, linda, eu tô brincando - disse rindo, jogando a toalha num pequeno sofá que tinha lá e vindo até mim, que ainda me mantinha deitada - Quer dizer, não tô não, me deixou feliz memo, mas sem crise de vergonha.
Nina: Acho que eu tô precisando comprar um filtro pra minha boca, isso sim.
Lucas: Eu num tô achando nada, ela tá ótima - falou encurvando o corpo e selando nossos lábios, antes mesmo que eu respondesse alguma coisa.
Nina: Bom dia, né? - sorri, sem disfarçar o quão bem aquilo estava me fazendo e aproveitei quando ele me deu espaço, para me levantar - Acho que vou tomar um banho também, né?
Lucas: Cê que sabe, pode ser! Te espero pra gente descer pra tomar café.
Nina: Tá bom então, deixa eu só achar o meu vestido.
Lucas: Eu achei e peguei, coloquei aí perto de onde você deixou suas coisas.
Nina: Ai, obrigada - sorri levemente aliviada, indo pegá-lo.
Lucas: Precisei quase de um gps, viu?
Nina: Ainda bem que a culpa desse sumiço dele não foi minha - falei rindo, passando para o banheiro e de lá ainda conseguia ouvir o som da risada do Lucas.
Fiz minhas higienes pessoais como dava ao passo que me despia e logo entrei no box, conseguindo tomar um bom banho para iniciar bem o dia. Não ficava muito confortável em vestir as mesmas peças que estava ontem, mas como não tinha muito jeito, foi o que fiz assim que terminei de me banhar e saí amarrando meu cabelo em um coque frouxo.
Nina: Vai ser bem estranho eu descer pra tomar café com essa roupa, né?
Lucas: Eu tava te achando linda com a minha camisa, mas ainda acho que desse jeito vai ser melhor, viu?
Nina: Eu tô falando sério - falei rindo daquele tom de divertimento que o Lucas sempre gostava de usar - Mas ah, falando em sua camisa, coloco ela aonde? - disse mostrando a peça que estava em minhas mãos, dobrada.
Lucas: Deixa aí em cima memo, daqui a pouco eu arrumo.
Nina: Beleza, então! Agora vamos descer, não tem outro jeito e a fome tá começando a aparecer.
Lucas: Bora - disse pegando seu celular e se levantando da cama, onde estava a minha espera já com uma camisa também vestida - Ah, depois que a gente subir já posso me arrumar pra gente ir lá pra sua mãe?
Nina: Acho melhor, né? E eu também preciso trocar essa roupa.
Lucas: Eita que cê cismou com ela, hein?
Nina: Tô desde ontem com ela, né?
Lucas: Desde ontem linda - falou passando a mão na minha cintura, antes de chegarmos a porta e dando um leve cheirinho no meu pescoço que me fez arrepiar ali mesmo.
Soltei um sorriso que ele, com certeza, conseguiu ver, mas nós logo saímos juntos pelos corredores, descendo no elevador e indo até o salão de refeições ver o que tinha para o café da manhã. Assim que entramos lá, avistamos o Willi - que já comia, porém dessa vez sozinho - e acenamos para ele, antes de ir pegar nossas coisas e depois seguindo até a sua mesa, acompanhá-lo.
Nina: Bom dia, Willi - disse tentando parecer um pouco mais solta, puxando a cadeira para me sentar e me ajeitando nela.
Lucas: Bom dia, parceiro - cumprimentou ele com um toque de mão, antes de se sentar.
Willi: Bom dia, bom dia! Cês encontraram alguém aí no corredor?
Lucas: Não... Descemos só nós dois até no elevador, nem desconhecido passou por nós - falou rindo
Willi: Porra, ou tá todo mundo dormindo ou todo mundo acordou, desceu e voltou pro quarto... Num apareceu ninguém e tô aqui faz é tempo.
Lucas: Ah, será que eles acordaram tudo cedo? Não é possível
Willi: Também acho, né? Depois de show ainda.
Lucas: Sei lá também, mlk!
Willi: Êta, Nina, cê é dessas vibes saudável aí também? - falou trocando o assunto ao fazer referência ao meu prato, onde eu só tinha colocado uma fatia de ricota, um pequeno pedaço de melancia e uma tira de panqueca, que eu pus um fio de mel.
Lucas: Essa é das minhas, filho!
Nina: Também não exagera, olha o seu que diferença! - disse a respeito da sua alimentação, que incluía no café da manhã algumas tiras de panquecas com fio de mel, assim como eu, mas acrescentando uma boa quantidade de ovos mexidos.
Willi: Esse cara é um monstro, sou mais meu humilde pãozinho com muita manteiga, minha torrada com geleia e com direito á café.
Nina: Ah, café eu amo também! Se eu aguentar, ainda tomo uma xicarazinha.
Willi: Vai aguentar não, Nina, vai ter espaço aí não, ou
Nina: Sou magra, mas também não é pra tanto, né? - falei rindo e causando isso neles também.
Lucas: Willi também num tá podendo falar de ninguém, né?
Willi: Sô magro não, rapaz, sou gostoso, isso sim.
Nina: Toda vez que alguém fala pra minha irmã que ela é magrela, ela responde isso - falei rindo, lembrando até mesmo das vergonhas que a Babi já me fez passar com essa resposta na ponta da língua.
Willi: Ah, mas sua irmã, Nina! Ó, se seu cunhado não fosse um cara tão gente boa, eu deixaria em aberto a ideia de furar o olho dele... - gargalhei e o Lucas acabou por me acompanhar também, não conseguindo deixar o Willi sério.
Lucas: Esse porra num vale nada memo! - falou ainda recuperando o ar
Nina: Mas eu entendo, ela é gata a beça mesmo. Toda gaúcha, né?
Willi: Típica! Mas agora falando sério, tirando essa diferença de olho e cabelo, cês se parecem a beça, viu?
Lucas: Eu já num te falei isso? Ela não acredita nisso não - falou olhando diretamente á mim.
Nina: Como é que vocês conseguem achar? - falei rindo - Mas tá certo, acho que isso valeu como elogio também, né?
Willi: Ôh, pode aceitar!
Lucas: Agora que tá solteiro tá assim ele.
Willi: Relaxa, mlk, cê também é gente boa, seu olho eu não furo não - disse batendo nas costas do Lucas de leve e a minha bochecha formigar quase de imediato - Tô brincando, hein, precisa ter gente que vai ficar igual tomate não! - falou rindo e eu vi o Lucas acompanhá-lo.
Lucas: Quanto mais a gente falar, mais ela vai ficar...
Nina: ... Então parem, gente - falei já rindo de mim mesma.
Willi: Pronto, parei! Cê tem que gostar de mim, posso ficar fazendo essas graças não.
Nina: Brigada! - falei tentando soar mais descontraída, ainda rindo.
Depois disso, eles acabaram puxando um assunto sobre o show de ontem e mesmo o Willi tendo terminado bem antes de nós, esperou a gente finalizar nossa refeição para podermos subir todos juntos. Lucas avisou que não embarcaria com eles no voo particular que já estava reservado para a equipe e acabou que a gente se despediu ali mesmo no corredor, até porque não tínhamos certeza se conseguiríamos nos ver.
Lucas: Cê que é uma pessoa que conhece bem a cidade... Sabe o número de algum táxi aqui?
Nina: Sei... Mas por que?
Lucas: Número um que a gente vai precisar pra ir pra sua casa, né? Eu não tô com carro aqui e cê veio ontem com a gente, então... - um fato: eu realmente tinha me esquecido disso - E outro que eu conheço um tatuador fera aqui, tava querendo dá uma passada lá no estúdio. Aí vô mandar uma mensagem pra ele, mas preciso tá certo que vou, né?
Nina: Entendi! Quanto á minha casa a gente pode, realmente, pedir um táxi, mas se tu for tatuar, eu te levo, pô! Vai lá da minha casa e eu te deixo lá, sem problema nenhum... pego ou o carro da minha mãe ou da minha irmã.
Lucas: Nem precisa se incomodar...
Nina: ... Não tem mais essa entre a gente, tem? - acabei o interrompendo
Lucas: Tudo bem, vai - ele soltou relutante, mas acabou deixando um sorrisinho no canto da boca.
Nina: Mas vem cá, tem espaço ainda, é? - falei rindo, me referindo ao corpo dele e todas as suas tatuagens, enquanto me sentava lá na cama. Não demorou muito para ele vir também.
Lucas: Ôh, como tem! E deixa eu deitar aí - falou fazendo referência ao meu colo, me vendo dobrar as pernas e ele se deitou ali.
Nina: Que que tás pensando em rabiscar, hein?
Lucas: Não sei, eu sempre decido quando tô no estúdio... Inclusive, minha última tattoo eu fiz aqui memo no Sul, sabia?
Nina: Sério? O que tu fez?
Lucas: Uma aqui na coxa, depois te mostro - o ouvia, enquanto mexia e bagunçava seus cabelos ainda úmidos - Cê num tem tattoo não, né?
Nina: Nenhuma!
Lucas: Gosta não?
Nina: Tenho um pouco de medo de me viciar e pra trabalhar fica meio complicado no mundo da Moda, né? Restringe muito.
Lucas: Ah é, isso é! Tipo, até dá pro cê fazer uma pequena ou mais escondida e tal, o foda é o vício. Vê só eu, né?
Nina: Quase gibi - rimos - Ei, eu sei que tás aqui muito bem confortável, mas a gente não ia lá na minha mãe?
Lucas: Cê tá percebendo que eu num tô podendo encostar em lugar nenhum, né? - falou rindo, zombando do próprio cansado.
Nina: Se tu quiser, eu marco pra gente ir lá mais tarde.. Ou então dorme mais um pouco, ainda tá de manhã, tá cedo pra almoço, né?
Lucas: Não, bora lá! Tô querendo conhecer sua mãe, sérião - falou dando impulso pra se levantar logo.
Nina: Ela é mais parecida comigo quanto á personalidade, Babi que veio com uma dose de espevitada á mais - disse vendo o rir.
Lucas: Ah, mas ela é tranquila também, pô! Cês três juntas deve ser mó paz!
Nina: Ela é, mas se comparar comigo e com a minha mãe, é a menos... Tu vai tirar suas próprias conclusões quando chegar lá.
Lucas: É, isso memo! Agora deixa eu pegar uma roupa pra trocar, me arrumar aqui e vai ser sua vez de ficar esperando, né?
Nina: Tem problema não, se ajeita aí tranquilo! - sorri para ele, antes de pegar meu celular.
Fiquei dando uma olhadinha em todas as minhas notificações, depois ocupando meu tempo nas redes sociais e ainda sobrou para que eu me lembrasse de rolar a minha agenda, afim de achar o número de algum taxista por aqui. Lembrei de um que sempre fazia alguns favores ao meu pai e achei que convinha mandar uma mensagem para ele, vê se assim conseguia contato.
Nina: Lucas... - disse chamando sua atenção pra mim, ele que já tinha trocado a roupa e até mesmo se arrumado, agora somente organizando suas coisas e a mala - Quando tu tiver terminando, me avisa que eu tento ligar pro taxista, tudo bem?
Lucas: Cê conseguiu o número de alguém aí? Porque eu tava pensando também que na recepção deve ter, né?
Nina: Ah é, sempre tem! Mas eu lembrei de um cara aqui, se a gente não conseguir falar com ele, descemos pra vê.
Lucas: Tranquilo, pô - falou colocando algo que parecia ser seus carregadores e fones dentro da mala para enfim fechá-la.
Nina: Tu vai embora hoje, Lucas?
Lucas: Não, amanhã eu tenho coisa pra fazer aqui ainda também! Não pense que cê vai se livrar de mim assim tão cedo.
Nina: Até parece, né? Mas se tu tem coisa pra fazer, provavelmente, a gente nem vai se ver, não?
Lucas: Ah, a gente dá um jeito! É uma gravação aí... Qualquer coisa a gente se encontra de noitinha. Só vô voltar pro Rio na sexta de manhã.
Nina: Ih, falando nisso, eu ainda nem comprei minha passagem de volta.
Lucas: Volta comigo na sexta, pô! Vê se tem ainda algum horário, porque eu vô voltar de avião memo... Mas resolve isso e a gente vai junto.
Nina: Pode ser! A gente chegando lá na minha mãe, eu vejo isso.
Lucas: Aham! E aí, se cê voltar memo, vou te levar num lugar maneiro sábado.
Nina: Logo vi que não tava querendo só a minha companhia, né?
Lucas: Ou, tô querendo tanto tua companhia que vô arrastar cê comigo, entendeu?
Nina: Eu posso, pelo menos, saber pra onde é?
Lucas: Claro que sim! Vô pela primeira vez sabe onde? No sambódromo, cara! Assistir o Desfile das Campeãs lá do Rio - falou, realmente, todo empolgado e era nítido o quanto o Lucas nunca perdia esse jeito de menino ao expressar algo que ele gostava.
Nina: Eu nunca fui também... Mas com essa cara que eu tenho de gostar de Carnaval, né?
Lucas: Cê num tem nenhuma - falou rindo da minha própria cara e eu acabei acompanhando - Mas nem vem, vamos que vai ser maneiro, pô!
Nina: E tu pode levar as pessoas assim, é?
Lucas: Fica tranquila, posso! Sábado a gente resolve tudo direitinho, vamo aproveitar o presente.
Nina: Ih, que lindo! Tás colocando em prática as coisas que eu te dei pra ler, que eu falo pra ti, né?
Lucas: Tá vendo só? Sou um ótimo aluno - rimos e ele veio se aproximando lá da cama - E por isso, mereço bônus da minha professora, não é não?
Nina: Bons guris geralmente merecem.
Lucas: Ôh, então cê pode ficar aqui me presenteando até... - falou se sentando em minha frente, mas tão próximo que já soava enlouquecedor para a minha mente que conseguia se perder tão fácil perto do Lucas.
Nina: Convencimento não faz parte de bons guris, viu?
Lucas: É memo? - falou me provocando, arrastando a ponta do seu nariz pela minha bochecha e sentindo o meu corpo se desmanchar em sua mão que já estava na minha nuca.
Foi questão de míseros segundos para Lucas começar a me beijar e aquele gesto passar a ser nosso. Por alguns momentos, era como se ele conseguisse exercer quase que um poder sobre mim. E nós já tínhamos nos tornado um vício: não haviam voltas, era uma atração que ia além dos corpos e que nos trazia para perto um do outro como imãs. Impossível seria mudar essa situação a partir de agora. Mas eu também nem queria e isso se constatava com o quanto que eu adorava sentir o gosto do Lucas comigo. Quando fui me dar conta, sua mão livre já estava circulando entre a minha cintura e os meus quadris e as minhas passeavam pelos seus braços, pressionando por ora a ponta dos meus dedos contra a sua pele. Nós dois éramos, literalmente, um perigo para a sanidade do outro. Quando nos entregávamos, íamos além do que costumávamos ser fora do cotidiano, um verdadeiro significado de sem reservas... Não nos poupávamos de nada. Já estávamos com os corpos bem colados quando o ar faltou e nos fez recuperar como um lampejo nosso lado digamos que... racional.
Lucas: Acho que se eu ficar mais um minuto perto do cê, a gente não sai daqui hoje - falou rindo, se afastando devagar e causando isso em mim também.
Nina: Então é melhor agilizarmos nossas coisas e irmos para um lugar onde a gente não esteja sozinhos, por favor! Quer dizer, melhor não é... digamos que é o certo - ele gargalhou e dessa vez foi impossível não acompanhar.
Lucas: Cê é demais - ele me roubou um selinho antes de se levantar - Ó, vou no banheiro e por mim a gente pode ir! Liga pro táxi, vê se consegue falar com ele. Vô ter que passar na recepção memo, qualquer coisa a gente se resolve lá.
Nina: Ah beleza, deixa eu ver se ele me respondeu aqui... - falei pegando meu celular em mãos e dei graças a Deus quando vi que Ivan, o taxista no qual eu pensava, tinha visto minha mensagem e me respondido.
Ele também estava livre, então foi só dar o nome do hotel e informar que eu iria para casa que ele não hesitou em dizer que já vinha a caminho. Enquanto esperava o Lucas, que havia ido ao banheiro, aproveitei para voltar á câmera a mim e bater umas fotos minhas. Chegava a ser engraçado que quando a gente estava feliz, a auto estima chegava á níveis elevados de nos fazer gostar de todas as nossas próprias fotografias. Tirei várias e perdi as contas, realmente, até o Lucas aparecer de novo lá no quarto, roubando minha atenção para si.
Lucas: Por que foto comigo não tem, hein?
Nina: Porque tu não tava aqui!
Lucas: Opa, agora eu tô, deixa essa câmera ligada aí - disse vindo em direção a cama novamente e ficou lá do meu lado, onde eu bati umas duas fotos nossas e depois de vermos como ficou, travei a tela do meu celular - E aí, Nina, conseguiu falar com o taxista?
Nina: Ah, consegui! Ele disse que tá vindo, vamo descer?
Lucas: Ih, vamos, que eu ainda vou passar na recepção pra vê se minha reserva tá até sexta mesmo... Como os mlks vão embora, né, é bom confirmar.
Assenti e depois que ele pegou o que queria levar - e eu chequei que não tava esquecendo nada ali também -, nós descemos juntos até a recepção, onde eu logo me sentei no sofázinho que tinha lá para esperar o Lucas fazer o que queria. Peguei meu celular para saber se tinha alguma mensagem do Ivan e como ainda nada tinha, decidi ir até a minha galeria escolher alguma das fotos que eu tirei de manhã. Passei primeiro pelas minhas com o Lucas e confesso que fiquei tentado á colocá-la nas minhas redes sociais de tão lindas que ficaram... A gente combinava bem juntos, era nítido ver isso! E talvez por essa mesma razão, não seria uma boa ideia expôr no instagram. Pelo menos, não agora! Então, continuei passando até decidir por quatro e fazer uma montagem.
@ninabarsanti "Não quero pressa, menos ainda promessa... Nada que apressa promete valer!"
amandanunes Coisa marrrrrrr linda!
jessicacosta Musa! Linda demais!
pamnascimento Muito bom te sentir feliz.. meu Deus do Céu!
surfilipe Você tá muito fofa nessas fotos, socorro.
carolnogueira Que linda, Nina! Luz e amor pra ti, ó!
leticiateodoro Tá vendo como você fica linda sorrindo?
xododolucco Nina, que admiração eu tenho por vc... Linda!!
rayssasousa Foto sua sorrindo, meu Deus, que amor!!
cariocadolucco Seu sorriso é lindo, poste mais fotos assim.
Não li quase nada dos comentários até porque recebi uma mensagem do Ivan e fui até Lucas, que por sorte já tinha resolvido tudo o que pretendia, estando pronto para que nós saíssemos. Lá íamos nós para a casa da minha mãe e mais uma vez, eu não poderia me sentir mais adolescente.
Recadinho: OIII, MENINAS! Empolgação tá alta, porque eu nem acredito que consegui prometer algo e cumprir direitinho aqui no blog! Ainda mais se tratando de uma postagem em dose dupla ahahaha brincadeiras á parte, aí está mais um capítulo! E eu vou contar pra vocês algo que me animou muito também foi ver a quantidade de gente querendo esse capítulo, principalmente por conta da parte da música do Seu Jorge. Eu lembro que quando escrevi, pus essa parte por estar com essa música na cabeça e acabar super identificando eles dois, mas nem podia imaginar que vocês iam gostar tanto. De bônus, também ficaram com mais uma noite de Lunina! Obrigada por tudo! Até o próximo capítulo.
Observação - No capítulo 14, tiveram dois "anônimos" que deixaram perguntas e eu respondi pelos comentários de lá mesmo. Esqueci de avisar!!
EU SÓ QUERO QUE O DIA TERMINE BEM! E hoje terminou exatamente assim... Obrigada Gabi! Sobre esse capítulo eu continuo sem palavras e o que mais quero mesmo é o 20. hahaha Beijos!
ResponderExcluirGabi... Sei Jorge eh uma lenda, e a música dele tem muito a cara de LUNINA, o Lucas cantar essa música foi tipo uma direta incrível, ameu essa noite que eles tiveram, e foi louca para o encontro com a mãe da Nina, to muito louca pelo procimo capítulo, foi muito gratificante ter dois capítulos em um dia ♡♡♡
ResponderExcluirEu estou jogada no chão depois desse capítulo. Eu lembrava de boa parte dele,mas é sempre bom relembrar. Não me canso de repetir,amo esse casal,amo a sintonia deles. E eu estou adotando pra minha vida o "jeito Nina de ser",o jeito calmo,leve e zen de viver.
ResponderExcluirManu
Opaaaaaa. E se eu dizer q já quero aquele capítulo do ciúme básico da Nina
ResponderExcluirKkkk
Que noite que o nosso casal teve, hein! Amei! Mais uma vez arrasou, Gabs.. Me encanto mais e mais por essa história hihihi Agora que as coisas estão entrando nos prumos e pelo que me lembro da primeira vez que li, mal posso esperar pela tretas hahaha Então, até logo.. Beijoss
ResponderExcluirTo amando tudo ❤
ResponderExcluirMdssss eu estou amando demais ler de novo os capítulos
ResponderExcluirMuito amor por Lunina 💗
Ansiosa para o capítulo que a Nina fica com ciúmes
Já quero o próximo
Bjs Gabi você sempre arrasando 💗